Fora da Friendzone - Borusara (CONCLUÍDA)

Eight

Eu não sei o motivo, mas o Wattpad trocou meu travessão por um '' - ''

Ele ainda ria.

- Idiota- Murmurei fingindo irritação.

Ele sorriu e se calou. Ficamos um tempo em silêncio, escutando o murmurio da conversa das pessoas ao redor.

- Você tem que pedir desculpas a eles, sabe disso, né?

Engoli em seco. Em algum momento, eu sabia que teríamos essa conversa.

Machuquei muitos de seus amigos e familiares com minhas palavras e atos, fora que tenho total noção de que sua irmã mais nova me odeia mais do que tudo.

Guiei meus olhos para trás, fitando uma mesa não tão distante, onde um grupo de pessoas conversava animadamente.

- Acha que me perdoariam? - minha voz estava por um fio. Estava mais que arrependida.

Tudo o que eu fiz, os anos que passei dizendo coisas tão..

Suspirei.

Me lembro como se fosse ontem todos os boatos sobre Sarada que espalhei.

O primeiro, ainda estávamos no nono ano.. vadia BM.

Toda semana, alguma mensagem odiosa para a garota.

Em pouco tempo, Himaware começou a virar os discursos odiosos para mim, algo que eu sabia que merecia, mas estava cega por acreditar sentir algo que não passava de atração, e nem chegava a tanto, que não enxergava que deveria parar.

O mais engraçado, é que Kawaki não precisou fazer muito para conseguir com que eu finalmente percebesse tudo o que eu estava causando. Tudo o que eu iria causar.

- Vá com calma, principalmente com Sarada e Himaware. Sarada não é mais a garotinha que você ofendia Sumi, se você partir pra cima, ela não vai abaixar a cabeça enquanto tiver forças. Himaware nunca foi dócil, você sabe.- ele respondeu calmo, mas não ajudou muito. - Só.. vá com calma, sim?

Engoli em seco.

- Sim...

Vi as pessoas sentadas na mesa se dispensarem..

Suspirei.

Já estava nos meus planos tentar uma trégua com o grupinho da Sarada.

Sarada Uchiha

Já era noite, por incrível que pareça.

O tempo estava passando muito rápido, mal dava pra perceber as horas mudando.

O dia foi tranquilo, nada que precisasse de realmente muita atenção.

Me joguei de cara na cama, deixando os braços abertos.

Minhas pernas doíam de tanto andar pela mata.
Sentia também pontas no pé da barriga, nada que realmente me preocupasse.

Era uma cólica fraca, mas que logo deveria piorar.

Suspirei enquanto me levantava para tomar banho.

Senti a água morna bater contra meu corpo, carregando consigo todo meu cansaço físico.

Saí do banheiro enrolada em uma toalha, já do lado de fora, troquei de roupa, pondo uma blusa larga rosa escuro e uma calcinha.

Me joguei pela segunda vez na cama, me entregando ao sono.

No dia seguinte, na parte da manhã voltaríamos para casa.

Estava um caco, não aguentava mais dormir fora da minha cama macia e quentinha, da forma como meu corpo já estava acostumado.