Jhonny Larson: o Jovem Detetive

CAPÍTULO VI - A CONFISSÃO

Chegava as 16 horas e Jonathan estava chegando à casa de John. Ele foi sozinho, sem nenhum objeto
para se defender, apenas com seus conhecimentos em artes marciais.
Jonathan bate na porta e imediatamente John abrea e convida Jonathan para entrar.

- Com licença – disse Jonathan

- Toda – replicou John – vamos ao meu escritório,  por favor.

- Vamos, mas primeiro tire sua arma de lá e deixea em outro lugar. – Jonathan disse.

- Como ... enfim, eu tiro – respondeu John.

John tirou a arma do escritório e colocou-a em um  cofre que ficava alojado na sala de estar.

- Pronto, me acompanhe, por favor – pediu John.

E Jonathan seguiu John até o escritório.
Chegando lá, John sentou-se em sua cadeira e pediu para que Jonathan também se sentasse na poltrona. E os dois começaram a conversar.

John então perguntou:
- Como descobriu que eu era o assistente de seu  pai ?

Porém foi ignorado por Jonathan que falou:
- Vamos direto ao assunto, porque quis matar meu  pai ?

- Jhonny, eu não quis mata-lo, eu... – foi interrompido por Jonathan

- Sr. Stewart, eu sei que o senhor se arrependeu, eu sei ler expressões, mas o senhor tirou meu pai de mim e de minha mãe – falou Jonathan irritado e com lágrimas nos olhos – mesmo se arrependendo, o senhor cometeu um crime.

- Jhonny, você entendeu errado – disse John também com lágrimas nos olhos – eu não quis matar seu pai, e
eu não tinha nenhuma ligação
com aqueles caras do carro.

- Então porque ele estava sem o colete ? – questionou Jonathan.

- Naquele dia houve falha na comunicação e faltou um colete, que seria o meu. Então seu pai veio e me deu o colete dele, porque eu não tinha a coragem que ele tinha.

- Porque você não morreu também? porque os tiros foram apenas no seu peito, onde o colete protegia?

- Eu... eu também não sei – respondeu John.

John então olhou para Jonathan e o viu se derramar em lágrimas.

E então falou:
- Jhonny, eu peço perdão por tudo, você é um menino de ouro, minha filha gosta muito de você, eu não deveria estar fazendo isso com você.

- Fazendo o que ? – perguntou Jonathan ainda chorando.

- Tinham três policiais do departamento em que nós estávamos aquele ano que me disseram coisas que ... – John travou e ficou pensando se era uma boa ideia dizer.

- Que ... – pressionou Jonathan.

- Eles me disseram que fizeram faltar um colete de propósito, e que o colete que tinha que faltar teria que ser o de seu pai. Eles me falaram tudo o que iria acontecer, porém eu não poderia contar a
ninguém, porque iriam atrás da minha família e iriam matar Mary e Alicia.

- O que ?! – disse Jonathan espantado.

- Eles disseram para eu sumir, que iriam forjar minha morte e me dar uma nova identidade – disse John.

- Isso é papo furado, se você sabia do ataque, porque foi junto com meu pai ?

- Eles disseram que era para seu pai não desconfiar. Porém ele desconfiou de minha atitude estranha no carro, minutos antes do acidente. Já era tarde demais.

- E porque o senhor não avisou o MI6 ? eles poderiam ajudar.

- Porque eu fui avisado do ataque momentos antes de sairmos com o carro.

O silencio dominou o escritório, até que Jonathan perguntou: - E quem são esses policiais ?

- Eles não pareciam ser britânicos, o sotaque era diferente, mas o MI6 já cuidou deles.

Jonathan anotou em sua mente a descrição dos policiais. E continuou:

- Olha aqui Sr. Stewart, eu gosto muito de sua filha. Vou acreditar no sr.

- Jhonny, eu sei que você sabe que tudo o que eu falei é verdade. Você é inteligente. E também filho do maior detetive do Reino Unido.

- Sr. Stewart, o senhor pode nos ajudar na investigação de descobrir quem são os caras do carro ?

- Como assim “nos ajudar” ? – perguntou John.

Jonathan tira o microfone que estava escondido debaixo de suas vestes e revela que sua mãe estava escutando-os a todo momento.
John sorri, pois naquele momento, percebeu que Jonathan já sabia que ele não era culpado. Isso que ocorreu foi apenas para John confessar que foi avisado, coisa que não confessou durante o interrogatório do MI6 após o acidente.

- Garoto, você é um gênio. – disse John.

- Como o senhor disse, sou filho dos Larson’s. – disse Jonathan e depois continuou – o senhor vai nos ajudar ?

- Eu gostaria muito de ajudar, porém eu colocaria em risco minha família. Vou ficar te devendo.

- Sr. Stewart – disse Jonathan – o senhor não me deve nada, já confessou tudo para mim que nem o MI6 sabe, eu quero te agradecer.

- Obrigado garoto ! – disse John, logo após olhou o relógio – Rapaz, já são 17:30, as meninas já vão chegar

Jonathan, calmo, perguntou:
- Sr. Stewart, eu posso ver Alicia ?

John ficou com o coração apertado e então lhe respondeu:
- Claro... Claro, mas crie uma história do porquê viestes aqui, porque elas vão perguntar.

- Já tenho uma em mente - disse Jonathan e continuou – mas preciso da autorização do senhor !

John fez uma expressão de surpreso, porém logo após se ligou no que Jonathan estava falando e então:

- Não acredito – disse John mais surpreso do que já estava.

Jonathan, sorridente, balança a cabeça em sinal positivo. Naquela tarde, ele e Alicia seriam um casal de namorados.