Cap.2

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Mais tarde naquele dia, um carro veio buscar Samantha o que era absolutamente novo pra ela. Se despediu da mãe e saiu. Ao entrar no carro, se deparou com Jack, que parecia apreensivo com aquilo tudo.
— Tá preparado?- Ela pergunta ao amigo.
— Eu nasci preparado- Respondeu, mas seu rosto exibia um misto de ansiedade e medo, então para acalmá-lo, Sam segurou a mão dele que respirou mais aliviado.
...
— Chegamos senhorita Martinez e senhor Howard.- O motorista disse.
Ambos agradecem e descem do carro, olhando aquele local. Apesar da bela pintura, algo fazia os pêlos do corpo dos jovens se arrepiarem.
— Espero que não tenha medo de espíritos- O moreno disse.
— Jack, eu não acredito nessas coisas- Sam falou e caminhou com ele para dentro, onde foram recepcionados por uma senhora de uma feição séria.
— Vocês são os novos estagiários?- A senhora perguntou os encarando no fundo da alma.
— Senhora Black, assim vai assustar os novos funcionários!- Uma moça mais nova apareceu, não sabia como uma pessoa conseguia sorrir num lugar daqueles.— Mil perdões por ela, é porque não costumamos receber muitas pessoas novas. Me chamo Esther e vocês devem ser Samantha e Jackson, certo?
— Sim- Disseram em uníssono.
— Venham comigo.- Os jovens seguiram Esther que usava uma espécie de uniforme do lugar. Após um breve "tour" a moça entregou os uniformes de ambos que se vestiram e começaram seus afazeres que ia desde cuidar de algumas crianças até limpar o banheiro.
Enquanto limpava, Samantha ouviu duas pessoas conversando e de repente uma garota de cabelos loiros e olhos claros tampou a boca da morena e a puxou para dentro de uma das cabines. Martinez iria bater na garota quando ouviu a voz de duas mulheres.
— Joan, acha que a Esther tem algo a ver com o sumiço das crianças?- A primeira mulher perguntou.
— Não sei Martha, pode ser que sim, nenhum dos superiores deixa entrar no porão sem autorização.- A tal de Joan respondeu e a morena reconheceu a voz como sendo da senhora Black, aquela senhora que os recepcionou. Assim que ouviu as vozes ficarem mais distantes, encarou a outra garota que parecia funcionária também.
— O que tem de errado com você ga- Sophie?
— Sam?
— Como você..
— Vamos sair daqui primeiro- Sophie disse meio constrangida por estar muito próxima da amiga. Então empurrou a porta da cabine e saiu, logo Sam saiu também.
— Que loucura- Martinez falou.— Esther parece ser uma mulher muito gentil.
— É porque você não conheceu ela ainda.. enfim, quanto tempo Sam Sam, como estão as coisas?
— So, as coisas estão como sempre, sabe? Depois que ela sumiu minha mãe tem estado completamente transtornada.
— Sinto muito..- A loira olha o relógio na parede.— Vem, está na hora do café da tarde.
{Quebra de tempo}
Depois do café da tarde, Sam trabalhou mais um pouco e saiu do Orfanato, desta vez junto com Sophie e Jack, para irem embora juntos, quando viram uma viatura ali perto, então tomados pela curiosidade, se esconderam num arbusto perto dali. Um homem de cabelos pretos e uniforme, indicando que era da polícia. Ele se aproximou de um dos funcionários do local e conversou um pouco com ele na entrada, até que sem querer Jack pisa em uma folha seca e o policial olha na direção deles, quando o rosto é revelado, Sam simplesmente congela, como se estivesse tendo um flashback.
{Flashback on}
— Mamãe, quem é ele?- A garotinha pergunta enquanto segurava uma foto de um homem que parecia rasgada na vertical. Esse homem era William Turner.
— Onde achou isso mocinha?- A mulher pergunta brava, enquanto segurava a irmã mais nova de Sam, ainda bebê no colo. Então tomou a fotografia da mão da garotinha.
— Eu achei no seu quarto.. quem é ele?
— Ele era seu pai.. sinto falta dele- A mulher fala tristemente, mas logo volta a sua expressão rígida de sempre — Agora joga essa foto fora! Não quero mais vê-la! Jogue isso fora.
{Flashback off}
— Sam? Tá tudo bem?- Jack pergunta preocupado
— Acho melhor a gente sair daqui. Agora
O trio sai andando disfarçadamente até que encontram com o motorista, que não estava nada feliz.
— Acho melhor que isso não se repita.— O senhor disse quase ameaçador— Entrem no carro.
...
Enquanto isso, Will saía com mais desconfiança ainda sobre aquele lugar. Mas como seu superior era, nunca iria acreditar nele. Mas iria investigar, custe o que custasse.

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