Karate Kid and Cobra kai but is Lawrusso

Capítulo 33 - aprendendo a voar

Quase um mês se passa e as coisas melhoram. Mais fácil.

A primeira mudança foi Johnny e Daniel colocando seus filhos em terapia. Depois de tudo o que aconteceu, e potencial merda que iria acontecer, Daniel pensou que faria bem a eles. Johnny não tinha certeza, meio que achou que era besteira, mas rapidamente provou que estava errado em apenas duas semanas. As mudanças nas crianças foram talvez pequenas, mas significativas.

Sam sorriu mais, parecia mais calmo, menos distante. Ela passou muito tempo com raiva e com medo, sentindo-se sozinha sem ninguém para conversar, e ela não se sentia mais assim. Ela agora estava farta de aceitar a merda de Tory, porque se Tory não fosse mudar, então Sam teria apenas que enfrentá-la quando necessário. E ela não estava sozinha, ela tinha sua família e seus amigos, ela podia conversar com eles sobre o que estava acontecendo.

Foi quando ela começou a se sentir muito melhor, feliz novamente. Robby estava de volta, e ele e Miguel estavam felizes novamente. Sua família estava de volta ao normal e ela não tinha mais medo. Ela não estava sozinha e as pessoas a ouviam, compreendiam. E tudo ia ficar bem.

Robby aos poucos foi se acostumando com a ideia de voltar a treinar regularmente, depois de algum tempo, e foi ficando mais confortável com a ideia de estar no torneio. Ele aparecia no Miyagi-Do com mais frequência, treinando com eles um pouco mais a cada vez. Daniel e Johnny também conversaram com a escola sobre deixá-lo voltar, pois ele ainda tinha muito o que aprender e era muito menos complicado entrar e fazer o trabalho do que em casa.

Demorou um pouco para convencê-lo, mas a escola concordou em deixar Robby voltar, já que suas ações na briga da escola foram acidentais. E os olhares que Johnny estava dando a eles eram bastante assustadores, e Daniel teve que manter a mão em seu ombro para contê-lo.

Robby estava nervoso em voltar, pois tinha certeza de que receberia muitos olhares estranhos dos outros alunos. No segundo em que entrou e viu a sacada, quis sair correndo. Mas, Miguel estava ali com ele, segurando sua mão o tempo todo, sem dar atenção a mais ninguém. A cada dia ficava um pouco mais fácil estar ali, já que ele não estava sozinho, nunca sozinho. (E ele pensou que não poderia amar Miguel mais do que já amava, mas estava errado. Robby o ama mais do que tudo.)

Não, as coisas estavam bem. O treinamento estava indo bem. Daniel e Johnny conseguiram fazer as coisas funcionarem (e o casamento deles estava mais forte do que nunca), entrando em um fluxo suave de coisas, usando o baralho de sparring na maior parte do tempo. Para Johnny, a parte mais divertida era quando ele e Daniel lutavam entre si como exemplo para as crianças, porque ele adorava uma boa competição, e provocar Daniel era praticamente o que ele mais gostava de fazer.

Houve uma vez em que Johnny tentou dar o chute de guindaste, embora nunca tivesse conseguido antes. Ele não tinha pernas de veado como seu marido tinha, antigamente. Desta vez, porém, ele tinha certeza de que poderia ter conseguido, se Daniel não tivesse revirado os olhos e saído do convés, pensando em jogar Johnny na porra do lago.

Foi divertido e não houve casos com Cobra Kai (Robby não tinha visto ou ouvido falar de Tory desde que ela veio para sua casa depois que ele a cansou, e ele nunca disse uma palavra a ninguém além de Miguel sobre isso). As coisas estavam indo bem. Talvez normal, até.

A rotina deles era simples. Acorde, leve as crianças para a escola, vá para casa ou para a concessionária, planeje a aula, leve as crianças para a escola, comece a treinar, vá para casa, repita.

O destaque foi o treinamento, no entanto. Não parecia mais algo que eles tinham que fazer para se livrar de Kreese, parecia tão agradável quanto costumava ser. Até Robby parecia contente com isso, nas vezes que ele aparecia. Às vezes ele não tinha vontade (às vezes ele aparecia nesses dias, mas subia no carro velho de Daniel e fazia o dever de casa), mas nas vezes que ele fazia, ele sempre se divertia, especialmente se a aula fosse bem-sucedida. E mesmo que Daniel e Johnny tivessem que separar ele e Miguel mais de uma vez, porque não conseguiam tirar as mãos um do outro e não queriam distrações.