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Antes que algum querido venha falar qualquer coisa aqui vou dizer que, sim gente, a Enid tem algum problema. O problema dela é reprimir a sua verdadeira natureza e, vocês sabem neah, reprimir sentimentos nunca é a solução. Ela como a boa adulta que resolve seus problemas k k k k desconta a sua frustração na masturbação, tanto que isso já VIROU rotina e se ela não fizer, logo, ela surta.

Enfim, é isso. Boa leitura.

°°

— Wednesday!?

Enid encarou a mulher sentada no sofá e em seguida arregalou os olhos ao ver o que se passava na televisão. Duas mulheres, uma apenas de calcinha chupava uma morena que gemia descontroladamente.

— Enid, lhe apresento a rainha dos pornô lésbico; Tori Black.

Enid ergueu as sobrancelhas enquanto ia se sentar no local em que Wednesday batia com as mãos ao seu lado. Os sons que vinham da TV deixavam-a atordoada.

— Você é estranha, Wednesday. — Fez uma careta. — Isso é nojento.

Wednesday encarou-a desviando totalmente a atenção da televisão. — Não é nojento! Você acha nojento quando um homem chupe você quando transam?

Enid prefiriu encarar a televisão e ignorar a indagação da morena ao seu lado.

— Não me diga que nunca te chuparam! — Enid tensionou e fugiu do olhar intendo da contadora. — Enid, olhe para mim.

— Não torne isso embaraçoso, Wednesday.

— Pelo contrário. Quero tornar isso mais fácil.

Enid finalmente decidiu olhar nos olhos da menor mesmo que isso denunciasse a sua insegurança e magoa.

— Wednesday, eu sou inexperiente e é constrangedor pensar nisso.

Wednesday colocou a mão sobre a coxa da loira fazendo-a se retrair sem quebrar o contato. — Enid, não tem problema algum em ser inexperiente. Afinal, me disse que havia transado com alguns homens, certo?

Enid suspirou abaixando os ombros. — Quando eu disse transar, eu quis dizer só penetração.

Wednesday abriu a boca em pura surpresa. — Está me dizendo que os homens com quem transou nunca te chuparam ou fizeram ali um DJ?

Enid negou. — Só eu me masturbo. Já me chuparam sim, mas foi péssimo e eu não quis mais.

Wednesday se aproximou mais fazendo com que seus joelhos batessem, mas sem quebrar o contato da palma de sua mão na coxa da outra. Para uma mente fértil como a de Enid os sons da TV não eram favoráveis a sua situação e isso tornava tudo mais estranho, principalmente quando sentia um calor crescer abaixo de seu ventre, mas preferiu se convencer mentalmente de que era por conta do pornô. Era mais viável admitir isso do que pensar que Wednesday estava fazendo-a sentir coisas que nenhum outro homem fora capaz.

— Não é porque um homem não te deu prazer que todas as outras pessoas vão ser iguais. Talvez você só precise da parceira ideal.

Parceiro.

— Vamos continuar nessa discussão?

Enid bufou. Nunca iria admitir que desejava a mão de Wednesday fora de sua coxa, mas sim que se movesse para o meio mantendo assim um contato mais íntimo. A loira estava curiosa em relação ao que a morena saberia fazer, mas logo se martelou por pensar nisso e tentou focar-se em Wednesday e não em suas mãos e no que elas poderiam fazer.

— Eu não sou lésbica. — Enid dizia aquilo mais para a Addams do que para si mesma.

— Seu corpo discorda.

— Merda! — Apertou as coxas uma na outra e se arrumou para fora do contato quente de Wednesday.

— Isso foi o pornô ou a minha mão?

Enid encarou-a já se arrependendo de o fazer, pois na face de Wednesday se mantinha um sorriso diabólico.

— Nenhuma das duas coisas! — Enid rosnou. — Faz tempo que eu não me masturbo, de e ser isso.

— Se você ficar sem se masturbar qualquer toque te deixa excitada? — Enid assentiu enquanto bufava. — E se estiver ocupada? Em uma reunião? Mercado?

— Sua imaginação é fértil demais, Wednesday. — Fez uma careta para ela.

— Você não imagina o quanto.

Enid tomada por uma coragem repentina se  levantou indo em direção ao seu quarto. — Pode me dar licença? Preciso resolver isso.

— Quer ajuda? Prometo que não vai ser igual a nenhum dos homens que dormiu.

Enid paralisou no lugar, de costas para a contadora. Seus músculos do corpo pareciam queimar com a possibilidade de ter Wednesday tocando-a e então uma fisgada dolorosa despertou-a da nova sensação. — Estou começando a achar que você quer transar comigo. — Enid disse sem sequer virar, sabia que Wednesday queimava seu olhar sob si.

Demorou muito para perceber.

— Wednesday, você é minha contadora.

— E irei resolver seu problema com a dívida, mas pensei que fossemos amigas.

— Somos... Eu acho. — Suspirou em confusão.

— Amigas ajudam as outras e comigo não é diferente, Enid. Eu estou oferecendo ajuda.

— Você está mesmo é oferecendo seu corpo.

— Entenda como quiser. Quero te ajudar

— Não quero sua ajuda

— Não vou te forçar a nada.

Enid balançou a cabeça negativamente. — Vou subir.

— Caso mude de ideia estarei aqui em baixo. Não hesite em chamar... Ou gemer.

Enid estava uma confusão para responder. Foi para seu quarto com dificuldade enquanto tentava controlar a respiração e a dor latejante que crescia.

Enid estava além de confusa, incomodada. Incomodada não só pelo fato de Wednesday a intimidade tanto, mas pelo fato do seu corpo reagir violentamente contra os estímulos da morena, mesmo os mais simples. E, mesmo agora se odiando por se sentir envergonhada com o tanto que ficou excitada com os toques de Wednesday.

Enid suspirou e limpou-se. Desceu as escadas mesmo sentindo que não estava pronta o bastante para encarar a mulher pela qual não estava tendo pensamentos nada puros.

No meio do caminho acabou escutando barulhos estranhos vindo da sala. Gemidos. Não podia ser, afinal, passava pornô na televisão então podia ser isso.

Se aproximando mais um pouco e se surpreendeu. Não acreditava no que seus olhos estavam vendo e não considerava a cena, não ficou surpresa em estar excitada novamente.

Wednesday  relaxada no sofá com as pernas abertas, a calça nos joelhos e a mão dentro da calcinha. Ela estava se masturbando em um ritmo rápido enquanto gemia palavras desconexas, mas Enid entendeu só uma delas; seu nome.

NSFW ( First Book - Versão Wenclair )Onde histórias criam vida. Descubra agora