Boa leitura ❤️

Pov Nicolas (dias atrás)

Bom, estou eu aqui no aeroporto esperando meu voo. Enquanto isso, estou com minha família, eu normalmente não gosto muito de lugares lotados com muita gente, mas vom minha família por perto não me preocupo. Quando chamou meu voo me despedi da minha família e me abraçaram.

-Va lá meu filho, estude muito e se divirta - disse minha mãe alegre.

-Espero que tenha boas notas e bons amigos - diz José afagando meu cabelo.

-Iremos sentir sua falta - disseram os gêmeos me abraçando bem forte ao ponto de eu infartar.

-Ok chega - digo afastando meus irmãos de mim, enquanto vou pro meu voo, eu aceno de longe para eles.

Enquanto me ajeito no assento, fico um pouco aflito pois nunca andei de avião. Tinha medo de dar problema e ele cair, a aeromoça percebeu meu nervosismo e disse que aviões são uns dos transportes mais seguros do mundo, e foi pegar um chá para me acalmar.

Quando cheguei no aeroporto da Flórida, fiquei meio perdido. Acho que minha host family estaria esperando por mim nesse emaranhado de gente. Porém no fim das contas eu fui pegar um táxi.

Então fiquei maravilhado com a cidade, observava com uma expressão curiosa no rosto. Eu nunca saí da favela então isso era muito novo para mim. E chegamos no bairro da minha host family.

-It's here? (É aqui?) - o motorista perguntou.

-y-yes its here (sim é aqui) - ficava bastante nervoso quando conversava com gente que não conhecia.

Então eu fui para a porta e toquei a campainha, então fiquei observando a vizinhanças. Estava na cara que era bairro de rico e aposto que uma casa dessas era maior que meu bairro.

Então, um rapaz muito branco, com um corpo um pouco definido, com um franjão cobrindo uma parte do rosto, com um blusão largo com estampa de caveira e calça moletom preta estava me olhando. Eu fiquei muito nervoso e fiquei corado.

-Oi bom dia, você é o rapaz brasileiro que iria ficar aqui com a gente? - perguntou me encarando. Como ele falava português? Porém eu só respondi

-S-sim? C-com-mo sabe f-falar port-tugues? - pergunto gaguejando muito nervoso porque ele era tão lindo, e ele dá um sorriso leve.

-Meu pai é um professor de línguas bastante famoso, graças a ele falo 5 idiomas.

-Querido, nós temos visita? - pergunta um garoto... Bem não era exatamente um garoto, pois tinha a voz feminina e uma curvatura de seio, porém se vestia como um garoto e tinha cabelos na nuca.

-Chris, esse rapaz aqui, veio do Brasil e veio para os EUA para estudar - então abraçou ele... A pessoa por trás e disse - esse aqui é meu namorado Chris. É uma garota biologicamente falando, mas se identifica como garoto e o amo muito. - completa encostando sua cabeça na dele.

-P-prazer - disse Chris, um pouco com vergonha.

-Vo-cês moram juntos? - perguntei, pois pelo jeito deles, eram terrivelmente apaixonados um pelo outro, Ian com uma mão segurava e acariciava a mão de Chris e na outra acariciava seu cabelo, e Chris estava jogado contra ele. Achei eles fofos mas, me senti um candelabro.

-Sim, porque a família expulsou ele de casa, e desde então ele mora comigo, já faz 3 anos - explica Ian. 3 anos apaixonado pela mesma pessoa e não tiveram filho ainda, no meu antigo bairro um dia de paixão já tava com um monte de criança.

-Bom, t-tem alguém aqui além de vocês?

-Nao, meu pai está fora e minha mãe não mora com a gente. Ela foi embora quando saí do armário. - diz Ian um pouco tristonho, e Chris o conforta.

-E-ntendo, mas gostaria que m-me mostrasse a cidade e me ensinasse inglês, p-porque não sei de nada.

-Claro, mais tarde podemos ir, agora vamos mostrar seu quarto. - disse Ian e me guiou até lá.

O quarto era enorme, o chão era de madeira polida, as paredes eram bege e tinham quadros bonitinhos para enfeitar. Os móveis brilhavam tanto que quase fiquei cego. A cama era grande, e ao lado tinha o tal closet. Só esse quarto era maior que meu antigo barraco.

-Vejo que gostou do quarto, como era sua casa?

-Do tamanho desse quarto. O meu quarto era pequeno e ainda tinha que dividir com meus irmãos. Mas mesmo assim eu gostava de lá, pois tinha minha família- digo, um pouco saudoso. Ian dá um tapa nas minhas costas.

-Deve ser difícil, mas acho que vai se adaptar. Meu pai não tem preconceitos embutidos, então está de boa.

Então eu coloquei minhas malas num canto e fui comer junto com eles. E quando acabamos nós saímos para conhecer a cidade, conheci e experimentei coisas que nem sonhava, tanto as pessoas quanto as paisagens eram bonitas. E depois Ian me deu umas aulas de inglês em casa. E os dias que se passaram foram tranquilos.


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