Capítulo 10

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#Pov Luan

Não consegui controlar meu nervosismo quando cheguei ao condomínio, estava ansioso e apreensivo. Minhas mãos estavam tremendo e eu estava começando a suar.

Bruna- Pi, relaxa.

Luan- Não consigo.

Bruna- Vai ter que conseguir, dá última vez você também tava nervoso e acabou discutindo com ela. Dessa vez você tem que falar com ela numa boa.

Luan- Eu sei... mas não consigo não ficar nervoso. E se eu for pai? Imagina só? E se eu tiver um filho?

Amarildo- Eu te entendo filho, mas você tem que se acalmar. Primeiro se concentra em se resolver com a S/N ok? Vamos?

Acenti com a cabeça e fui andando até o prédio que estava indicado no papel que Dona Ana tinha me dado. Era um local bem bonito, um condomínio de luxo. Não foi difícil entrar dentro do condomínio, um rapaz que era meu fã me reconheceu e me deixou entra.

Fui até a recepção do prédio e me deparei com um senhor de meia idade mexendo no celular. Na placa de identificação em seu peito dizia que seu nome era Gregório.

Luan- Bom dia, eu vim visitar uma amiga.

Gregório- Bom dia rapaz. Sabe o número do apartamento?

Luan- Sei sim, posso subir?

Gregório- Se te deixaram entrar dentro do condomínio então você pode. Ou você quer que eu interfone?

Bruna- Não! A gente vai subir direto mesmo, nossa amiga já tá esperando.

O senhor deu de ombros e voltou a mexer no celular. Bruna eu e meus pais fomos até o elevador e apertamos o botão do andar que estava no endereço.

O silêncio no elevador foi horrível, era como se todos nós estivéssemos prestes a fazer a descoberta mais importante de nossas vidas, e era isso mesmo que iríamos fazer. Se aquele pequeno garotinho adorável for mesmo meu filho tanta coisa vai mudar...

Quando as portas se abriram caminhamos para a porta com o número que estava no papel. Por um momento eu congelei na frente da porta, não estava muito preparado para encarar S/N mais uma vez, não sabia oque dizer a ela.

Mari- Vai logo filho, vou morrer do coração se esperar mais um minutos.

Amarildo- Calma Mari, dá tempo pra ele.

Senti a mão de Bruna no meu ombro e tomei coragem de tocar a campainha. Ninguém atendeu por um momento mas antes que eu pudesse tocar de novo a porta se abriu.

Eu esperava encontrar a S/N mas dei de cara com um homem. Ele estava só de calça e seus cabelos estavam molhados. Ele me olhou de cima a baixo e se escorou na porta com um sorriso sarcástico no rosto.

Glen- Posso ajudar?

Ele tinha um sotaque diferente, talvez fosse estrangeiro. Ele passou a mão nos cabelos longos que estavam molhados e continuou me olhando. Estava confuso, a mãe da S/N realmente tinha me passado o endereço errado?

Luan- Desculpa cara, endereço errado.

Glen- Vocês tão procurando a S/A?

Luan- Sim...

Glen- Então é o endereço certo. Luan né?

Fiquei surpreso por ele saber meu nome. Não esperava que ele soubesse. Será que a Ana avisou a S/N que eu viria?

Luan- Nos conhecemos?

Glen- Sou Glen Hobbs, estava na reunião ontem.

Consegui me lembrar dele, foi ele quem a S/N foi recepcionar. Ele estava meio diferente sem o terno e o cabelo preso. Dava pra ver as tatuagens espalhadas pelos braços e pelo torço dele.

Glen- Bom, a S/N tá ocupada no momento. Se vocês quiserem voltar mais tarde?

Luan- Eu preciso falar com ela agora. A gente não pode entrar?

Glen- Não.

Bruna- A gente precisa falar com ela, você não pode chamar ela pra gente?

Ele se virou chamou S/N. Glen se virou de volta para nós e sorriu enquanto passava as mãos no cabelo. Parecia que ele estava nos analisando.

Depois de uns segundos vi S/N aparecendo na porta. Ela estava usando um hobby de cetim preto que ia até o meio de suas coxas, seus cabelos estavam úmidos e ela tinha um sorriso no rosto.

Quando nos viu a mesma deixou de sorrir. Seus olhos escureceram e a mesma olhou para Glen como se estivesse em dúvida sobre oque estava acontecendo.

S/N- O que vocês estão fazendo aqui?

Luan- Oi S/N, a gente precisa conversar. Nós podemos entrar?

S/N- Não tenho nada pra conversar com você.

Luan- S/N, por favor, não vou tomar muito do seu tempo.

S/N- Olha, não sei como conseguiu meu endereço, mas eu quero que você vá embora e me deixe em paz.

Luan- S/N, olha, se você não aceitar falar comigo agora na próxima vez que você for me ver vai ser junto com um advogado!

Ela pareceu ficar com raiva e andou até mais perto de mim chegando até meio metro de mim, consegui sentir o perfume dela, ainda era a mesma fragrância adocicada.

S/N- Aé? Você acha que pode vir até a minha casa e me ameaçar? Você pensa que é quem Luan? Você acha que só porque é famoso e tem dinheiro, que pode vir até aqui e me coagir?

Luan- Eu só quero falar com você, mas você não tá facilitando as coisas!

Bruna- Luan, você tá se precipitando demais, tenha calma.

Bruna interveio na situação e eu me acalmei. S/N estava com um olhar que nunca havia visto no rosto dela, parecia desprezo, mas não tive certeza. Glen que estava ao lado dela parecia irritado e colocou S/N para trás dele assim ficando entre eu e ela.

Glen- Vá embora, ela não quer falar com você.

Luan- S/N, eu não vou embora sem falar com você!

Mari- Filho, calma, você tá se alterando.

S/N não me respondeu e começou a entrar de volta no apartamento. Eu logo passei por Glen e a peguei pelo braço obrigando-a a me olhar.

Luan- Eu sei que eu sou pai do Yuri! Eu tenho os meus direi...

Não tive tempo de terminar a frase. Glen me fez soltar S/N e me jogou pra fora do apartamento com brutalidade. Acabei batendo a cabeça na parede com força e isso me fez ficar tonto. Minha mãe e Bruna vieram me socorrer e meu pai começou a discutir com Glen. Vi S/N ainda no mesmo lugar em que eu a tinha parado, ela estava olhando para baixo.

S/N foi até onde meu pai e Glen estavam discutindo e os acalmou. Depois ela olhou para Bruna, minha mãe e eu.

S/N- Já que você quer tanto conversar Luan, então vamos conversar, mas quem vai falar dessa vez sou eu!

Ela começou a entrar no apartamento e deixou o resto de nós para trás. Me levantei e acalmei minha mãe e Bruna dizendo que estava bem. Glen estava nos encarando, seu olhar era de puro ódio, me lembrava do olhar de Lucius no dia em que terminei com S/N.

Glen- Entrem logo, não temos o dia todo!

Entramos no apartamento com cautela. Pelo que parece a S/N arranjou outro cão de guarda pra ela.

O lugar era bonito, tinha algumas caixas de papelão em alguns lugares mas tudo estava bem organizado então não afetava o clima do local. O interfone tocou e Glen atendeu, consegui ouvi parte da conversa e era sobre uma certa briga na porta do apartamento. Glen só deu uma desculpa barata e depois desligou.

S/N estava na sala nos esperando. Glen foi até ela e conversou com ela em outro idioma, a mesma o respondeu algo e depois direcionou seu olhar para nós.

S/N- Sentem-se, a conversa vai ser longa.

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