Mesmo receosa com o convite, ela aceitou. Havia uma tensão no ar, pois sabiam que a partir dali não haveria volta. Eles não eram mais "irmãos", ele assumiu que a amava e levou-a até ali, e ela concordou. Amanda se sentia completa, mas ainda assim, um frio na barriga a consumia. Seu ex chegou ao ponto de não querer mais transar com ela, como Antonio poderia querer?
- Tá tudo bem? - ele perguntou enquanto abria a porta do quarto.
- Tá sim - ela deu um sorriso sem graça, tentando esconder seu nervosismo.
Antonio abriu a porta e esticou a mão para ela, que logo agarrou com força. Talvez muita força? Enquanto andavam pelo ambiente, Amanda fez um carinho no braço dele, como de costume.
- Mi casa, su casa - brincou Antonio.
Ela deu outro sorriso sem graça e se sentou na cama, tirando seus sapatos.
- Tá tudo bem mesmo, Amandinha? Eu estou te achando estranha. Se você não quiser, a gente só dorme agarradinho, como de costume.
Ela o encarou.
- Eu vou ser sincera com você. Isso aqui parece um sonho que eu estou até com medo que se torne um pesadelo pra você - ela respondeu sem graça.
- Pesadelo pra mim? Tá doida, Amandinha? - ele se sentou ao lado dela - Não há outro lugar no mundo que eu gostaria de estar.
Antonio deu um beijo na testa dela e Amanda sorriu com aquele gesto de carinho. Ele então passou a distribuir beijos pela bochecha dela, descendo para o pescoço, os ombros e retornando para a boca.
- Sua boca é linda - ele falou apaixonado.
- Você é lindo - ela riu, antes de selarem seus lábios novamente.
Os dois começaram a se beijar com ternura, mas não por muito tempo, pois a mão de Amanda fazia um carinho um pouco mais bruto na nuca dele, enquanto ele descia suas mãos por toda a extensão das costas dela. Amanda decidiu então dar o primeiro passo, se levantou e tirou o vestido, ficando apenas de lingerie, enquanto Antonio encarava aquela cena sem piscar.
- Linda... Você é linda.
Ele a puxou pela cintura, fazendo com que ela se sentasse em seu colo, em uma de suas pernas, retomando o beijo de forma mais bruta. Deram uma pequena pausa para que Antonio tirasse a blusa, mas logo retomaram como se não quisessem ficar separados por muito tempo. Ela começou a beijar o pescoço dele, enquanto Antonio cuidadosamente tirava o sutiã dela, deixando seus seios à mostra.
- Caralho, Amandinha, tem como ser mais maravilhosa?
Ele forçou seu corpo sob o dela, a deitando na cama. Agora sua atenção não era mais a boca da moça, mas sim todo o resto de seu corpo. Os beijos de Antonio desciam pelo pescoço dela, até que chegaram em um dos bicos de seu seio. Enquanto ele se deliciava por ali, ela fazia um carinho na cabeça dele, como quem pedisse para que ele não parasse. Entre gemidos e suspiros, ele decidiu que seria a hora de levar Amanda à loucura, quando desceu seus beijos por sua barriga, até chegar perto de sua calcinha. Antes que fizesse qualquer coisa por ali, ele parou e a encarou, como se pedisse permissão.
- Por favor, Antonio - ela falou encantada, já sabendo o que estava por vir.
Ele atendeu ao pedido dela e foi tirando sua calcinha aos poucos, com todo o cuidado, encarando todo o corpo dela, visivelmente encantado.
- Como você ainda tem coragem de dizer que isso seria um pesadelo pra mim?
Ela riu com o comentário dele, agradecida por ter um cara tão incrível ao lado dela, mas logo sua risada se tornou um pouco nervosa, quando ele decidiu passear com sua língua por ali. Amanda deu um gemido alto, segurando o lençol, enquanto Antonio não poupava a moça em carícias. Ele penetrou dois dedos nela para que deixasse ela ainda mais desconcertada.
- Meu Deus, Antonio!
Já afogada em tanto prazer, Amanda tentava esconder seu rosto no travesseiro, como se estivesse com vergonha de mostrar o quão entregue ela estava.
- Não se esconde não, Amandinha, eu quero ver você entregue pra mim. Você é tão linda. Tão perfeitinha pra mim.
Ela não aguentou e gozou ali mesmo. Se apenas com beijos, lambidas, carícias e dedadas ela já estava assim, imagina quando Antonio realmente fizesse seu trabalho. Percebendo tudo que aconteceu, ele subiu novamente seus beijos pelo corpo dela, até que chegou em sua boca, beijando-a novamente. Amanda decidiu então trocar as posições, ainda que fosse difícil tirar aquele homem gigante de cima dela, ela conseguiu fazer com que ele deitasse na cama e ela ficasse de lado ao lado dele. As mãos dela passeavam pelo corpo dele, como se quisessem apreciar cada partezinha, até que chegaram na beirada de sua calça e ele mesmo decidiu tirar tudo, como se tivesse pressa. Muita pressa.
Amanda não esperava por aquilo e pareceu espantada. Realmente não era sapatinho... Era muito mais que isso. Eles se encararam e ela deu um sorriso safado, segurando o membro dele em suas mãos, fazendo um movimento de vai e vem devagar.
- Nossa, Amandinha... - ele revirava os olhos.
Ela aumentou o movimento das mãos, quando viu ele sorrindo um pouco sem ar. Mas Antonio queria mais do que aquilo e procurou desesperado sua calça pela cama, ainda sendo tocado por ela, retirando a bendita camisinha de seu bolso. Ela riu e deixou que ele fizesse o trabalho. Finalmente protegidos e de repente Amanda já estava ali, sentada em cima dele, experimentando todos os tipos de sensações.
- Conexão do céu - eles falaram juntos.
Ela começou numa cavalgada lenta, como se quisesse conhecer aquele território aos poucos. Suas mãos estavam em cima do peitoral dele, enquanto as dele seguravam a cintura dela. Como se pedisse mais, ele movimentou o corpo embaixo dela e ela logo entendeu o recado, aumentando a velocidade de seus movimentos. Entre gemidos, cavalgadas e apertos, eles chegaram juntos ao ápice.
- Porra! - ele exclamou - Você é um sonho, Amanda.
- E você então? Realmente faz jus à fama - ela brincou.
Cansada, ela deitou em cima dele, fazendo carinho em seu peito.
- Foi bom pra você? - ele perguntou.
- Você ainda pergunta? Foi ótimo, Sapatinho - ela riu, levantando a cabeça para dar um selinho nele - Ou melhor, Sapatinho não é o certo pra você.
Ele riu alto com o comentário.
- Antonio.
- Fala, Amandinha.
- Eu também te amo. - ela disse, respondendo à declaração que ele havia feito na festa.
Ele sorriu satisfeito em saber que ela sentia o mesmo que ele.
- Finalmente juntos.
- É, finalmente...
E aquela noite foi longa, sendo finalizada do jeitinho que eles gostam: de mãozinhas dadas.