Fora da Friendzone - Borusara (CONCLUÍDA)

Seven

Sarada Uchiha

A chuva batia contra minhas costas como tiros batem em um alvo antes dele cair no chão em pedaços, mas só contrário do alvo, eu não vou quebrar ou cair no chão.

Eu ainda soluçava, meus olhos ainda ardiam.
Eu sentia a blusa de frio do corpo abaixo de mim encarada.

Estava sentada sobre suas pernas enquanto meus braços apertavam fortemente seu tronco.

Meus dedos estavam entrelaçados no tecido da blusa.

Sentia uma de suas mãos alisar meu cabelo molhado pela chuva.

Eu estava em um estado trágico.

Escutava ele sussurrar baixinho uma música, acho que Little Bit More.

A voz dele é linda, sempre foi.

— Temos que ir lá pra dentro.

Digo apertando ainda mais o tronco do loiro.

Eu não queria sair dali, estava tudo desmoronando dentro de mim.

As preocupações com ele a mil, e eu nem sei o motivo.

— Shh, nós vamos pra casa onde estamos ficando.

Senti ele mover suas mãos para minhas coxas, me firmando para que pudesse levantar.

— Ei, não, tá chovendo, você pode escorregar.

Resmunguei levantando o rosto para o encarar.

Ele estava tão concentrado. O maxilar trincado, parecia focado em sair dali.

A chuva ainda caia grossa, molhando os cabelos que outrora foram loiros, mas que agora estavam escuros.

Gotas grossas de chuva escorriam por suas bochechas.

Uma de minhas mãos foi em direção a franja loira que caia sobre os olhos azuis oceano, jogando a mesma para trás.

Ele me olhou por um segundo e sorriu.

Que porra de sorriso bonito do caralho..

— Você pelo menos sabe o caminho de volta?

Perguntei tentando ir para o chão, ele devia estar cansado...

A culpa bateu com tudo, então, mais do que antes, tentei ir para o chão, tendo como resposta um aperto firme nas coxas.

— Eu sei onde eu vou, mas o que você tá fazendo?

Perguntou ainda concentrado, andando em direção a trilha que antes tínhamos passado.

Não estávamos tão longe de onde tínhamos passado a noite, mas mesmo assim, eu acho perigoso.

E se nos perdermos?

Suspirei.

As gotas de chuva escorriam pelo meu rosto e embaçam meu óculos. Eu não conseguiria andar sem eles e muito menos com.

Escorei meu rosto na curva do pescoço do de olhos oceânicos.

Mesmo com a chuva, ainda dava para sentir o cheiro amadeirado do perfume masculino inesquecível do Bolt.

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Comecei a subir os degraus da escada para o terceiro andar.

Meu quarto era o de número 33, ou seja, fica no terceiro andar.

Estou ensopada.

Suspirei, preciso de um banho.

— Onde você pensa que vai?