quase lá

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Meses depois...

Depois de vários meses, a pintura do quarto de seu filho estava pronta.

Natasha já estava no seu nono mês de gravidez, já estava quase na hora de finalmente ver seu bebe. Era uma pena o Bruce não poder estar la, mesmo que isso fosse culpa dela, ainda era uma pena. Natasha sentia falta do cientista e sabia que ele teria adorado cada segundo dessa experiencia maravilhosa, e estaria em êxtase com a ideia de ser pai, principalmente depois de tanto tempo pensando que isso jamais aconteceria.

No final ele não seria mesmo, pois se dependesse da espiã, ele nunca saberia sobre a criança.

Cada período da gravides tinha sua dificuldade, algumas piores e melhor que as outras, mas mesmo estando constantemente estressada, sabia que valeria a pena.

Seu irmão estava mais ansioso do que nunca, além de protetor como jamais fora, e como ela é uma irmã maravilhosa, decidiu tortura-lo mais um pouco não contando o nome que daria ao bebe.

Assim que ela terminou o quarto, ele foi decorado completamente, e preparado pra chegada da criança.

O quarto tinha um berço branco, duas prateleiras cheias de pequenas pelúcias que haviam sido dadas de presente pela família Barton, pelo Tony, a Pepper, Rhodey e até o Happy. Tinha um tapete amarelo claro, um armário branco e é claro o ursinho gigante, que o Tony tinha dado meses atras, encostado em um dos cantos, onde provavelmente ficaria por um longo tempo.

As paredes do quarto eram azuis escuras, cheia de estrelas e planetas, o teto também era cheio de estrelas, mas algumas brilhavam no escuro, ideia que o Tony tinha dado enquanto enchia a paciência de Natasha. Foi uma das únicas ideias que ele deu que ela aceitou e fez.

O grande dia estava quase chegando, ela já não aguentava ficar tanto tempo em pé e se cansava ainda mais rapido, por conta de sua barriga grande carregando seu filho.

Ela se senta em uma poltrona macia e confortável do quarto, apoiando as costas doloridas, relaxando e tentando se acalmar.

Pensar que em breve teria seu bebê nos braços era maravilhoso, sempre a emocionava, então ela evitava pensar nisso, principalmente na frente dos outros. Ela achava que iria derramar rios de lágrimas quando ele nascesse.

Ao mesmo tempo que pensar nisso a fazia se sentir mais alegre do que jamais foi, pensar que seria mãe a deixava em um misto de sentimentos entre feliz e apavorada.

Por mais corajosa e forte que fosse não sentia que estava pronta, estava cheia de medos e dúvidas, o que seria de seu filho nas mãos dela?

Logo ela descobriria, ou farias aos poucos, com o tempo, como Laura, a esposa de Clint havia aconselhado.

A mulher tinha sido um anjo na vida de Natasha, principalmente nos últimos meses. Foi ela quem considerou a gravidez antes mesmo da própria Natasha.

Ela estava passando um tempo na casa dos Bartons, foi pra onde ela tinha ido espairecer a cabeça depois de terminar com o Bruce. Brincar com as crianças a fazia se sentir melhor, esquecer dos problemas e da vida real entrando na fantasia e inocência dos pequenos.

Além disso seus melhores amigos entendiam sua situação, conseguiam ver a tristeza, a confusão e como toda aquela tempestade de sentimentos mecha com ela. Mas diferente de seu irmão, eles não a precionavam ou enchiam sua paciência com loucuras.

Ela amava seu irmão, sabia que ele se preocupava e tinha a melhor das intenções, mas ele era péssimo em expressar sentimentos e mais ainda em lidar com o dos outros.

Naquele momento ela precisava fingir que era uma pessoa normal, com uma vida normal, sem espionagem, cientistas e festas de milionários excêntricos.

Com o passar do tempo ela começou a se sentir estranha, mais estranha do que quando conheceu o Bruce, ela se sentia doente. Se sentia enjoada constantemente, vomitava e o cheiro das coisas parecia errado.

Só que ela estava tão chateada que achou que era só mais uma gripe ou algo assim.

