O nosso mundo - Kuroken

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Kuroo p.o.v

Acordei com a pior dor de cabeça que um ser humano seria capaz de aguentar, e sem a menor ideia do que tinha acontecido ontem.

A única coisa que sabia era que estava no quarto que divido com Kenma.

Ao abrir os olhos, sinto aquela dor desgraçada da claridade, parece que olhei diretamente pro sol puta que pariu! Quando consigo normalizar a visão, olho pros lados e vejo Kenma, em sua cama concentrado em algum jogo... Como sempre.

Tento me levantar sem fazer barulho, mas acabou que a cama rangeu.

--- Finalmente acordou. --- Kenma diz, sem tirar os olhos do celular.

Não respondo, apenas me sento na cama e levo minhas mãos até minha cabeça, massageando na intenção de acabar com a dor.

--- Ressaca? --- perguntou, bloqueando o celular e colocando o objeto em cima for armário. --- Você não deveria beber tanto assim.

Ele se levantou e deu poucos passos até a escrivaninha do quarto.

Fechei meus olhos com força e suspirei, quando abri os olhos novamente, ele estava na minha frente com um copo d'água e uma cartela de remédio.

--- Ta esperando o que? Toma. --- ordenou, colocando o copo em minhas mãos e retirando o comprimido da cartela.

Apenas fiz o que ele mandou, sem reclamar, e continuei sem dizer nada.

--- Você não devia beber tanto assim, me deixou preocupado sabia?! Estava completamente fora de si quando voltou. --- confessou sem olhar nos meus olhos.

Fiquei muito feliz em saber que ele se preocupou comigo, não tenho vergonha de admitir.

--- Então se preocupou comigo é? --- isso foi mais uma pergunta retórica, não me aguentei, precisava provoca-lo.

Vi suas bochechas tomarem uma coloração mais avermelhada.

--- Sim, q-quer dizer n-não! Ahhh! Você entendeu.

Ele pegou o celular e desbloqueou, iniciando uma partida de DOORS solo, no Roblox.

Ele poderia estar tentando me enganar, mas eu conhecia meu gatinho muito melhor que ele mesmo imagina.

O cabelo cobria a maior parte de seu rosto, e ele não fazia questão de colocar atrás da orelha. Ele se forçava a se concentrar no jogo assim como sempre faz, mas quando se observa bem, é possível notar um toque de indiferença, como se não quisesse realmente estar jogando. O jeito em que ele esfrega um pé no outro e suas mãos trêmulas enquanto segura o celular, todos esses são sinais de que ele está envergonhado.

Sorri de canto e me levantei, indo até sua cama.

Percebi que ele se forçava a não tirar os olhos do celular, mas seus dedos tremiam e ele mal conseguia controlar o boneco.

Levei minhas mãos até seu cabelo, e coloquei as mechas que tapavam seu rosto atrás da orelha, isso foi o suficiente para que ele me olhasse nos olhos.

Tudo que se passou pela minha mente naquele momento foi beijá-lo, mas não faria isso sem sua permissão. Só quero que ele saiba que me tem nas palmas das mãos.

Juro pra vocês, se ele chegasse em mim com uma coleira e me pedisse pra latir, eu latia!

O celular que ele segurava caiu em suas pernas e suas mãos buscaram apoio segurando no colchão.

Puta merda! Ele já é fofo e as bochechas avermelhadas o tornam ainda mais adorável!

Que ódio! Eu sou muito cadelinho dele!

Férias no Brasil!!  - Haikyuu!!Onde histórias criam vida. Descubra agora