☆ CAPITULO 31 ☆

402 51 5
                                    

      Pov maiara

    Silêncio. Não escutava nada. Escuro. Eu não via nada na minha frente.

     Será que isso é morrer? Não poderia ser. Eu precisava voltar, eu tenho minha vida eu preciso cuidar da Maraisa.

     - Ela voltou. - Um homem gritou e novamente senti a marca se mover.

    - 3, 2, 1 - Eles me colocaram numa mesa e uma forte luz permitiu que eu abrisse os olhos.

     - Vamos seda-lá, agora. - Uma mulher bonita disse e em poucos segundos eu estava dormindo novamente.

     Não sei quanto tempo durou, mas acordei numa cama num quarto com pouca claridade. Máquinas ligadas, Forcei meus olhos e vi Aline encolida numa poltrona.

    - Aline. - Chamei baixo mas mesmo assim ela escutou e caiu da poltrona,  o que me fez sorrir.

    -  Se sente melhor? - Ela perguntou e chegou cada aparelho.

     - Um pouco, meu corpo doi. - Disse e ela acariciou meus cabelos.

     - Vou chamar meu amigo, não vá fugir pela janela. - Ela sorriu e saiu.

     Desde quando ela era tão dócil?

    Ela entrou no quarto sendo acompanhada pelo médico.

    - Olá senhorita, Pereira. - Ele sorriu. - Sou Marcos, o amigo da Aline e seu médico. - Ele disse já me analisando.

     Ele levantou o lençol e observou minhas pernas, tocou nelas e eu olhava a janela.

     - Você sente? - Ele perguntou e eu neguei. - E agora? - Ele perguntou e nada.

     - Opa. - Disse assim que me toquei do que aquele exame resultaria.

     Ele suspirou.

     - Não vamos apressar as coisas, vamos esperar mais 48 horas. A cirurgia foi feita hoje, está cedo para falar qualquer coisa. - Ele disse e colocou o lençol no lugar. - Volto em algumas horas para conferi a medicação. - Ele sorriu e saiu.

      - Droga. - Disse e Aline me olhou.

   - Calma. Você ouviu ele. É cedo. - Ela disse e eu suspirei.

     - Cadê Maraisa? - Perguntei e ela sentou na cama.

     - Está lá fora com Nicole, Luísa, Ally, Fernanda e... Marilia. - Ela disse e fitou a janela.

     - E se eu não andar mais? O que eu vou fazer? - A ficha tinha caído e eu entrei em desespero.

      - Calma. Eu estarei aqui e não vou a lugar nenhum. - Ela disse e subiu o lençol. Vi ela acariciar minhas pernas. - Vamos contratar o melhor fisioterapeuta e se mesmo assim nada der certo.... Vamos morar numa praia e eu te levarei para velejar todos dia. - Ela sorriu. - Podemos rodar o mundo num veleiro. - Ela riu e me encarou. - Mas vou estar com você. - Ela disse e meu Deus, o que aconteceu com ela.

      - O que aconteceu com você? - Cerrei os olhos e ela sorriu.

     - Você. - Ela falou e eu a encarei confusa. - Você aconteceu pra mim. - Ela sorriu.

     - Clichê. - Disse e rimos.

     - Posso me deitar aí com você? Essa poltrona é desconfortável e não se parece nem um pouco com a nossa enorme cama feita na medida. - Ela disse e eu revirei os olhos rindo.

     Dei espaço pra ela e Aline colocou minhas pernas para o lado.

    - Não se preocupe, vai dar tudo certo e se não der.... Vamos tentar novamente.  - Ela sorriu e eu beijei sua testa.

    Ela bocejou de sono e colocou a cabeça no meu ombro.

    - Boa noite, Maiara. - Ela disse baixo e fechou os olhos.

     - Boa anote, Aline. - Disse e fechei meus olhos.

     Acordei com o sol entrando no quarto.

     - Céus, algem fecha essa cortina. - Aline reclamou e eu ri.

     - Bom dia. - Disse baixo e ela sorriu.

     - Bom dia. - Ela se levantou e foi fechar a cortina. - Como se sente? - Ela perguntou e me olhou.

    - Na mesma. - Respondi.

    Ela tocou minha perna e me olhou. Neguei com a cabeça.

     - Ok. A ideia do veleiro ainda está dr pé. - Ela riu e eu joguei um travesseiro nela.

     Um médico entrou no quarto.

    - Vejo que está bem. - Ele riu.

    Sorri.

     - Vamos fazer alguns testes, ok? - Ele perguntou e eu assenti.

     Ele bateu, apertou e nada.

      - Ok, vamos fazer o seguinte. Cada movimento que você der, você pode quebrar algo que eu tenha comprado. - Aline disse e eu ri.

     Me esforcei ao máximo e movimentei o dedo por um segundo. Eles riram.

     - Seu vestido da Gucci... já era. - Ri e ela arregalou os olhos.

       - Maih, ele foi muito caro e feito especialmente pra mim. - Ela disse e eu neguei.

     - Trato e trato. - Disse e ela cerrou os olhos.

     - Ok. - Ela disse e eu ri.

      Tentamos mas algumas vezes é nada.

      - Ok, por hoje  já foi um ótimo resultado. - Marcos disse. - Vou deixar vocês descansar. - Ele disse e saiu.

      - Meu vestido, sério? - Aline perguntou e eu assenti rindo.

     Ela se jogou na cama e fomos interrompidas por uma Maraisa desperada entrando no quarto.

      - Irmã.- Ela se jogou em mim e eu ri.

     - Nossa... - Ri e olhei pra Aline que sorria.

      - Vocês... - Ela falou e Aline riu. - Meu Deus! - Ela gritou e eu a encarei confusa.

     A tarde caiu e Aline e Maraisa foram se trocar no apartamento. A entrada era permitida apenas para familiares e maridos ou mulheres. Ou seja... Apenas Aline e Maraisa.

     Aproveitei que elas tinham saído e dormi, nunca pensei que mover as pernas seria tão cansativo.

     Acordei com um cheiro que não tinha como erra...

     - Comida japonesa. - Aline colocou tudo na mesinha ao lado e Maraisa apareceu logo em seguida.

     - E filme! - Ela disse e eu ri.

     Elas se acomodaram da seguinte maneira: Maraisa na poltrona, Aline estava deitada comigo e comíamos nas caixinhas mesmo, o filme era de comédia, o que levou Aline e Maraisa a caírem na risada várias vezes.

     Gostei do que vi.

     - Você está brincando que ele vai ficar com ela. - Aline disse e a Isa riu.

     - Aposto 20 dólares que eles vão se beijar agora. - Maraisa disse pausando o filme.

     - Apostado. - Aline disse e encarou a TV.
   
      Maraisa ganhou 20 dólares e eu acho que ganhei uma família.
    

A Melhor Amiga Da Minha Irmã Onde histórias criam vida. Descubra agora