Beijo técnico || Jenna - S/n (G×G)

Two

A/N

Sem recados dessa vez xD
Lembrem de votar na história:)

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S/N point of view

Subo as escadas e vou pro meu quarto.

Agora me encontro sentada na cama olhando pra tela do meu celular, rolando o site da produção daquele tal filme.
E se eu passar? Não, impossível.

Meus pensamentos são interrompidos por leves batidas na porta.

— Entra. — Eu digo colocando o celular de lado

— S/N.. bom dia. — Ouço uma voz baixa falar enquanto abre a porta.
Era minha mãe.

— A gente precisa conversar. — Ela continua.

Não, a gente não precisa. Sempre que a gente conversa a gente discute. Você me compara com os outros, diz como eu vou morrer sozinha se continuar desse jeito, como eu sou muito mimada e não faço algo que presta. E sempre acaba do mesmo jeito, com nós duas brigadas.
Era tudo isso que eu queria falar, que eu estava cansada desse ciclo, mas eu não consigo.
— Bom dia. —

— Você tá aí desde que acordou? —

— Não. Eu acordei cedo e fiz tudo o que tinha que fazer, agora eu tô aqui descansando a cabeça. — Ajeito minha postura na cama

— Descansando a cabeça de que? —

Desvio meu olhar para baixo, já esperando ela falar a mesma coisa de sempre, mas ela fica em silêncio.

Cansei.

Me levanto da cama e respiro fundo.
— Mãe, eu sei que a senhora quer que eu saia, eu sei que a senhora quer que eu faça amigos ou pratique algum esporte, mas você nunca perguntou o que eu queria realmente fazer. — Minha voz começa a ficar embargada
— Se a senhora me der uma chance, só uma, de fazer o que eu realmente amo eu juro que eu vou te orgulhar. — Falo tudo de uma vez.

— E...e o que você exatamente quer fazer? —

— Você vai ver. —

Ela franze a testa. No mesmo momento sinto algumas lágrimas caírem sobre meu rosto.
Minha mãe rapidamente muda de expressão e me abraça. Que saudade desse abraço, fazia tempo que não tínhamos esse contato.

-------------- Quebra de tempo -------------

Meus pais foram almoçar juntos e o George tinha ido pra casa de um amigo. Eu estava sozinha, finalmente.
Esse era o momento perfeito, a casa estava silenciosa e eu finalmente poderia gravar o vídeo para o teste de elenco.

Como o papel era de uma figurante eu não tinha muito o que falar. Mesmo sendo fácil eu estava muito nervosa, me arrumei várias e várias vezes na frente do espelho e podia sentir minha mão tremendo, mesmo sabendo que não havia ninguém me avaliando naquele momento.

Fui pra sala, liguei a câmera do meu celular, me apresentei e disse as falas. Fiz esse processo 46 vezes, talvez eu tenha exagerado um pouquinho. Passei horas vendo e revendo os vídeos, escolhi o menos pior e mandei para o site do filme.

Agora é só esperar a resposta. Eu sei que vai demorar, mas mesmo assim a ansiedade me domina.

Me canso de pensar nessas coisas, aproveito que estou na sala e me deito no sofá, depois de um tempo eu adormeço.

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George point of view

Saio da casa do Dylan (A/N: amigo fictício do George, tava sem ideia de nome) e vou até a minha casa andando, até por que a gente mora bem perto.

Pego a cópia da chave que a mãe me deu e abro a porta da frente que dá direto pra sala, me deparando com a cena mais engraçada do dia: Por algum motivo a idiota da minha irmã tava arrumada e dormindo no sofá.
Será que ela ia pra algum encontro e acabou esquecendo?
Ah, se for isso eu vou zoar ela a vida inteira.

Chego perto dela sem fazer nenhum barulho, me abaixo e entrego todas as minhas forças em um grito:

— Tá dormindo!? —

Ela pula assustada e se senta no sofá.
— Ah! Desgraçado! —

— Opa, não me xinga, tava só querendo te acordar! — Coloco a mão no peito fingindo estar ofendido.

— O que você tá fazendo toda arrumada assim? — Continuo.

— Ah, eu- —

— Ia sair com alguém? —

Ela arregala os olhos.
— NÃO! Eu- —

— Entrevista de emprego? —

— É, quase isso. —

Não acreditei no que ouvi, aquela preguiçosa finalmente ia fazer algo da vida.
— Finalmente! — Abro os braços.

— Olha só George... — Ela se levanta com rapidez — Eu tava gravando um vídeo, pra um teste de elenco. Entendeu? —
Não, eu não entendi nada.

— Elenco? Tipo atuação? — Eu pergunto.

— Tipo isso. — Ela coloca as mãos na cintura enquanto espera uma resposta.

Eu pego meu casaco e coloco no suporte do lado da porta, ainda confuso.
— E a mãe sabe disso? —

— Mais ou menos, eu acho que só vou contar pra ela se eu passar. —

Eu fico em silêncio.
E se ela realmente passar? Será que eu vou ter uma irmã atriz? Será que ela vai ficar rica? Wow. Ela tem esse sonho desde pequeninha, e apesar de ser meio chato as vezes eu só desejo o bom pra ela.

— Por favor, não conta pra ela ainda. —  S/N diz com um tom de preocupação.

— Eu prometo não contar dessa vez — Dou um sorriso simpático e estendo minha mão na sua direção.

"Valeu." Ela sorri de volta e aperta minha mão.

Eu amo minha irmã, isso é um fato.

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