fui à nocaute, beijei a lona

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Amanda estava apreensiva. Já havia ficado bastante tempo na prova de resistência, mas sem Antonio ali, ela se sentia um pouco desprotegida e desanimada. Mas precisava ganhar essa prova e ser líder de uma vez por todas. Só restavam na prova ela, Key e Cristian. Era ganhar ou dar ao quarto fundo do mar mais uma oportunidade de colocar alguém do deserto no paredão direto, sem direito a bate e volta.

A prova era bem simples e recorrente no BBB: a famosa prova do carro em que quem resistisse mais tempo ganhava a liderança, além do próprio carro. Sentada no banco, Amanda podia ver Antonio do lado de fora olhando pra eles, no gramado. Será que ele está torcendo por mim? Ela pensava, e logo se respondia. Amanda, ele é o seu maior amigo aqui dentro, é claro que ele está torcendo por você.

Amigo. A palavra que mais mexia com ela nos últimos tempos. Porque tão amigos? Será que já tinham atingido aquele nível de amizade em que nada rola, simplesmente pelo medo de atrapalhar? Amanda estava confusa, não sabia direito o que estava sentindo, mas sabia de uma coisa: queria beijar aqueles lábios como nunca quis beijar alguém antes.

Mas essa não era a hora de pensar nisso. Era hora de focar na prova e ganhar a liderança. Já tinha dado tantos plantões, ficado horas sem ir ao banheiro e sem comer, andando de um lado para o outro, ali pelo menos ela estava sentada.

Horas depois, só restavam Amanda e Key, que já não suportava mais estar ali, e acabou desistindo da prova, dando a liderança à Amanda, que saiu do carro pulando e gritando fervorosamente, e viu um Antonio chegando perto e a abraçando como se o mundo fosse acabar ali. Ela tinha conseguido. Ela, que todos julgavam fraca, mosca morta, ruim de prova. Ela havia conseguido. E ficaria por muito mais tempo na prova, porque ainda estava bem.

- Tu é pica, Amandinhaaaaaa. Parabéns!

- Obrigada, Sapato. - ela ficava tão feliz quando ele chamava ela de Amandinha que nem se deu conta de que outras pessoas chegavam para dar os parabéns.

A noite, Tadeu apareceu para consagrar a liderança.

- Parabéns doutora Amanda, líder da semana. Vá até a dispensa e pegue as pulseiras do seu vip.

Eram 6 pulseiras. Amanda teria que fazer uma escolha, mas já sabia por onde começar.

- Nos surpreenda, Amanda. Quem é a primeira pessoa no seu vip?

- Tadeu, não tem como não ser o Sapato né, minha duplinha. - Antonio levantou e se dirigiu a ela, abraçando-a. Fred fazia um coraçãozinho com as mãos. - E além dele, quero levar Fred, Larissa, Aline e Bruno.

A liderança de Amanda foi quase tranquila. Apesar de todos acharem loucura da parte dela, ela resolveu indicar Fred Nicácio ao paredão. Ele havia batido de frente com ela algumas vezes e desde que voltou se tornou uma ameaça à permanência dela na casa, então ela teve que juntar toda a sua coragem e indicá-lo. E ele acabou eliminado.

Havia chegado o dia da festa de Amanda. Ao contrário do que todos imaginavam, a festa dela não teve como tema medicina, e sim, boate. Era uma festa com luzes, pista de dança bem delimitada, mesa de DJ, mesas para os participantes se sentarem e conversarem, e entre os comes e bebes, as coisas favoritas de Amanda.

O vip todo estava no quarto do líder, e quando a roupa de Amanda chegou, Larissa tratou de expulsar os meninos

- Vão, desçam, é hora de nos aprontarmos para o show. - Ela disse batendo palmas e fazendo sinal para eles saírem.

- Ué, e por que a gente não pode ficar aqui? - Fred perguntou curioso. - A gente trouxe nossas coisas pra se arrumar aqui também.

- Porque a Amandinha é o centro das atenções nessa festa, vai ser sem graça se vocês virem ela se arrumando. Vocês têm que ver ela só quando ela estiver pronta. - Larissa olhou fixamente nos olhos de Sapato, que ficou imaginando como Amanda estaria na festa.

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