2. Volta a Corinto

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Athos, foi ordenado a parar próximo aos portões de Corinto, o pôr do sol nos montes do maior dos reinos deitava e junto vinha o céu estrelado e ventos de que uma possível friaca chegaria. A guerreira e a princesa, desceram da montaria de Athos e antes que se despedissem a princesa pensou consigo: "Seria muito errado chamá-la para entrar?"

— Agradeço sua nobreza em me trazer até aqui. – Agradeceu a guerreira formalmente.

A guerreira nada disse, apenas assentiu com a cabeça com um sorriso torto nos lábios e montou em Athos novamente para voltar às terras de Erétria. Mas antes que pudesse partir, a princesa lhe chamou atenção novamente naquele dia repleto de desventuras.

— Não gostaria de entrar? Afinal eu gostaria que estivesse quando contasse ao meu pai que fui salva dos saqueadores de Batios. – Ergueu uma sobrancelha no aguardo da resposta da guerreira.

— Você realmente não sabe quem eu sou né? – A guerreira debochou soltando um riso irônico.

— Está enganada, eu sei exatamente quem é você. – A voz da princesa fez a guerreira ficar surpresa mais uma vez naquela caída de noite. – Carolline, a guerreira mais temida de Atena, dona de todo o reino de Erétria, temida por todos os reinos a volta, com o passado sangrento e astucioso. A mulher que não poupa ninguém da morte e suas dores. – Sabedoria seria uma das eficiências da princesa, e aquilo claramente encantou mais ainda a guerreira.

— Ouça Juliette, não sou bem vinda portões adentro de Corinto, então vou poupá-la de me mostrar mais de sua inteligência abundante. – Explicou-se séria e sem muitos devaneios.

— Se pensa que estou me exibindo está enganada, eu só quero mostrar a meu pai que você pode ser melhor do que muitos dos guerreiros que ele treina para me proteger.

Claramente a princesa era de muitas palavras, palavras aquelas que deixam a guerreira sem ação, as atitudes da princesa já estavam deixando a guerreira tão sem respostas que mais uma vez não pode negar o convite de entrada. Prendeu a montaria de Athos do lado de fora de Corinto e entrou no reino junto a princesa e sua teimosia.

O pátio de Corinto estava vazio, as sessões de treinamento em batalha se encerra quando o sol se põe, todos os soldados da realeza se encontravam em seus aposentos e apenas a realeza estaria acordada a essa altura, já que o sumiço repentino da princesa preocupou o rei ea rainha o dia todo, e quando receberam a notícia dentro do gabinete real que a princesa havia chegado ao lado da guerreira, desceram até o salão de apresentação, onde encontraram as duas figuras que também procuravam por suas graças.

— Juliette, o que essa mulher faz dentro do meu reino? – Edward com seu casaco de pele que o cobria até os pés questionou a filha.

— Papai, antes que brigue comigo, me escute. – Pediu a princesa com o tom de voz que a guerreira estranhou de início.

Nunca imaginaria a figura menor falando daquele jeito com alguém, já que nem com a própria guerreira a princesa fez questão de baixar o tom.

— Não quero explicações, quero essa mulher fora do meu reino. – O autoritário Edward, gritou.

— Não! Você não vai me calar novamente! – Juliette gritou fazendo as caras de espanto de seus pais ficarem nítidas. – Essa mulher me salvou das mãos dos saqueadores de Batios, e se não fosse por sua eficiência eu estaria morta agora!

As palavras da princesa espantaram seus pais, ao ponto da armadura sentimental de Edward ser tocada e seu orgulho levado pelo alívio, por ver sua filha viva depois de saber o que poderia ter acontecido. O rei encarou sua esposa ao lado e depois de segundos voltaram o olhar as duas que esperavam as palavras da realeza.

The Warrior Princess - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora