Capítulo 12

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Querido irmão, sei que tenho negligenciado a promessa que lhe fiz, e não escrevi todas as semanas como prometi, mas isso é porque ocorreram tantas coisas desde a sua partida, que me faltam palavras para lhe contar, da forma que desejo.

Acredito enfim que pude reunir as coisas de forma mais breves, lembra do hospede que tivemos em nossa casa? Disse lhe em seu primeiro dia de ferias que ele nunca havia me feito nada, e receio que essa não foi toda a verdade.

O hóspede e eu nos encontramos muitas vezes no jardim, na época eu não sabia sua identidade, mas mesmo assim aos poucos um laço entre nos se formou, um laço que até sua partida pensei ser forte apenas do meu lado, mas para minha surpresa e alegria,

Nós nos amamos Draco.

Sei que deve parecer loucura para você agora, mas peço querido irmão, que me de uma chance de explicar tudo a você no natal, quero que você o conheça da forma como o conheço, e se escrevo isso para você é para poupa-lo do choque que tenho certeza que essa revelação causara a você, independente de suas concepções, que apenas que leve em consideração que nunca estive tão feliz em toda a minha existência.

Com amor, sua irmã.

Draco se impediu de desmaiar enquanto lia a carta por duas vezes seguidas, mas depois das palavras não mudarem e nem a carta se transformar em algo ridículo sinalizando uma pegadinha, o que seria totalmente atípico de Mabel, mas ele poderia aceitar absolutamente tudo, que não fosse o que na verdade a carta relatava, então como se para pontuar seu choque e pavor, ele desmaiou no meio do café da manhã.

Quando acordou na enfermaria, demorou alguns instantes para se situar, mas quando o fez se sentou rapidamente, Draco estava exausto, de sua rotina desgastada tentando concertar o armário sumidouro, desviar a atenção de Potter, a ansiedade em cumprir sua missão e as possíveis consequências do fracasso... tudo isso acumulado em sua mente por semanas, e por fim as palavras da carta que havia lido, o levaram a uma crise de choro torrencial.

E foi assim, chorando contra um travesseiro, que Dumbledore encontrou o príncipe da sonserina.

- meu garoto - O velho cumprimentou, em tom especial que ele reservou especialmente para Harry, mas que era perfeito para a situação atual também

- D-Diretor- Draco o cumprimentou entre soluços, lutando para parar as lagrimas

- Oh meu pobre garoto - O velho então o abraçou, e deu tapinhas em suas costas o que só o vez chorar ainda mais - Shiiii, eu sei, eu sei... acalme-se, me conte tudo e eu prometo ajudar você...

- Não posso! - O jovem respondeu, ainda chorando, mas querendo se distanciar do homem estranhamente paternalista.

- Pode, claro que pode, nunca vou julgar você, basta me contar Draco. - Os olhos do diretor brilharam por trás do óculos meia-lua, uma promessa de aceitação e proteção que Draco sempre desejou ver nos olhos do próprio pai mas nunca pode, seu pai não podia manter Bell segura, Draco sabia disso, o escuro, o poder... nada disso valia a pena se significasse que sua irmã iria perecer nas mãos do lorde das trevas.

- Eu conto... - O menino disse por fim, se você me prometer, que vai proteger minha irmã.

- Sua irmã Draco? - O diretor perguntou interessado.

Na mansão Mabel acordou mais cedo do que nunca, Marvolo a havia convidado para um passeio especial, e a ansiedade era tanto que quase não dormiu na noite anterior, com auxilio de uma elfo escolheu um vestido de tecido leve, depois de vestida, respirou fundo e repetiu as palavras que Marvolo tinha ensinado, era um feitiço doméstico simples que poderia ser feito sem varinha por um mago poderoso suficiente, assim como na primeira vez que teve sucesso com o feitiço, sentiu os cabelos se moldarem naquilo que havia mentalizado, uma trança intricada que tiraria seus cabelos de seu pescoço, perfeita para um dia quente, como se o lorde adivinhasse que ela estava pronto, houve uma batida na porta, a qual ela abriu com um sorriso.

Um Amor Para VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora