☆ CAPITULO 43 ☆

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      Pov maiara

     -  pelas barras de ferro da enorme sala de fisioterapia.

    - Isso me deixa muito cansada. - Disse assim que me joguei na cadeira.

    - É normal isso. Mas você está indo muito bem. - Ela disse enquanto anotava algo na planilha.

     - Naomi, eu e... Queria saber quando eu vou poder, sabe. - Gesticulei com a mão e corei.

     Ela riu baixo.

    - Você me disse que nesse um mês que se passou, você é Marilia foram para a cama uma única vez e nessa vez ela tocou você. Correto? - Ela perguntou e eu assenti. - Isso é ótimo. Você me disse que sentiu tudo. Eu creio que em menos de um mês você tenha mais controle de suas pernas. - Ela colocou os papéis em cima da mesa e sentou na ponta de uma cadeira. - Você deveria agradecê-la todos os dias. - Ela sorriu. - Eu conversei com Lauana e ela me falou da luta que foi para Marilia tornar essa tese real. Foi revolucionário o jeito  que você evoluiu. Isso é ótimo. Tenho certeza que ela não se importa de esperar mais algum tempo. - Ela sorriu e eu abri um largo sorriso.

     Ela apertou minha mão e sorrimos.

   - Posso atrapalhar o momento? - Lila entrou na sala sorrindo.

    - Vem cá. - Chamei e ela se colocou atrás de mim e me fez uma massagem leve nos ombros.

    - Temos uma reunião com o advogado da Aline. - Lila disse e eu assenti.

    - Então vamos. - Disse e me despedi de Naomi. Marilia fez o mesmo.

    Desde quando descobri toda a verdade, se passaram um mês, Aline nunca mais me procurou e eu entrei com o pedido de divórcio uma semana depois. Fui a delegacia e fiz uma denúncia sobre tudo que ela tinha feito, porém mesmo com a gravação, o delegado disse que com o dinheiro de Aline ela provavelmente não seria presa. No máximo iria cumprir serviços comunitario, mas ainda tenho esperança que ela fique presa.

     - Fique calma, Ok? - Lila pegou minha mão. - Eu te amo e vai dar tudo certo. - Ela sorriu e me beijou.

     Arrancamos dali e Marília dirigiu até um escritório lindo.

    Assim que entramos, fomos recebidas por uma secretária insuportável bem arrumada e atenciosa.

    - Vamos por aqui. - Ela sorriu e nos mostrou o escritório do velho que eu nem me importei com o nome.

     - Boa tarde. - Sorriu e eu Forcei um sorriso.

     Nos sentamos numa mesa enorme, e ele tirou de suas pastas alguns papeis.

     - Aline quer entrar em um acordo. - Ele disse e Marília ouvia mai atentamente do que eu. - Ela quer dar uma pensão de 4 mil dólares por dois anos a você e o carro que você dirige é seu. - Ele disse.

    Soltei uma risada sarcástica. Essa mulher era louca.

     - O carro que ERA meu. Se bem me lembro eu fiquei imprensada nele depois que ela pagou um homem desonesto para me atropelar e me deixar nessa cadeira. - Disse a última parte alto.

     Ele suspirou.

    - Eu já fui na delegacia. Quero o dinheiro dela apenas para fazer o bem para outras pessoas. Coisa que ela nunca se importou. Não quero um carro de luxo nem um apartamento maravilhoso. Quero que ela pague! - Disse. - E não me chame para falar de negociação. Só me chame para anunciar que ela perdeu nos tribunais. - Disse e ele sorriu de canto.

     - Senhorita, você conhece o poder do dinheiro. Sabe que isso não é problema para Aline e francamente... Ela não será presa, isso é impossível. Ela poderia compra o juiz que fosse. - Ele disse e suspirou. - Sugiro que aceite a oferta dela. Se não essa... Outra. Mas aceite. - Ele disse e suspirou.

     - Até mais. - Disse e olhei pra Lila. - Vamos! - Disse e ela se levantou e me tirou daquela sala.

    O caminho foi silencioso. O sol já estava se pondo.

    - Balala. - Lila parou o carro no acostamento e me olhou. - Você está bem? - Perguntou e eu assenti.

     - Só acho muito injusto, tudo isso. - Suspirei e ela assentiu e pegou minha mão.

     - Eu sei. Mas deixe-a de lado. Ela não vai nos separar mais uma vez. - Ela disse e parecia até a garota insegura que eu conheci. Sorri. - Do que está rindo? - Ela perguntou e sorriu também.

     - Você até parece aquela menina que conheci a uns anos atrás. - Sorri e ela me beijou.

     - Eu sempre vou ser sua menina. - Marilia disse. - Eu te amo tanto que durante todos esses anos que passei longe de você foi com se fosse um borrão. Não me lembro de nada e nem faço questão. Eu quero você. Sempre quis. - Ela disse e me beijou mais uma vez.

      - Eu também, meu amor. - Disse em meio ao beijo.

     O celular da Marilia tocou e ela me olhou.

     - Maraisa. - Ela disse e atendeu. - Oi, cunhadinha. - Ela riu. - O que? Por quê? Ah eu não quero ir... - Ela ficou em silêncio. - Ok, nos vamos. Tchau. - Lila desligou.

     - Adoro quando você decide as coisas assim. - Ri. - Para onde vamos? - perguntei.

     - Sua irmã nos convidou para um jantar naquele restaurante que eu e Nicole amamos. - Disse e eu me lembrei do lugar.

    - E porque não queria ir? - Perguntei enquanto ela voltava a dirigir.

    - Sinto que Maraisa está aprontando alguma coisa. Ela é Nicole não me deixaram em paz quando eu disse que estava namorando com você. - Ela riu baixo. - Não deve ser nada normal você namorar  a melhor amiga da sua irmã. - Ela riu.

     - Está me chamando de velha? - Perguntei rindo. - Pirralha. - Disse e rimos.

    - Ah tia, você sabe que é um pouco acima da idade. - Ela riu e eu sorri.

   - Coitada. Tem muito que aprender da vida. - Disse e ela riu.

     - Me diga como era na época dos dinossauros. - Ela riu alto e eu dei um beliscão no braço dela.

    - Tem muita gente que queria essa idosa aqui viu. O seu amigo médico e um. Steven e um charme de homem. - Disse e Marilia fechou a cara.

    - Você é minha. Não ouse. - Ela disse e me olhou de relance. - Não fiquei anos sem você para te perder agora. - Ela disse.

    - Você não vai me perder. Não podemos perder o que já temos. - Disse e ela sorriu de canto.

      - Acho bom. Vamos casar ter seis filhos lindos e vamos morar em uma casa grande e assistir filmes todos os finais de semana. - Ela disse como se fosse um pensamento, mas que saiu fácil da boca dela.

      - Eu adoraria isso. - Disse baixo e ela abriu um largo sorriso.

     - Mas pra isso nós precisaríamos nos casar. - Ela disse enquanto parava no sinal vermelho.

     Ri alto.

    - Essa é sua forma de me pedir em casamento? - Falei rindo. Lila era doida.

     - E se for? - Ela perguntou ainda com resquício de um pequeno sorriso nos lábios.

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