O Clint estava extremamente preocupado com a ruiva, ela já não se importava com sua saúde normalmente, sendo a pessoa mais teimosa que ele conhecia, mas agora adicionava sua tristeza.

Ela nunca tinha estado assim, mesmo se mantendo forte e fingindo que estava tudo bem, quando se olhava nos olhos dela dava pra notar um pouco do que realmente estava por baixo da máscara. Ela não tinha ficado assim nem mesmo quando seus pais adotivos, os Stark, morreram. Ela também tinha ido pra fazenda e sentia tanta culpa quanto depois do término.

A diferença era que em uma ela não tinha culpa nenhuma e na segunda era parte de seu trabalho e ela fez o que nunca teria se incomodado se não tivesse se apaixonado, ma isso foi depois, então não conta.

Por outro lado a Laura suspeitava que não fosse exatamente um problema de saúde, e as suspeitas só ficaram mais fortes quando, seu filho mais velho, Cooper, perguntou a mãe se a tia Nat iria ter um bebê depois de notar os mesmos sintomas que lembrava de ver a mãe ter durante a gravidez da irmã mais nova, Lila.

A mulher só estava pensando em como abordar o assunto sem espantar a ruiva. Se não tomasse cuidado a Natasha ficaria tão assustada e em pânico que já teria desaparecido antes de amanhecer.

Ela teve que falar de qualquer jeito, talvez fosse pior se ela descobrisse sozinha só por conta da barriga inchando. Mesmo assim ainda era perigoso ela etrar em negação.

Assim que ela conseguiu convencer a ruiva a fazer o teste, foi atrás de uma farmácia antes que a Natasha mudasse de ideia e fizeram o teste.

Foram os cinco minutos mais torturantes da vida dela, Laura nunca tinha visto a Natasha tão obviamente ansiosa. Andando de um lado pro outro e esfregando os dedos.

Por mais que a Laura tentasse acalma-la, sabia que a cabeça dela estava longe e a ruiva não estava escutando nada.

Quando o alarme que colocaram começou a tocar, a Natasha paralisou completamente, a curiosidade é o pânico estampados na cara dela.

Laura ficou com medo que a ruiva enfartasse, o fato de ela não conseguir fingir e fazer sua cara neutra mostrava que isso tudo era demais pra ela.

Era quase como se uma bomba tivesse estourado do lado dela. Seus ouvidos estavam abafados, ela só ouvia um apito agudo, as batidas de seu coração e a voz abafada de sua amiga lhe dizendo que o teste tinha dado positivo.

Natasha sentia que seu mundo estava desmoronando, tudo que ela conhecia e tinha tido como verdade estavam explodindo na cara dela.

Seu corpo estava quente como se ela estivesse em uma sauna, parecia que o cômodo era estreito e as paredes estavam a sufocando, seus olhos ardiam e quanto mais ela tentativa suprimir as lágrimas, mais parecia difícil respirar.

Quando ela voltou a realidade, começando a passar o choque, percebeu que estava sentada na cama com a Laura de um lado e o Clint do outro, os dois tentando acalma-la, e ela já tinha quebrado e parecia que tinha liberado todo o choro que já tinha contido na vida.

Com o passar do tempo e dos dias, com muita ajuda dos Bartons, ela melhorou e começou a ver como uma coisa boa.

Ela ainda tinha medo e não importa o quanto o Clint inssistisse, não planejava contar ao Bruce.

Sim ela estava com medo da reação dele, medo que ele a rejeitasse, medo que rejeitasse o filho deles, mesmo sabendo que o Bruce não era assim, mas o que ela tinha mais medo, era que ele a odiasse e rejeitasse, mas ficasse mesmo assim só pelo bebê. Seria doloroso, ela não achava que conseguiria lidar com isso.

Por isso ela decidiu que criaria seu filho sozinha, mesmo duvidando de si mesma e com medo do que seria de seu bebe por conta da radiação e seu pai, a ajuda de seus amigos e de seu irmão seriam o suficiente, pelo menos ela achava que sim.

Ou pelo menos por enquanto.

Desculpem por não postar. Nas férias eu esqueço que dia é. Mas infelizmente pra mim ela acabando

E se? - Se Eles Fossem Irmãos.Onde histórias criam vida. Descubra agora