convite

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"é estranho você ser o meu problema
e, ao mesmo tempo, a solução
quanto mais te vejo, mais esse dilema
prece no meu coração

fico imaginando como é seu beijo
mas só fico na imaginação
tem outra relação

o mais louco é saber
que é errado te querer
olha o quanto eu me envolvi
sem a gente se envolver

vivo pensando em você
sinto falta de você
talvez eu passe dos limites
mas vou te fazer um convite

fala a verdade
quer ser minha metade
o dono dos meus beijos
que deita no meu peito

fala a verdade
quer ser minha metade
a dona dos meus beijos
que deita no meu peito
se for loucura, esquece que eu falei e nada muda"


Era uma tarde normal no BBB. Amanda dormia no sofá. Sapato teve uma crise de ansiedade e acordou ela pra ajudá-lo. 

- Eu amo muito você.

O que tinha dado na cabeça de Amanda de falar assim, ela não sabia. Mas percebeu que era um momento ótimo pra soltar aquilo que vinha sentindo: amava Antonio, mesmo que fosse um amor proibido, de amigo, que tinha tudo pra dar errado, ela o amava, e não podia mais negar.

- Eu também te amo muito. 

Sentiu um frio na barriga ao ouvir aquelas palavras: as tais borboletas no estômago. Mesmo que ele estivesse falando como amigo, ele a amava, e isso era tudo.

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Estava no meio de uma crise de ansiedade e decidiu que a melhor coisa a fazer era chamar Amanda para ajudá-lo, já que ela sempre era muito boa nisso.

- Eu amo muito você.

O que ela tinha dito? Em que sentido tinha sido? O nervosismo tomou conta dele. Daria qualquer coisa pra que aquela tivesse sido uma declaração de amor. Mas era só sua amiga tentando lhe ajudar, não é?

- Eu também te amo muito.

Falou com todo o coração, porque era aquilo que sentia: amava Amanda, mesmo que a conhecesse há pouco tempo, ela havia conquistado seu coração.

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A noite seria de festa da Samsung na casa, e o show era do Dilsinho. Curtiram, tiraram fotos, fizeram vídeos, comeram demais, principalmente os que estavam na xepa: precisavam aproveitar. 

O show foi muito bom, e diversas músicas mexeram com eles de formas incompreensíveis pra quem estava de fora. Dançaram juntos, mas sempre mantendo aquela distância que a amizade pedia. Afinal, eram só amigos, né, então não podiam se aproximar tanto.

- Acho que vou deitar. - Ele disse um pouco triste, porque ainda queria ficar com ela, mas também estava cansado daquela festa.

- Já, Sapato? Tá cedo ainda. - Ela respondeu igualmente triste, porque queria que ele ficasse mais tempo por ali.

- Eu tô cansadão. Você sabe que eu não sou inimigo do fim. 

- Não precisa ser inimigo do fim, mas também não precisa ir agora né.

- Vou sim, Amandinha.

- Tá bom. Vai dormir aonde? - Ela perguntou com esperanças de ele dormir no mesmo quarto que ela. - No deserto ou no aquário?

- Onde você vai dormir? - Ele retrucou, porque queria dormir no mesmo lugar que ela.

- No deserto, ué. Você sabe que eu não me sinto tão a vontade dormindo no outro quarto.

- Então eu vou dormir no deserto.

Ela ficou feliz. Ele ficou feliz. 

- Vem também? - Ele pediu. Manhoso?

- Vou daqui a pouco. Vai indo lá que eu já apareço, antes de você dormir.

- Vou esperar mesmo, hein.

E saiu, deixando Amanda na festa, ainda animada.

Larissa, que tinha visto a interação de longe, resolveu conversar com a amiga.

- Amandinha, o que o Sapato queria?

- Ah, ele veio me avisar que ia dormir.

- E precisa avisar? Você é dona dele por acaso?

- Não, amiga, ele veio se despedir. E me chamar pra ir também.

- Ele te chamou pra ir dormir e você ainda tá aqui? Vai logo, mulher.

- Quê?

- Ai Amanda, eu tô cansada de vocês dois. Ele te quer, você quer ele. A casa inteira já percebeu. O Brasil deve ter percebido. Só vocês dois continuam nessa palhaçada. Se ele te chamou pra ir dormir com ele, é porque ele quer sua companhia, amiga. Vai que acontece alguma coisa.

- Lari, não vai acontecer nada. Eu vou deitar lá, fazer um cafuné nele, como sempre, e a gente vai dormir.

- Tá bom então Amanda. Vai nessa que vocês vão até o final do programa só nessa de amiguinhos.

Amanda decidiu que era hora de ir dormir. Não sabia se Sapato a queria como Larissa havia dito, mas ela queria tanto estar perto dele mais uma noite que não podia perder a oportunidade. Foi pra casa, tomou um banho, e foi deitar no deserto.

- Oi. Achei que você não vinha mais.

- Estava conversando com a Larissa e depois fui tomar um banho. Eu disse que vinha, não disse?

- Mas demorou.

- Ah, desculpa bebê.

- Só desculpo se você me fizer carinho pra eu dormir.

- Só faço carinho se você me abraçar.

Então ele a abraçou e ela começou a fazer carinho no cabelo dele. Ambos estavam tensos, mas entregues ao momento. 

Incrivelmente, não havia mais ninguém no quarto, que já estava escuro. Estavam mais próximos do que de costume.

E então, foi automático. Ninguém falou nada, ninguém pediu licença ao outro, ninguém perguntou nada: simplesmente, se beijaram. Porque sabiam que era o momento certo. Porque sentiram que era o que precisavam fazer. Não foi um ou outro que tomou a iniciativa, e sim os dois. Tiveram a plena certeza de que o outro queria.

E continuaram no mundinho deles, onde ninguém mais entrava. Dormiram juntos, como sempre, mas com uma certeza diferente dessa vez: o que sentiam era correspondido.

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Um mimo pra vocês inspirado no dia de hoje. Não revisei o capítulo, mas espero que vcs gostem.

Bjs.

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