capítulo 1

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*Lucien P.O.V.

Estava entregando o relatório das terras humanas para Rhysand, pronto para ir embora, mas Feyre insistiu para que eu ficasse até o café da manhã, me convidou para o jantar, e cá estou eu mais uma vez sentindo-me deslocado nisso tudo, assistindo a todos, comendo e se divertindo nessa reunião familiar. Uma atmosfera que sinto que não faço parte, um intruso, isso é o que pareço.

Todos estavam sentados em seus devidos lugares, Elain estava sentada ao lado de Nestha, ela parecia aliviada, mais tranquila.

Ja faz uma semana que descobri sobre o laço de parceria falso, a mãe parece ter pregado uma peça em mim e me iludiu sobre a esperança de ter um vislumbre da felicidade. Me sinto vazio como uma casca, apenas no automático.

Sinto-me extremamente grato a Feyre por tentar me encaixar nisso tudo, mas não dá, quando pensei que poderia finalmente sorrir, tudo não passava de uma... Ilusão.

Todos comentavam sobre algo que eu não fazia ideia, pois não conseguia me concentrar.

Estava levantando-me para buscar um pouco de ar fresco na varanda da casa, quando escuto o bater de asas.

Os dois illiryanos haviam acabado de chegar. Cassian parecia reclamar sobre ter perdido uma corrida, enquanto Azriel caminhava para dentro da casa.

Foi então que ambos olharam para cima e viram uma luz no céu, logo em seguida um grito desesperado de uma fêmea.

Em instantes, Cassian, antes que a fêmea estabaca-se no chão, a pegou e colocou no chão em segurança.

Cassian- ue, desde quando chove anões do céu?- estava com um ponto de interrogação no rosto.

A pequena fêmea apoiava-se numa especie de mala com desenhos de patinhas e tentava recobrar os sentidos.

X- Urgh, acho que vou vomitar toda a comida.- disse a pequena fêmea, que por algum motivo achei a voz cativante.

Ela comecou a inspirar e expirar o ar lentamente e, finalmente levantou-se corretamente, assim pude reparar em suas roupas e aparência.

A pequena fêmea de cabelos encaracolados e cabelos tão escuros quanto o próprio grão do café usava uma espécie de lenço rosa com detalhes pretos nos cabelos, impedido que algumas mechas caiam sobre seu rosto, uma camisa larga de manga longa cinza que tinha a imagem de um cachorro de lacinho rosa e um gato de gravata azul jogando cartas, sua calça era larga e frouxa no tom de azul do mar profundo, um sapato da cor verde limão com uma listra rosa na lateral e um simbolo com uma estrela, meias com bolinhas laranjadas e rosas, em seu rosto um óculos laranjado.

A fêmea de estilo peculiar começou a olhar em volta, seus olhos pararam em mim e no ellyriano que estava ao meu lado na porta da varanda, o mesmo a olhava um tanto quanto admirado, analisando cada detalhe dela, parecia pensar se usaria ou não a adaga reveladora da verdade.

Os olhos da fêmea percorrem por meu corpo, causando-me um leve arrepio, e chegam ao meu rosto, suas sobrancelhas ergueram um pouco rapidamente e depois desviou para o macho ao meu lado.

Por algum motivo não conseguia tirar os olhos da pequena fêmea a minha frente.

Ela virou seu rosto para o lado e ficou observando o general illyriano, em seguida começou a falar com ele.

X- Obrigada, você salvou a minha vida.- o macho ao seu lado olhava para ela desconfiado, com um pequeno ponto de interrogação em seu rosto.

Cassian- Como você chegou aqui?- perguntou desconfiado.- Você não parece ter asas, não tem como ter voado.- afirmou.

X- Asas?- Foi então que seus olhos arregalaram-se a notar as asas atrás do macho a sua frente.

X- Meu Deus! Você tem asas! Asas de morcego, você é um vampiro? Vai me matar?- o general ergueu uma sobrancelha e a questionou.

Cassian- vampiro? Como assim? Sou um illyriano, um dos mais forte, mas não vou te matar.

Foi então que o macho ao meu lado finalmente saiu do transe e falou, fazendo a pequena fêmea estremer.

Azriel- Se você não for uma espiã ou inimiga eviada por alguém, não vai morrer- disse tirando as mãos da sua adaga.

Atrás de mim os outros observavam tudo com um misto de espanto e surpresa, Rhysand parecia conversar com seus irmão pela mente.

A fêmea na nossa frente se assustou e tirou seus óculos, olhando nos olhos do espião, que pareceu ficar hipnotizado.

X- Não sou uma espiã, uma assassina, uma inimiga, ou seja lá, o que vocês pensam.- disse com calma e firmeza nos olhos do espião, que parecia tentar entender algo, suas sombras estavam agitadas.

Resolvi questionar, eu acreditava nela, afinal que tipo de inimigo se veste assim?

- Por que devemos acreditar em você?- nesse momento a pequena fêmea olhou em meus olhos e eu senti... A mãe estava me pregando outra peça.

X- Bom... Porque...- Parecia procurar um motivo.- ... Não sei.- disse vencida.- Estava indo visitar minha tia, mas quando ia entrar no ônibus, perdi minha mala, fui procurar ela , estava andando por um corredor escuro da rodoviária, olhei para o chão e vi uma espécie de círculo com palavras estranhas, olhei para frente e vi um vulto. Depois disso minha visão embaçou com uma fumaça que apareceu do nada e to aqui agora.- disse e olhei em volta vendo todos com expressões confusas, assim como eu.

Feyre- o que é um ônibus e uma rodo... rodoviária.- questionou a grã senhora.

X-...- estava com uma expressão confusa no rosto.- uma rodoviária é um local onde as pessoas vão pegar um ônibus para viajar para outro lugar.

Feyre ficou supresa e fez um gesto para ela continuar.

X- um ônibus é um veículo que leva as pessoas para os lugares, como posso dizer...- colocou a mão no queixo.- vocês sabem o que é carruagem?

Rhysand ergueu a sobrancelha como se tivesse curioso e Feyre a respondeu.

Feyre- sim, sabemos o que é uma carruagem, mas o que isso tem haver?- a grã senhora falava com calmaria e curiosidade.

X- Ótimo.- juntou as mãos e sorriu, um sorriso tão lindo e charmoso com covinhas e suas presinhas que eram evidentes.- Um ônibus é como uma carruagem sem cavalos que suporta uma quantidade maior de pessoas.- disse gesticulando com as mãos.

Feyre- uma carruagem sem cavalos?- ficou pensativa.

Nestha tomou a frente e questionou a pequena fêmea.

Nestha- O que te faz acreditar que vamos acreditar nessa história?- tinha um olhar severo no rosto.

X- Apenas disse o que aconteceu, cabe a vocês acreditar em mim ou não.- respondeu calma e direta.

Todos ficaram tensos e quando Amren começou a andar, um instinto protetor queria tomar conta de mim.

A corte da monarca das bestasOnde histórias criam vida. Descubra agora