Era sexta feira, dia de festa no BBB. Tinha sido um dia, digamos, intenso para Antonio. Amanda havia se aproximado tantas vezes de Cristian naquele dia que foi muito difícil para ele disfarçar o quanto ciúme tinha dos dois. Quem aquele maluco pensa que é pra dar um tapa na perna dela assim, quase na bunda? E que bunda... Foco, Sapato. Pensa no Cristian sendo abusado com a sua... sua... ah, com a Amandinha.
Naquela altura do campeonato, Sapato já não sabia se podia chamar Amanda exatamente de amiga. Tinham uma conexão inexplicável, se deram super bem desde que entraram acorrentados na casa, mas, desde os últimos dias, amigo era uma coisa que ele não queria ser dela. E ainda piorava quando ela chamava ele de irmão.
Irmãos não podem fazer tudo que eu quero fazer com você, Amanda.
Depois desse dia intenso, a festa podia prometer muito para os dois, exceto por um detalhe: ele tinha medo de chegar nela e tomar um fora em rede nacional, além de poder perder a amizade da sua maior parceira.
Mas era tão difícil segurar a vontade de beijar aquela boca linda com ela estando arrumada pra festa, com um tomara que caia e uma calça que realçava o tamanho de sua bunda.
A festa começou. Tinha show de alguns artistas e ele arriscou dançar perto dela algumas vezes, até quando as músicas eram mais insinuantes para os dois. O show acabou e eles foram comer.
- Acho que a Amanda vai pela casa - falou Guimê.
- O Alface também tá na mira - Sapato completou.
- Não, acho que vai a Amanda mesmo.
Sapato não pôde segurar as lágrimas que se formaram em seus olhos ao ouvir aquelas palavras. O medo de ela ir para o paredão era grande, e se tornava cada vez mais real.
A festa havia perdido totalmente o sentido pra ele. Não queria festejar. Só queria fazer de tudo para ganhar o anjo no dia seguinte e salvar sua amada do paredão.
Amada
Então era isso que era estar perdidamente apaixonado?
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No dia seguinte, a prova do anjo seria feita em duplas, e é claro, ele faria com Amanda.
- Nós dois, pode ser?
- Claro.
Foram os primeiros. A prova era aparentemente simples: eles precisavam se dividir entre ser a garra e comandar um joystick para pegar itens de borracha e colocá-los dentro da caçamba de um carro. Viveram toda a apreensão de ver as outras duplas realizando a prova, com algumas delas empatando com eles no número de itens, mas nenhuma passando. Ou seja, estavam no jogo.
- Muito bem, vamos ver agora o valor de cada item.
Um painel mostrava, em ordem, quais os itens mais valiosos para o jogo.
- Amanda e Sapato, vocês venceram a prova do anjo!
Não conseguiram se segurar, pulavam e davam gritos de alegria. Sapato pegou Amanda no colo no meio da comemoração, levou-a até o carro e falou.
- Você pode muito, Amandinha. Você pode muito.
Não sabia como Amanda não acreditava em si mesma. Ela era foda, cara. Precisava ser mais confiante em si mesma.
"calma, a sua insegurança
não te leva a nada
eu quero ser seu homem
te fazer amada
amar, amar você até você se amar
e me amar"