☆ CAPÍTULO 13 ☆

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      Pov maiara

      Chuva. Foi assim que acordei as seis da manhã. Minha janela estava aberta e chovia muito. O tempo estava fechado e estava escuro.

        Me levantei e fechei a janela. Olhei a rua e estava realmente uma chuva de dar medo.

        - Não gosto de chuva. - Marilia abriu a porta do meu quarto.

      Ela estava com um pijama todo rosa, e com um travesseiro em uma mão. A cara de sono fez com que eu sorrisse.

      - Posso dormi aqui? - Ela perguntou e eu assenti.

       Ela colocou o travesseiro e se deitou. Me deitei ao lado dela e ela se aconchego em meu corpo.

      Não falamos nada, apenas nos olhamos.

      A chuva batia forte na janela e o barulho que o vento fazia lá fora, Fazia Lila se encolher.

      - Sabe que não devemos fazer mais isso, não sabe? - Perguntei fitando os olhos dela.

       - Sim. - Ela respondeu.

       Ela acariciou meu rosto e levou um dedo até minha boca.

      - Eu não me importo. - Ela disse e eu joguei tudo pro espaço.

     - Nem eu. - Ela me deitou melhor na cama e minhas costas tocarmos o colchão devagar.

       - Um beijo. nem que seja o último. - Ela disse baixo e eu acariciei sua cintura.

       - Não vi ser o último. - Disse e vi ela sorri.

       Seus lábios se apossaram dos meus e aquilo era certo desde sempre. Eu era certa pra ela.

       E ela era pra mim. Meu equilíbrio... Minha bagunça.

      O beijo era completo e perfeito. A escola de samba dentro de mim deu o primeiro sinal e me senti tonta por cada toque da língua dela na minha. Ela morddia meu labio inferior ve ou outra é eu sugava o seu.

       Minhas mãos estavam nos cabelos dela. Precisamos de ar e nós separamos.

      Estávamos ofegantes e nós encaravamos.

      - Seu beijo e perfeito. - Ela disse e veio me beijar mais uma vez. A barrei.

        - O último. - Disse baixo e ela me olhou nos olhos com uma intensidade que me senti nua diante dela.

         Ela se sentou na cama num pulo.

      Me sentei na cama também e vi o mundo ali na minha janela. Céus, como aquilo era errado . Ela era menor de idade, amiga da minha irmã e eu era um jogo pra ela. Isso era tão errado, mais tão bom. Como uma pessoa pode te mostrar dois lados dr um mesmo jogo? Um lado onde você é incrivelmente feliz e apaixonada é no outro lado os dedos julgando você. Não por ser uma mulher e sim por se Marilia, uma menina.

       - Me diga que não quer. Me fale para eu terminar com a Ashley que eu termino. - Ela puxou meu queixo devagar e a fitei. - Me diga o que fazer. - Ela me olhou e eu a vi pela primeira vez frágil.

      - Vá ser feliz. - Disse e a escola de samba parou dentro de mim.

      Seus olhos estavam sem foco e isso não permitiu tentar decifra-la.

      - Você quer que eu seja apenas a amiga da sua irmã?  - Ela perguntou e eu assenti de cabeça baixa. Marilia andava de um lado para o outro. - Fla! - Ela gritou e eu levantei da cama, ficando cara a cara com ela.

        - Apenas suma! Não precisa de sow. E chato ter que ser vítima do seu próprio jogo? - Tentei ser fria.

       Marilia me olhou e uma lágrima caiu de seus olhos.

       - Dane-se.  Vai se ferrar, Maiara. - Ela disse e andou de costas até a porta. - Vai se ferrar. - Disse e saiu do quarto.

       Pouco tempo depois ouvi a porta da sala ser fechada com força. E lá se foi Marilia. Acompanhei seus Passos até ela virar a esquina. Fiz isso por ela.

       Não chorei. Não pensei... Só tomei banho e fui trabalhar.

       Marilia nem se preocupou com a chuva, ela não gostava de chuva. Céus com eu sou idiota.

       Bati minha cabeça na mesa, derrotada.

      - Maiara? - Aline entrou em minha sala e eu a fitei.

      - Oi. - Forcei um sorriso.

      - Está tudo bem? - Ela perguntou.

      - Sim. - Disse.

       Aline sabia como me distrair e usou isso a seu favor. Trabalho.

      Eu simplesmente estava no mundo das festas e ia assim até a noite cair.

      - Janta comigo? - Ela perguntou enquanto íamos em direção ao estabelecimento.

      - Hoje não vai dar. Vou buscar a Maraisa no aeroporto. - Disse.

      Maraisa foi patética e me mandou mensagem de celular avisando que chegaria por volta das 23 horas.

     - Marcamos outro dia. - Ela sorriu e me prensou em meu carro.

      Selou nossos lábios e logo começamos um beijo... Apenas um beijo.

      Porque eu não era louca de paixão por aquela mulher? Ela era adulta, linda, bem sucedida... Mas não.

     Marilia. Marilia. Marilia. Marilia. Marilia. Fim do beijo.

      Sim... Eu lembre da Lila o beijo todo.

     Me despedi e corri pra casa. Assim que estacionei uma pessoa me chamou atenção. Era Ruti.

     - Olá. - Sorri simpática e ela forçou um sorriso.

     - Maiara, preciso da sua ajuda.- Ela disse e eu fiquei preocupada.

     - O que houve? - Perguntei.

     - Preciso tira Marilia e Sofia de casa e não tenho parentes aqui. - Ela disse e eu vi as lágrimas descerem de seu rosto.

     - Calma, cadê as meninas? - Perguntei.

      - Marilia se trancou com Sofi no quarto. A essa hora Mario deve ter caído na cama de sono. - Ela disse.

       - Ok. Vamos buscá-las e a senhora vem também. - Disse e ela negou.

      - Não posso. Apenas fique com elas por enquanto, eu banco tudo. - Ela disse e eu neguei.

      - Não precisa. Vamos entramos no carro e seguimos para casa dos Mendonças.

       No caminho Ruti foi me explicado a história.

      - Mario não parava de bater em Marilia, e quando ele foi pra cima da Sofi, Marilia o empurrou escada abaixo, mas o miseravel não se machucou nem um pouco e subiu as escadas com o cinto em mãos. Ouvia os gritos de Marilia e não sabia o que fazer. Sofi estava na cozinha e eu subi. - Ela chorou. - Ele nunca tinha feito isso. Ela tinha sangue nas costas. - Ela disse e me assustei.

      Parei o carro em frente a casa deles e desci quase correndo. Eu precisava vê-la.

      Ruti entrou primeiro e a casa estava silenciosa.

       Subi até o quarto de Marilia e o que vi ali me deixou completamente sem força nas pernas. Cai de joelhos no chão.

      

      

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