Capítulo 13 - Parte II

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Mabel andou em círculos em seu quarto, seu noivo havia pedido que não saísse do cômodo, enquanto houvesse tantas pessoas na mansão, mesmo envolta em ansiedade a jovem conseguiu sentir pelo menos 5 assinaturas magicas estranhas desde o início do dia, mesmo assim ainda havia outras pessoas que iriam se juntar antes da invasão.

Apesar de ter tentado, ela não havia conseguido achar um plano diferente que impedisse Marvolo de se colocar em tanto risco, então apenas poderia orar para que os deuses fossem graciosos, a porta se abriu quando já fazia a centésima volta no quarto, Marvolo foi direto em sua direção e lhe abraçou.

— Você não comeu. — Ele observou a refeição intocada na mesa que havia no quarto, e não pode evitar o tom de repreensão em sua voz.

— Eu tentei, mas nada se deu bem com meu estomago

— Meu amor... eu sinto muito você ter que passar por isso.

— Não seja bobo, eu amo você é natural que eu me preocupe.

Isso encerrou qualquer discussão e os dois se abraçaram por mais algum tempo, sabendo que estava na hora de ir, Mabel sentiu seu cheiro mais uma vez enquanto se apertava ainda mais em seus braços.

— Promete — Ela falou tentando achar uma forma de garantir que aquilo não era um adeus —— Promete que volta para mim, não importa como ou que você precise fazer para isso.

— Eu prometo amor, não importa como.

Então os dois se beijaram uma última vez, seus lábios se encontrando em um até logo, com a mesma urgência de um adeus, seus dedos tentando segurar cada parte ao alcance afim de que a sensação da pele um do outro permanecesse mesmo quando tiveram que se separar, o lorde saiu do quarto mais devagar do que deveria, mesmo assim fez questão de memorizar Mabel ali no meio do quarto com um sorriso suave nos lábios e os olhos cheios de lagrimas não derramadas.

Desde que se conheceram, não era a primeira vez que ele fazia uma missão e toda missão tinha um risco, mas talvez pelo relacionamento deles ter se tornado muito mais que uma amizade ou talvez porque essa missão era um lugar onde seu maior inimigo estava, não importava, os motivos no final das contas, o sentimento de medo nos olhos de Mabel deixou o lorde muito mais abalado do que ele estava disposto a admitir.

O trio de ouro o esperava na casa dos gritos, Draco os cumprimentou com frieza, seus pensamentos muito preocupados e distantes para conseguir se concentrar em fingir gentileza, os quatro observaram atentamente a torre de astronomia, por onde teriam o sinal de Dumbledore, a consciência de Draco gritava que seu pai poderia ser pego, que o lorde saberia instantaneamente que ele era o traidor, que isso poderia custar a sua vida, mas não havia como voltar atras.

Sem imaginar o que lhe esperava, os comensais da morte em Borgin & Burkes começaram a atras no armário sumidouro no horário combinado, todos com a máscara de osso branco e capa preta, ao atravessar foram logo surpreendidos com ataques, rápidos e habilidosos começaram a se defender e devolver os feitiços ofensivos, assim, inesperadamente a batalha começou ali mesmo na sala precisa, havia rostos conhecidos entre os ofensores, e Marvolo foi rápido me perceber que ali estavam todos os listados na ordem da fênix. Severus e Dumbledore longe de serem vistos.

Todos eram habilidosos, mas os comensais também, Marvolo gritou para que não recuassem, ele precisava que a ordem se distanciasse, invocou um feitiço de fogo selvagem, que criou uma barreira entre a ordem da fênix os comensais, logo ele expandiu encurralando a ordem contra a parede da porta, e assim eles recuaram para o corredor.

— Não podemos voltar pelo armário, se nos esperavam aqui, podem estar nos esperando lá também... Vamos avançar, entre-la lutando!

Assim os Comensais fizeram, deixando Voldemort para trás— rapidamente o lorde passou mentalizou a sala de objetos perdidos, procurando avidamente pelo diadema, o motivo de toda aquela missão.

Quando finalmente encontrou, o lorde se preparou para sair e enfim poder ajudar seus servos na batalha, com a máscara sobre o rosto, o lorde saiu lutando, usando um feitiço de escudo, e em seguida devolvendo um feitiço agressivo em um Winslen, a batalha no corredor havia tomado proporções maiores e os comensais tinha ganhado terreno, sendo que a batalha havia migrado para outros locais, isso surpreendeu o lorde, mas acima de tudo lhe deu orgulho.

Eles lutaram, feriram e foram feridos, mas era impossível não perceber que a perda do efeito surpresa foi prejudicial para comensais, Voldemort tentou abrir caminho no meio da batalha, lançando maldições a torto e a direito, três de seus comensais caíram, mortos no meio da chuva de feitiços.

E foi então, quando a batalha estava quase totalmente perdida, e já estavam no meio do grande salão, quando Dumbledore apareceu, gritando para que os comensais se redessem, e então tomado pelo ódio, Marvolo atacou diretamente o velho, mandando uma maldição da morte sem aviso, o velho supreendentemente desviou, e os dois começaram a lutar diretamente.

— Tom! Finalmente podemos lutar de igual para igual. — Dumbledore gritou sobre o barulho da luta.

— Nós nunca fomos e nunca seremos iguais! — O lorde respondeu a provocação, e com isso o velho só riu, pois havia confirmado a suspeita sobre a identidade do seu oponente.

Os dois lutaram, lançando maldições de todos os tipos, Dumbledore recuou, depois Voldemort, os dois apenas querendo acabar com o duelo, e sair vencedor.

Estavam próximo a mesa dos professores, quando o maldição de Dumbledore atravessou o escudo do lorde, atingindo seu peito e o jogando para trás no meio das mesas dos alunos.

Era uma maldição de corte, e o cheiro do sangue atingiu as narinas de Marvolo como um choque, o diadema em seu bolso pesou anormalmente, evidenciando o perigo em que ele estava destacando o risco de não poder cumprir sua promessa. Determinado o lorde se levantou rapidamente, ignorando a dor em seu peito, com a dedos firmes em volta de sua varinha, a batalha recomeçou, os feitiços que ele usavam passaram a ser muito mais escuros, atingindo não apenas onde pousavam mas também afetando tudo ao redor, os comensais que ainda lutavam ao redor, estavam embebidos pela energia da magia de seu mestre, o efeito vicioso da magia escura os tornando mais frenéticos, invocando a loucura e a imprevisibilidade de um usuário de longa data, todos passaram a ser mais ofensivos.

A batalha ficou muito mais caótica, e Voldemort, parecia ter renascido em Marvolo, seus olhos azuis adquiriam um brilho avermelhado, e ele arrancou a mascara de seu rosto em um gesto de tudo ou nada, se movendo com a graça e a agilidade da juventude recém adquirida, Voldemort desferiu uma sequencia de feitiços perniciosos, que atingiram a Dumbledore, que não teve tempo suficiente para se defender de todos eles, em milésimos de segundo, aproveitando o atordoamento do diretor ao ser atingido, o lorde lançou a maldição da morte, que também acetou seu alvo.

E tempo parecia ter parado, todo o barulho ao redor se silenciando enquanto Dumbledore caia contra a mesa dos professores, morto. E surpreendentemente uma mulher da ordem gritou horrorizada.

— Recuar! — Ele ordenou, se dirigindo para a porta da escola. 

Um Amor Para VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora