NSFW ( First Book - Versão Wenclair )

13

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— Eu estou me sentindo deslocada e você disse que não me deixaria ficar assim. — Bufou. — Quero ir embora.

Wednesday encarou Enid que estava com uma expressão emburrada e com um bico enorme nos lábios. A Addams riu. — Ainda estamos no carro. Na frente da sua casa. — Enid bufou relaxando no banco enquanto a morena do seu lado batucava os dedos no volante. Wednesday que ainda estava olhando-a e de um jeito estranhamente ansioso, não conseguia ficar sossegada, precisava mexer as mãos ou os pés. — Não vai me contar o que houve?

Enid tossiu como se tivesse algo roliço na sua garganta; se lembrou do ocorrido de mais cedo, lembrou da cara de sua mãe e negou com a cabeça.

— "Enide". — Chamou-a com seu sotaque evidente. — E quanto a sua mensagem?

Enid arregalou os olhos e mirou a calçada vazia do seu lado da janela. Se matou mentalmente por ter enviado aquela mensagem: Pode me levar quando quiser. Onde caralhos estava com a cabeça?

— Estava me referindo a sair, Wednesday. Você pode me pegar quando quiser sair.

A Addams encarou-a e desviou da estrada por um segundo. — Então quis dizer apenas no sentido amigável? — Riu.

— Claro. Somos amigas e temos uma relação de empresária e contadora. — Enid não conseguia nem olhar para a outra enquanto dizia aquilo.

Com o pensamento de que seria uma longa noite, logo as duas estavam no bar, um bar gay. Música ao vivo de péssima qualidade, luzes que parecem raio lazer, ventiladores, pisos e paredes de madeira e um cheiro de cachaça barata.

Saindo do carro, Wednesday logo se localizou e se aproximou de algumas pessoas. Bianca estava no meio delas com uma garrafa de vodka na mão e com todo o seu jeito desenvolto foi até Enid e abraçou-a.

Se dirigiram até uma mesa redonda alta com banquetas do mesmo tamanho. A loira se aproximou do ouvido de Wednesday para dizer algo, pois a música ruim estava muito alta e mal dava para ouvir sua própria voz.

— A onde eu me sento? — Indagou.

— Ao meu lado. — Wednesday puxou-a para a banqueta ao lado dela.

Uma música muito barulhenta tocava e mal dava para entender esse tal de bota, bota, bota o bigode na minha xota. O que era isso? E depois, vai teto, vai ret mete? As mulheres cantavam e agitavam com uns homens que penduravam-as pelos ares. Enid — que não era boba nem nada — olhou para algumas, mas estava mesmo prestante atenção na morena que sorria. Se pegou pensando se ela sorria para ela desse jeito.

— E você, querida? — Divina, uma das amigas de Wednesday perguntou. Enid levantou a cabeça ao ouvir risadas direcionadas a ela, logo se sentiu meio exposta e intrusa.

— Desculpa, não estava prestando atenção.

As risadas aumentaram. Com os olhares sob si, inclusive o de Wednesday, esta que tomava a tal caipirinha como se fosse água. Seus olhos azuis caíram nos da menor e viu o sorriso da outra aumentar, era maior do que o que ela dava para suas amigas.

— Perguntei se tem namoraDO. Wednesday comentou que é hétero.

Enid puxou o ar para os seus pulmões. — Não tenho namoraDO. — Wednesday pesava o olhar em si, bebendo mais.

— Não está saindo com alguém? — Divina sorriu. Não era um sorriso bonito ou gentil.

Enid negou. Divina parecia se divertir com a confusão, tanto que parecia até zombar da loira. A Sinclair não era de se sentir acanhada, sabia se portar, mas algo naquela garota fazia-a se sentir pequena.

— Claro que não está saindo com alguém. — Divina comentou ironicamente. Enid que já estava meio exausta daquelas indagações, ergueu o olhar para ela e sentiu seu estômago revirar.

— O que quer dizer com isso?

— Estou dizendo que com essa sua cara branca você não pega nem resfriado. — Sorriu contra o copo que bebia.

Enid sentiu todo o sangue de seu corpo evaporar sentindo-se inútil e pequena demais para estar ali. Divina ria com algumas outras amiga de Wednesday.

— Ela pega mais que você, Divina. — Wednesday disse sentando-se melhor na banqueta. Seu olhar era duro para a outra garota que oare eu surpresa pela rebatida. Sua mandíbula estava travada e com as mãos sobre as pernas e seus pés até balançavam no ar devido a altura — e talvez raiva — do banco.

— Wed, ela nem é...

— Não insulte-a. — Defendeu. — Ela conseguiu coisas que você nunca conseguirá.

— Tipo o que? — Indagou com a sobrancelha erguida.

— Tipo me pegar.

— Wednesday, vamos embora.

Os olhos negros da menor se viraram quase incrédulos para a loira. — Enid.

— V a m o s   e m b o r a.

— Mas, Enid...

— Wednesday, vamos.

Wednesday encarou as orbes azuis que vacilavam entre ela e a saída do local. — Não. Não vou embora agora.

Enid mordeu o lábio e bufou totalmente descrente do que ela estava fazendo. — Então eu vou sozinha.

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E gay tem dia de paz quando?
Tem leitor aqui indicando e pesquisando quem é Tori Black hein... Cês não perde tempo plmds KKKKK
Tive que alterar quem canta no ao vivo, na verdade eu tô adicionando coisas pra não ficar uma leitura tão rápida. Por isso a participação especial da pipokinha.

Gente oq cês acham de eu fazer um capítulo bônus da mãe da enid pegando ela fazendo um dj pela primeira vez?
Comentem aq
Comentem e não matem a Divina, plis.