𝘀𝘁𝗼𝗿𝘆 𝗼𝗳 𝗺𝘆 𝗹𝗶𝗳𝗲 - jude bellingham

02

FALTAVA EXATAMENTE UM DIA PARA A listagem oficial do jogo sair. E eu estava mais nervosa que nunca!

— O Davi vai vir pra cá hoje e... — Neymar da uma pausa e me observa. — S.N! Tá me ouvindo? — Disse me tirando de minha transe.

— Desculpa Ney. Tô meio nervosa pra amanhã.

— Fica calma! Tenho total certeza de que você vai entrar. Você é incrível em quadra. — assenti.

— Continuando o que estava dizendo... Davi vai vir pra cá hoje, e ele disse que quer ver um filme com nós dois. Um novo acho... Mas não sei onde tem. Pode tentar achar pra mim?

— Posso sim.

— Tá ok. Vou te mandar pelo whatsapp, gatinha.

∞

— Tia, pode fazer aquele sua pipoca que amo? — disse Davi com a cara que faz quando quer me convencer a fazer algo.

— Faço sim, lindo. — fui em direção a cozinha e Davi foi comigo. Ele ficou sentado em uma das cadeiras enquanto eu fazia a pipoca.

— Quando o tio Jack vem? — eu sorri de lado me virando pra ele.

— Ele não é seu tio, Davi. — ele da de ombros — Acho que ele vem amanhã, pra ver se eu vou entrar pro time.

— Hum... Vocês ficam tão longe né?! Não sentem saudades?

— Sim, muita. Mas nós conversamos todos os dias.

— Que bom, tia. Estou muito animado pra amanhã. Tenho certeza que você vai passar.

— Assim espero, meu lindo. — sorri

Terminei de preparar a pipoca e fomos pra sala de cinema onde Neymar estava preparando o filme para vermos. O Davi sentou na cadeira no meio, e eu e Ney cada um de lado.

— Espera! — exclamei fazendo Neymar pausar o filme. — Esqueci de pegar doces. — Davi sorriu

Me levantei e fui até a cozinha pegando a cestinha de doces que ficava dentro do armário. Dentro da cestinha haviam nossos doces favoritos. Deixavamos lá pra quando quiséssemos comer de bobeira mesmo. Voltei e demos início ao filme.

Eu amava passar tempo com eles dois. Nós três sempre fomos muito unidos desde que o Davi nasceu. Sempre fui uma tia muito boba, muito babona.

Terminamos de ver o filme e ainda teríamos a tarde toda pela frente. Davi e Ney saíram pra tomar um sorvete, já que o menor queria uma casquinha. Eu, pelo contrário fiquei em casa malhando um pouco.

Assim que largo os pesos nós chão sinto que alguém deposita um beijo em meu pescoço e viro rapidamente para ver quem é.

— Você chegou?!— lhe comprimento com um selinho.

— Eu disse que eu viria, querida! — ele me abraçou.

— Pensei que viesse amanhã.

— Resolvi fazer uma surpresa. — rimos.

— Nem ouvi você chegando. Você tocou o interfone?

— Sim. Mas acho que você estava distraída demais para ouvir. — assenti. — Vou para o seu quarto. Preciso de um banho relaxante.

— Pode ir lá. E por favor... Não deixe suas coisas largadas. A Pati arrumou meu quarto esses dias. — ele deu um sorrisinho de lado.

— Não prometo nada!

Ele me deu as costas, e saiu. Me deixando sozinha.

Era sempre assim. Eu sempre avisava, mas ele sempre ia e fazia uma bagunça tremenda no meu quarto, como eu nunca fizeram antes. A Patrícia - a moça que trabalha aqui em casa - diz que não tem problema. Mas tem sim! Ninguém merece ficar fazendo a mesma coisa todo dia só por causa de uma pessoa que não consegue se manter organizada. É estressante!