CAPÍTULO 1

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                           Anna Liz 🦋
              Segunda - feira • 7:00 AM

O despertador tocou e, mesmo com aquela vontade de continuar dormindo, eu sabia que precisava levantar

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O despertador tocou e, mesmo com aquela vontade de continuar dormindo, eu sabia que precisava levantar. Espreguicei-me, saí da cama e fui direto ao banheiro, onde comecei minha rotina: lavei o rosto, escovei os dentes e tomei um banho rápido. A água morna ajudava a espantar o sono que ainda restava. Vestida com meu uniforme de trabalho, ajeitei o cabelo no espelho, observando meu reflexo. Respirei fundo, preparada para mais um dia.

Eu : Agora, é hora de cuidar da minha princesa — murmurei para mim mesma, enquanto ia até o quarto da Laura.

Ao abrir a porta, lá estava ela, dormindo tranquilamente. Senti um calor no peito ao vê-la tão serena, mas sabia que precisava acordá-la. Aproximei-me, acariciei suavemente o rostinho dela e a chamei baixinho.

Eu : Bom dia, minha princesa… é hora de acordar.

Laura abriu os olhos devagar e, ainda sonolenta, sorriu para mim. Esse sorriso matinal era tudo para mim.

Levei-a até o banheiro e dei-lhe um banho. Sua pele morna e cheirosa fazia o cansaço sumir, e eu aproveitei cada segundo desse momento. Vesti o uniforme da creche nela e fui arrumar sua bolsinha, conferindo se tudo estava ali. Em seguida, descemos juntas para a cozinha.

Coloquei Laura na cadeirinha de comer e comecei a preparar o café da manhã. Ela me observava, com aqueles olhinhos atentos, como se aprender a fazer nosso café fosse o momento mais fascinante do mundo.

Depois de comermos, subimos novamente para o banheiro, onde escovamos os dentes juntas. Laura ria a cada espuma que fazia e me contagiava. Terminado, peguei-a no colo e a coloquei na cadeirinha do carro, certificando-me de que estava bem presa. Dei-lhe um beijo e seguimos para a creche.

Ao deixá-la, senti um aperto no peito, como sempre, mas logo respirei fundo e segui para o trabalho. Quando cheguei à minha loja no shopping, as meninas já estavam lá.

Eu : Bom dia, meninas! Hoje vocês pularam da cama, hein? — brinquei, sorrindo.

Amanda, com aquele sorriso maroto, logo respondeu:

Amanda : Nada, menina, mal dormi a noite. — Ela me lançou um olhar de quem tinha história para contar.

Eu : Ah, deu pra perceber que sua noite foi boa, hein? Cuidado, daqui a pouco vem a “doença de 9 meses”! — brinquei, soltando uma risada.

Nanda : Eu já falei pra ela se cuidar, mas ela não me escuta.__Fernanda balançou a cabeça, meio rindo, meio séria.

Eu : Tá bom, tá bom, meninas, menos fofoca e mais trabalho! Temos que repor as roupas — falei, mudando o tom, mas com um sorriso no rosto.

Fui até a sala de estoque e peguei as peças que precisavam ser repostas. Enquanto eu etiquetava os preços, Amanda e Fernanda colocavam tudo nas araras. A manhã foi uma correria, mas conseguimos deixar tudo organizado. À tarde, o movimento foi intenso, e terminamos o dia praticamente sem estoque — vendemos tudo.

Assim que o shopping fechou, deixei o trabalho e fui buscar Laura na creche. Ela correu para os meus braços assim que me viu, e, com ela no colo, passamos no mercado para fazer algumas compras antes de ir para casa.

Chegando em casa, dei um banho em Laura, que, exausta, já quase dormia no banheiro. Vesti um pijama nela e coloquei o meu também, descendo até a cozinha, onde encontrei minha mãe terminando de preparar o jantar.

Eu : Oi, mãe! Tudo bem? — perguntei, sentindo o calor e o conforto que só a presença dela trazia.

Ana : Oi, minha filha. Tudo bem. E você? Como foi o dia? — ela perguntou, com um sorriso acolhedor, enquanto pegava Laura no colo.

Eu : Cansativo, mas produtivo! E Laura… como foi seu dia na creche? — perguntei, olhando para ela.

Laura balançou a cabecinha e respondeu, com um leve sorriso, mas o olhar um pouco baixo:

Laura : Laura bincou muito… — A voz dela saiu meio triste, o que me deixou intrigada.

Minha mãe, percebendo também, acariciou o rostinho dela.

Ana :  Mas parece que tem alguma coisa chateando minha netinha. O que foi, meu amor? — perguntou, com a voz cheia de ternura.

Laura me olhou, e seus olhinhos se encheram de lágrimas.

Laura : É puque… Laura quelia ter um papai igual as coleguinhas… — disse, com uma voz tão baixa que mal pude ouvir, mas que soou como uma pancada em meu peito.

Engoli em seco, tentando segurar as lágrimas que ameaçavam cair. Ajoelhei-me ao lado dela, segurando suas pequenas mãos.

Eu : Minha princesa, lembra o que a mamãe te disse? Seu papai trabalha muito, ele não pode estar aqui agora… mas ele ama muito você.

Ela assentiu, ainda triste, e fui tomada por um sentimento de impotência. Queria tanto poder preencher essa lacuna no coração dela. Laura saiu do meu colo e foi para a sala, onde ligou a TV e começou a assistir.

Sentei-me ao lado dela, peguei meu notebook e comecei a fazer os pedidos de roupas e organizar as compras online. Com ela ali, mesmo em silêncio, eu me sentia mais tranquila. Assim que minha mãe terminou o jantar, jantamos juntas. Conversamos sobre o dia, entre risadas e histórias, e esse momento em família era sempre revigorante.

Quando terminamos, levei Laura ao banheiro para escovarmos os dentes. Depois deitamo-nos, e em poucos minutos ela já dormia, com a respiração tranquila e os olhos fechados, como um anjo. Acariciei seu rostinho uma última vez antes de fechar os olhos.

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