livro de memórias - anidala

primeiro beijo

Anakin

Quando criança, ainda em Tatooine, Anakin gostava de ouvir pilotos falando sobre as estrelas, certa vez ouvira um deles falar sobre uma certa divisão entre as estrelas, a lua e o sol.

Segundo o piloto, havia as estrelas, astros menores, seus nomes poucos conhecidos, nunca citados, eram bonitas, encantadoras até. Mas, eram apenas estrelas.

E então haviam as luas, satélites naturais em uma enorme galáxia, elas eram elegantes e surgiam durante a noite, um pouco especiais, mas precisavam de um sol para serem notadas. Eram únicas, mas sua presença só poderia ser reparada com a ajuda de alguma outra coisa.

E por último, havia os sois. Grandes formas circulares rodeadas por fogo, e que brilhavam sozinhos. Os sóis não precisavam de outra coisa para brilharem, eles brilhavam sozinhos. Sua presença era sempre notada, seu brilho sempre elogiado, e seu fogo sempre comentado.

Para Anakin, Padmé Amídala, era como o sol, era impossível não vê-lá, não nota-lá, ela havia um brilho próprio, uma luz impossível de se desviar o olhar.

Quando a senadora estava no local, o cavaleiro Jedi não prestava atenção em mais nada, se não em Amídala. Quando a antiga rainha falava, ele só tinha ouvidos para ela.

Seu coração ansiava para vê-lá, seus ouvidos ansiavam para ouvir sua doce voz e seus olhos ansiavam poderem admira-lá mais uma vez.

Ele estava apaixonado, sabia bem disso. Anakin Skywalker estava perdidamente apaixonado por Padmé Amídala, e nada nunca mudaria isto. Era um fato, inegável e inegociável.

Seu coração cantava canções de amor e batia forte demais quando ela estava por perto. Seus membros iam de encontro com ela, assim que ele a avistava, seus braços ansiosos para toca-lá.

O jedi a amava, de corpo e alma. E talvez, fosse o proibido, o amor proibido entre os dois que fazia aquilo doer tanto.

Ele a amava, e ele não podia te-la. Era contra o código Jedi, mas então, se era tão errado, porque parecia tão certo?!

E se parecia tão certo, ainda mais ali, em frente a um enorme lago, na cidade natal da senadora, após um dia perfeito para ele, porque ele deveria se conter?!

O que impediria Anakin Skywalker de a puxar para perto e selar seus lábios com um beijo delicado e longo?!

Nada! Está era a resposta.
Nada o impedida de selar seus lábios com um beijo longo e delicado.

Deixando toda a sua consciência de lado, e dando o controle de suas ações para o seu coração descontrolado e cheio de amor, Anakin se aproximou um pouco mais de Padmé.

Tocando-a delicadamente nas costas e deixando ali um carinho demorado, Skywalker por fim, aproximou seu rosto de Amídala. E olhando nos fundos dos olhos da senadora, perguntando mentalmente se poderia prosseguir, ele esperou pacientemente a resposta dela.

Padmé confirmou, lentamente, seu aceno quase inexistente, mas o jovem cavaleiro percebeu ela assentindo. E terminou de aproximar-se a distância restante, para por fim, selar seus lábios.

O beijo foi lento e delicado.
Anakin queria mais, mas ele foi com calma, delicadamente, a beijando como se ela fosse a flor mais delicada do mundo, uma espécie rara de estrela que ele havia a chance de tocar, beijar.

Ele a tocou como se a qualquer instante aquilo pudesse acabar e ele nunca mais seria capaz de repetir. Um sonho realizado apenas uma vez na vida e nunca mais.

E acabou.
Em um piscar de olhos, a jovem senadora havia se afastado e Anakin já sentia a falta dela, a falta de seu toque.

Amídala se distanciara, e olhava para frente, enquanto Skywalker continuava a olhando, admirando-a. Mesmo após ela tendo se afastado, ele não conseguia parar de pensar em como ela ficava bonita após um beijo dele.

- Não. - falou ela. - Eu não deveria ter feito isso.

O Jedi não tinha como discordar mais. Ela deveria ter feito e para ele foi como um presente, uma dádiva e o jovem guardaria essa memória para todo o sempre. Nunca a esqueceria.

Ele nunca esqueceria o seu primeiro beijo, o seu primeiro beijo com o amor de sua vida, com Padmé Amídala.