☆ CAPITULO 37 ☆

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   Pov Marilia

     Depois de explicar tudo para Maiara e ela ainda fala que ia ver com a Aline, juro que perdi um pouco  das esperanças que tinha em tê-la novamente.

      Ela parecia bem, mas eu sei, que comigo ela ficaria completa, então por isso, eu não desistiria tão fácil.

      Ela estava tão linda, tão mais mulher. Ter que ficar cara a cara com ela não foi nada fácil, meu corpo chamava por cada toque dela e isso estava me matando.

      Sua pele, seus lábios, o modo como o cabelo dela cai sobre seus ombros, ou até mesmo, o modo como ela movimentava os dedos enquanto falava comigo. Tudo nela ainda me fascinava.

       - Doutora? - Uma moça me chamou e eu a fitei.

      - Sim. - Sorri.

     No hospital, qualquer um que vestia branco era doutor, eu achava engraçado.

      - Minha filha torceu o tornozelo, mas não vi nenhum médico aqui. - Ela disse e eu estranhei.

      - Vamos lá. - Pedi e ela me guiou.

     A menina tinha 11 anos e me lembrou muito a Sofi.

      - Oi. - Sorri. - Me chamo, Marilia. E você? - Perguntei e passei a mão no tornozelo dela. Estava quebrando.

      - Me chamo Cindy. - Ela falou em maio a dor.

      - Ok. Cindy, vou precisar que me conte exatamente como aconteceu. - Disse e ela assentiu.

     - Eu estava brincando com meus primos no jardim e eles correram atrás de mim e eu... Aí! - Um grito saiu pela sua garganta assim que eu coloquei o osso no lugar, mas logo seu rosto dói tomado pelo alívio.

      - Pronto. - Sorri.

     - Obrigada. - A mulher agradeceu.

     - Vamos até a parte da sutura que eu passo vocês na frente. - Disse e empurrei a marca da Cindy.

     Logo ela tinha adquirido uma bota de imobilização e eu ganhei um sorriso em agradecimento. A melhor parte.

    Mais algumas horas por ali e me dirigi até o pronto socorro. Lá as coisas aconteciam rápidas e era meu lugar preferido. Todos ali me conheciam minha pouca idade e minha tese avançada.  Era um constante perfeito.

      - Marilia! - Ouvi a voz de Broke.

    - Oi. - Sorri.

    Broke era uma interna muito inteligente, tinha seus 1,70 de altura e era bem magra, cabelos loiros e olhos azuis, era uma bela moça.

     - Tenho esse caso, mas não sei devo aplicar morfina. - Ela disse e me entregou os papeis.

     Olhei cada detalhe, a maioria dos erros médicos, acontecem devido a falta real da leitura. Uma tática minha para evitar erros. Ler e reler três vezes.

     Era preciso engolir cada informação do papel, olhar fotos também resolviam.

     - Aplique mas em duas doses de 50 ml. Esta vendo aqui? - Perguntei e ela assentiu. - Uma aplicação aqui e a outra desse lado. - Mostrei a foto.

      - Perfeito. - Ela sorriu e saiu correndo pelos corredores.

      Agora, horas mais trade, sai do hospital completamente exausta. Quando se pede pra ser adiantada na faculdade e quando se cria tese avançada com menos de 30 anos, é isso que acontece.

      Eles sugam tudo o que você tem  e eu adorava isso.

      Estava parada no sinal, quando meu celular tocou. Atendi sem saber quem era.

      - Alô. - Atendi.

     - Marilia, sou eu, Maiara. - Meu coração foi na boca.

     - Ah... Cla... Claro. - Gaguejei. - Se decidiu? - Perguntei virando a esquina.

     - Eu vou fazer a cirurgia. Para quando podemos marcar? - Ela perguntou e eu respirei aliviada. - Mas quero que você me opere também. - Ela disse  e eu travei. Eu criei a tese, mas nunca pensei em operá-la.

      - Maiara, eu nunca operei e nem sei se posso fazer isso já. Eu criei a tese para que um anjo pudesse operá-la. - Disse.

      - Marilia, esse anjo é você! Ou você me opera, ou não tem operação. - Ela disse firme e eu quase ri.

       - Devo dizer que vai ser minha primeira cirurgia? - Disse e ela riu.

     - Eu corro o risco. Até mais piveta. - Ela disse e desligou.

      Entrei na garagem com um sorriso estampado no rosto e uma insegurança que não cabia em mim.

     Desculpe o episódio pequeno fiz ele meio que dormindo já bjsss

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