Capítulo 4

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* Feyre: P.O.V.

Estava chorando, as emoções das memórias de Arai me atingiram em cheio. Rhys tocou em minha mão e fez movimentos circulares para me acalmar e funcionou.

A pequena Arai estava desconsolada. A morte de seu avô a afetou muito. Podia jurar que ela estava chorando agora mesmo.

Mudamos as memórias, e agora ela estava em seu quarto estudando. Parecia cansada, esgotada, mas continuou.

Uma fêmea de meia idade entrou no quarto com uma xícara de chá e entregou à Arai.

- Obrigada vó.- disse tomando um gole do chá.

X- Você deveria descansar um pouco. Foi só uma nota vermelha, seu tio sabe que você estava deprimida.- disse com um olhar compreensivo.

Arai- Estudei tanto para aquela prova, mas minha mente ficou em branco...- disse cabisbaixa.

X- Sim eu sei. Queremos que você tire notas boas, mas também sabemos que estava para baixo. É compreensível, o dia da prova foi no mesmo dia que ele partiu.- disse com um semblante triste.

Arai apenas ficou em silêncio.

X- Ele se importava muito com você e com certeza brigaria com a gente por deixá-la ultrapassar os limites. Vá dormir um pouco.- disse saindo do quarto.

Arai deu uma última olhada em seus livros, para uma foto dela e do avô.

Arai- Vou dormir um pouco.- disse fechando o caderno.

Suas memórias ficaram mais recentes. Agora ela já era mais grande, uma adolescente.

Arai estava observando o céu noturno em uma varanda.

Arai- O que faço, vô? Me sinto tão desmotivada. Não consigo estudar, não consigo me concentrar.- desabafava para as estrelas.

Arai- Não sei o que quero fazer, qual caminho seguir, estou tão perdida e cansada.- suspirou e fechou os olhos.

Arai- As vezes tudo que quero é me desligar de tudo e nunca mais precisar lidar com nada. A ideia de dormir e nunca mais acordar soa tão tentadora.

Arai continuou a falar, sua aparência gritava que estava exausta.

Arai- Mas não vou desistir, ainda é muito cedo. Sou tão nova, não posso deixar a vovó sozinha.

Suas memórias mudaram para Arai deitada em seu quarto olhando o teto.

Arai- Argh... É tão chato ficar aqui. Os dias vão passando e vou ficando mais ansiosa, não me esforcei nem um pouco para os vestibulares, tenho certeza que minha nota é terrível... Só vou decepciona- lós.

Um vislumbre de tristeza era notório em seu olhar. Ela começou a lamentar e desculpar- se com o avô, já falecido.

Arai- Haa... Eu sou tão imprestável, tão inútil, não consigo nem decidir qual caminho seguir. Por causa dessa indecisão só perco tempo...Desculpa, vô... não sei se o senhor vai assistir minha formatura.

Ela começou a chorar e suas emoções e sentimentos começaram a se tornar mais turbulentos e pesados, o ar estava ficando sufocante.

Suas memórias começaram a embaralhar e aparecer como um flash rápido, fazendo com que tudo ficasse mais e mais bagunçado...

Uma garotinha brincando em um quintal isolado, começou a se sentir nervosa quando escutou a voz de um macho ao fundo.

Seus sentimentos ficaram mais agitados, a garota estava sendo assediada pelo mesmo macho que estava a chamando.

A corte da monarca das bestasOnde histórias criam vida. Descubra agora