Capítulo 10

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1 de setembro estava chegando, Draco estava cada vez mais
preocupado com Mabel, que agia a cada dia mais na defensiva, na maior parte do tempo a mais velha era como sempre, sorrindo, conversando, mas em outros momentos, principalmente quando a família toda se reunia a irmã agia de forma fria, seu pai sendo o principal alvo das respostas curtas e as vezes da falta de resposta. 

  O aniversario de Mabel, em 22 agosto foi uma anomalia, ao contrário dos outros anos nos quais Mabel passava a maior parte do dia com o pai, nesse Mabel acordou tarde, desceu apenas no horário do almoço e após isso se agarrou a Draco, decidindo que passariam o dia no jardim, lugar onde havia se recusado a ir durante todo o verão.

  A noite seu pai entregou o seu presente para Mabel, mesmo quando ela tentou recusar, que o presente era para os dois, um par penas que de acordo com o que pai havia prometido, após um pequeno ritual escreveria qualquer coisa que Mabel ditasse, a de Draco, no entanto era verdadeira maravilha, pois escreveria em Braile, assim ele e Mabel poderiam se comunicar diretamente. Isso seria um alívio para o Malfoy mais novo que desde o mês anterior carregava um peso consigo, não só a marca negra no pulso e a missão quase impossível a cumprir, Draco também sentia culpa por não contar para a irmã e agir de certa forma como seu pai, nem mesmo toda a culpa poderia Draco a mencionar o lorde das trevas novamente, não depois da reação da irmã no primeiro dia de férias.

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Voldemort já estabelecido em seu novo corpo, levou um tempo para colocar seus planos em movimento novamente, antes de procurar Mabel, realisticamente  não havia nenhuma garantia de que Mabel se sentisse da mesma forma, que ela fosse gentil e receptiva, não era esperado nada diferente de uma lady, e sendo ele parecido com um monstro ou um príncipe não faria diferença, recuperar sua aparência foi muito mais um gesto auto afirmativo, e ele havia se concentrado tanto nisso, que somente depois se deu conta que não tinha qualquer prova de que seria aceito.

  Em dois de Setembro, Voldemort aparatou na área externa da mansão opulenta, transfigurado em sua aparência serpentina, não querendo arriscar que o vissem de outra forma, o lorde entrou no salão principal sem anúncio, para essa ocasião em especifico havia mandado Lucius em uma missão fora da Grã-Bretanha, e com Draco Malfoy de volta Hogwarts nada o impediria de ver Mabel. 

  Procurou-a com sua magia, e a encontrou no andar dos quartos, então não perdeu tempo, sem se preocupar com a autorização de Narcisa que com certeza nem saberia de sua presença, ele parou em frente a porta do quarto tentando acalmar seus nervos.

Do outro lado da porta, Mabel estava contra a parede oposta, dividida, querendo escondesse onde pudesse por saber exatamente quem estava ali, o havia sentido assim que chegou na casa, e exatamente por saber quem estava ali, também queria ficar.

  Marvolo bateu na porta dessa vez, lembrando do medo que viu no rosto de Mabel em sua primeira vez ali, bateu suavemente e esperou por uma resposta que demorou minutos para chegar embalada por uma voz tremula.

 — Entre — e foi tão suave que se ele não tivesse tão concentrado em qualquer som que viesse do quarto, não teria ouvido.

  Abrir a porta revelou algo que ele não esperava, Mabel ainda estava em sua roupa de dormir, mesmo que fosse o meio da tarde, não só isso, mas seus cabelos, que antes sempre estavam em tranças intrincadas estavam soltos e revoltos, e pele sempre corada de suas bochechas estava pálida, assim como todo o resto dela, e ele percebeu depois de dar alguns passos para além da porta, que o motivo de tal palidez era sua presença.

 Isso o fez parar, a aparência incomum não a tornava menos aos seus olhos, mas o fez se preocupar, e a postura inserta e claramente com medo, o fazia perceber que além do fato de que ela pudesse rejeitá-lo, se soubesse... ele não continuou a pensar nisso, não poderia.

Um Amor Para VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora