15. Capturado

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A madrugada ia perdendo espaço no céu, o dia engolindo toda a escuridão, e batia contra as paredes de pedras grossas que sustentavam o templo de Afrodite, no qual nossas protagonistas passaram a noite. Apenas para se sentirem e se amarem, pois em momento algum daquela noite de luxúria, nenhuma das duas sequer pregou os olhos, estavam vidradas demais um na outra, viciadas demais uma no toque da outra, e o amor crescia gradativamente a cada ápice que chegavam juntas.

Com o tempo que ficaram juntas a princesa de Corinto, conseguiu aprender maneiras específicas de como dar prazer a sua guerreira, que em modesta parte estava extasiada e viciada no que a morena poderia lhe proporcionar. Agora na cama que Afrodite havia deixado para ambas, Carolline se encontra na ponta da mesma, com suas pernas apoiadas nos ombros de Juliette, que ajoelhada no chão, circula espontaneamente e de maneira ágil sua língua por todo ponto sensível da loira.

A guerreira mais uma vez naquela madrugada longa que agora se tornava dia, sentiu as paredes de sua intimidade se contraírem e sutilmente fechou as pernas sentindo o trabalho de sua princesa se intensificar por notar que estava conseguindo arrancar da guerreira o que ela também lhe arrancava com facilidade. A vulnerabilidade. Quando a mão da loira segurou os cabelos negros entre seus dedos, estremeceu tanto perante ao prazer inimaginável que deitou-se sobre a cama feita, com sua respiração desconexa e sorriso satisfeito nos lábios.

Juliette, por sua vez, levantou-se permitindo apreciar aquela figura magistral que tentava controlar sua respiração com os olhos fechados e suor por todo corpo definido. Os olhos da princesa pareciam escanear cada milímetro do corpo da loira, analisou por breves queimadas de vela e confirmou para si mesma, que o ser mais lindo da Terra, lhe pertencia.

Sorriu com o pensamento que teve, se apoiou na cama e engatinhou por cima do corpo que já havia controlado a respiração, mas o coração batia forte e frenético assim que sentiu o corpo menor tão próximo novamente. Os verdes se abriram dando um choque de colisão com os castanhos brilhantes, nessa troca de olhares havia mais amor do que o próprio templo poderia oferecer.

— Você leva jeito com a boca. – Brincou a voz rouca.

Juliette sentiu seu rosto ruborizar, e sorriu encantada.

— Eu aprendi com a melhor. – Inclinou-se deixando um selinho nos lábios rosados.

O corpo de Juliette caiu sobre o da guerreira e permitiu colocar a cabeça entre os seios que tinham o gosto que ela mesma predominou como "insaciáveis". A princesa fechou os olhos concentrando-se nos batimentos do coração que lhe pertencia, sentindo inúmeras ondas de choque percorrendo toda suas costas devido ao carinho que sua loira fazia desenhando a linha de sua coluna com a ponta dos dedos.

— Já amanheceu. – A voz rouca soou oca devido a atenção da princesa estar no coração frenético.

Juliette, levantou o tronco virando sua atenção a janela que era coberta por cortinas rosas claras e brancas, ficou surpresa quando viu por a luz fraca porém clara do dia.

— Ficamos a noite toda? – Voltou aos verdes.

— Ficamos. – Assentiu sorrindo. – E eu ficaria pra sempre, apenas só você e eu. – Declarou acariciando a bochecha rosada da princesa.

— Eu também, só te amando.

A morena, levou os lábios até o pescoço da loira e depositou beijos lentos e calorosos, estava disposta a realmente ficar ali por todo tempo que fosse necessário para amar sua guerreira. Mas os princípios de Carolline, não permitiam que ela relaxasse por muito tempo, não permitiam que sua paz chegasse antes de resolver o que havia prometido para si mesma.

The Warrior Princess - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora