Nota: Desculpa pela demora! Essa "One" chegou ao fim, infelizmente. Estou muito focada nos estudos e pretendo tentar fazer a prova do Enem (minha primeira e última vez.
Também, quero estudar Língua portuguesa e melhorar minha escrita.
A próxima one será boa, principalmente para as lésbicas! Quero tentar trazer uma one na qual Kisaki e Hanma serão mulheres. Pode não ser muito boa a intenção, mas apenas quero ampliar minha imaginação e desfocar um pouco do conteúdo gay.
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No jantar, não tínhamos cozinhado nada e sim pedimos algo. Hanma lava os hashis e vasilhas que comemos enquanto eu os seco e guardo no devido lugar. Consigo escutar a respiração do bebê no andar de cima de tamanha quietação que há entre nós.
Respiro profundamente, querendo acabar com esse clima mórbido.
- Hanma - Ouço um murmúrio vindo dele, mostrando estar prestando a atenção em mim - Me diga, por que se afastou?
- Não me afastei. Notei que você tinha muita coisa para fazer no escritório, por isso não mandei mensagem - A torneira é ligada. Vejo seus dedos auxiliarem a água a tirar toda a espuma da tigela preta.
- Você é péssimo em inventar história - Passo o pano na tigela preta, assim que a mesma é colocada no escorredor, com detalhes dourados à mostra - Você diz tanto para ser sincero contigo, mas não consegue ser comigo - Shuji coloca suas mãos na pia, suspirando baixo. Uma pausa suspensa é criada.
- Apenas precisava de um tempo sozinho - Olho para ele. Uma brisa fria adentrou na minha barriga quando seu corpo virou na minha direção. Há uma tensão no seu olhar - Procurei analisar meu comportamento e percebi que passava dos limites. Não lhe tratava como devia, sinto muito.
Por que ele está se desculpando? Isso está me fazendo ficar nervoso. Eu sabia que seu comportamento era curioso, mas saber disso claramente, saindo da sua boca, me deixa um pouco...decepcionado?.
Respiro fundo, colocando a tigela preta em cima de outras e coloco de volta no armário de porta escura.
Isso significa que ele vai mudar? Ficará mais rígido comigo? Ou significa que não seremos como antes?
Não, eu não quero isso. Hanma disse que queria me deixar acostumado com ele, mas não pensava que iria me deixar tanto - tanto que não consigo pensar em não receber mais suas mensagens, seja de manhã até de madrugada.
- Você não passou dos limites.
- Eu sei que passei.
Estendo o pano que está úmido e encosto minha costa na parede, de olho no homem que continua na pia. Observando seu rosto não consigo encontrar nada, distinguir nenhuma informação que me leve a saber mais sobre ele ou o que ele está sentindo.
Shuji é tão difícil de ler.
- Está tarde - Digo me afastando da parede. Vejo Hanma secando suas mãos em um pano diferente do qual eu usava e caminhou para sala, me passando para trás.
Tento procurar o motivo dele estar querendo distância de mim, porém não encontro. Fui paciente e fiz o máximo para respeitar nosso contrato, mesmo assim algo me diz que a culpa é minha. Meu peito se enche e não é da melhor forma.
Culpa minha? Eu deveria ter sido como os outros e obedecido ele como desejava?
Odeio ter esses pensamentos idiotas.
É uma perda de tempo. Eu que sou o responsável por esse relacionamento contratual, eu e ele que colocou uma regra que pudesse deixar tudo mais fácil; e não ficou.
