Martini

Martini Fiero

Dia 02/01

12:00

Já faziam algumas horas desde que Hinata havia redobrado a consciência.
No momento, se encontrava deitada na cama de um grande quarto, onde assistia um pouco de tevê graças a Chisuka, que passou por cima das regras de Pain.
A senhora já havia trocado a roupa da perolada, ja que o antigo vestido era muito revelador.
Naquele instante, Hinata usava uma longa camisola branca, que era um pouco larga e tinha as mangas bufantes. Estava idêntica a uma boneca de porcelana.
Ela já havia bebido um copo de água e comido entre 3 a 4 bolachas de água e sal que tiveram que ser desembaladas em sua frente já que ainda não acreditava que os alimentos não estavam envenenados.
Proibida de ver o noticiário, Chisuka havia colocado em um filme qualquer para a Hyuuga assistir até que ela pudesse retornar novamente a sala subterrânea.
Em momento algum, a perolada prestou atenção no filme, já que Pain estava presente no quarto, parado em frente a porta enquanto mexia no seu celular particular.
Da janela, ela conseguia ver que estava começando a chover intensamente, e o que mais desejava era que caísse um raio certeiro no ruivo.

Pain: O que está olhando?- percebeu que ela te encarava.

Hinata: O que você recebe fazendo isso?- perguntou.

Pain: Não é da sua conta.- respondeu.

Hinata: Pior que o sequestrador, é quem acoberta esse tipo de situação.- voltou seu olhar para a tevê- Vocês são loucos.

Pain: Não pense que pode falar comigo do mesmo jeito que fala com Chisuka.- disse com uma voz séria.

Hinata: Ambos são capangas de Madara, farinha do mesmo saco.- também não confiava na mulher.

Pain: Continue falando essas coisas, garanto que irá se arrepender quando estivermos sozinhos lá embaixo.- ameaçou.

Ela se poupou de responder o mesmo, apenas suspirou enquanto mais uma vez, pensava em como estava sendo a sua vida naquele lugar.
Mais uma vez, o celular de Pain estava tocando, só que dessa vez, era Madara quem estava do outro lado da linha, já que sem querer ele acabou deixando tudo no viva voz.
Quando o ruivo viu que Hinata parecia estar prestando atenção, resolveu ir para o lado de fora do quartom. Sabia que mesmo não estando no viva voz, ela consegueria ouvir breve partes do assunto.
A última coisa que ela ouviu antes do ruivo sair da sala, era Madara dizendo que logo estaria chegando e que queria ver tudo em ordem.
Quando a porta fechou, a menor demorou para se tocar que finalmente estava sozinha, sem estar sendo monitorada se quer por câmeras.
Assim que caiu na realidade, não hesitou em seguir em passos rápidos e silencioso até a janela, que não ficava tão distante da cama.
Aquela era a sua única chance de sair, estava eufórica, como se seu coração tivesse acelerado no momento que se pôs de pé, decidida a ir embora.
Seu corpo ainda estava fraco, a chuva estava cada vez mais forte, mas naquele momento nada podia lhe parar.
Assim que abriu a janela, a ventania intensa fez com que seus cabelos e as cortinas começassem a esvoaçar fortemente.
Mesmo estando de dia, o tempo estava tão cinzento que podia acreditar que já era um final de tarde.

Hinata: Só pode ser agora.- olhou para trás uma última vez antes de pular a janela e tocar seus pés na grama molhada.

Sentindo seu corpo inteiro congelar por conta da chuva, a Hyuuga começou a correr pelo grande campo de lírios, que pelo visto, ficava do mesmo lado que a entrada da casa.
Ela ainda estava hesitante pois não sabia ao certo se iria seguir em direção da floresta ou pela estrada, mas para evitar qualquer contato com o homen que estava prestes a chegar, ela seguiu em direção das árvores.
Tudo parecia estar dando certo, até que, de longe, conseguiu ouvir latidos, e aos poucos aquele som começou a se aproximar.