conto de fadas

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Anakin beijou a bochecha de Leia, desejando a ela uma boa noite de sono, e se levantou, desejando ir direto para o seu próprio quarto e dormir após o cansativo dia que ele teve, quando foi impedido pela garota de continuar seu caminho.

"Papai" chamou ela.
"Me conta um conto de fadas, por favor, para eu conseguir dormir."

O jovem pai, queria negar, argumentar dizendo estar muito cansado, mas os olhos de gato de botas e o pequeno biquinho no rosto de Leia, a deixavam adorável e ele não poderia negar um pedido da sua princesinha, poderia?

"Qual você quer ouvir hoje, princesa?" perguntará ele, escondendo a expressão cansada de seu rosto e sorrindo para a filha.
"O meu conto de fadas favorito, papai."

"Era uma vez, uma jovem rainha de um país encantador, que conheceu um garotinho piloto de um país escravocrata." Começará, então, Anakin, o conto de fadas favorito de sua filha.

"Ela era jovem demais para ser rainha, mas mesmo assim o fazia com perfeição, seus leais súditos a admiravam e a amavam, e assim como eles, ela também os amava.

Ele, era um jovem escravo, trabalhava para um inseto irritante e falante, fazendo concerto em naves e robôs. No seu tempo livre, participava de corridas espaciais e era sua única diversão, seu único momento de lazer.

Em um belo dia, após a rainha sair às pressas de seu lindo país, evitando um acordo forçado, ela pousou sua nave no país do garotinho, e ali firmaram uma linda amizade.

Para a rainha, o garoto era apenas um amigo, para o garoto, a rainha era o mais lindo anjo que já pisou na terra.

Se ele estivesse aqui a descreveria perfeitamente, mesmo depois de tantos anos, ele nunca se esquecerá dos perfeitos cachos os quais emolduravam o rosto dela, os olhos castanhos curiosos que o encantava, o tom doce e sútil da sua voz.

O garoto carregava a doce memória de sua rainha para sempre consigo.

Anos se passaram desde os dias que eles se encontraram, o garoto cresceu, virará um cavaleiro, mesmo após vários... como era o nome mesmo daquele inseto que fala em uma daquelas histórias dos seus livros..." perguntará Anakin para Leia, tirando um riso dela.

"Aquele inseto verde?" Skywalker acenou positivamente com sua cabeça, concordando. "Grilo falante, papai."

"Mesmo após vários grilos falantes discordarem, seu fado-padrinho e também um general convenceu a todos a treiná-lo e tomou para si a responsabilidade de ensiná-lo a lutar e a arte de ser um cavaleiro.

Com os anos, o jovem garoto, virará um inteligente e muito bom cavaleiro, ele diria que ele se tornou o melhor cavaleiro de todos, mas há quem discorda, cof cof - seu fado-padrinho - cof cof. Mas, isso não vem ao caso.

A rainha, adorada pelo povo e muito sabia, tornara-se uma senadora, representante de seu povo no senado. A sua pouca idade, não era motivo para ideias pouco perspicazes e análises perdidas.

A jovem era inteligente e conciliadora de conflitos, buscando sempre na conversa e acordos um meio de evitar a guerra.

Em um certo ano, há muito tempo atrás, como em todo conto de fadas, a antiga rainha e agora senadora, teve um pequeno problema. Sua vida, naquele momento, corria risco.

Haviam pessoas, caçadores, como o que caçava o lobo mal na história da chapeuzinho, caçando a nossa amada senadora.

Para protegê-la, o conselho de grilos falante, enviou seu melhor cavaleiro, o nosso garoto já conhecido da senadora de muito tempo atrás.

Durante sua missão, ambos acabaram se apaixonando, e mesmo que você proibido, eles acabaram se casando."

"Como Romeu e Julieta." Comentou Leia, os olhos sonhadores piscando, encantada com o conto de fadas mais uma vez.

"Não, princesinha, muito melhor que Romeu e Julieta." Piscou um Anakin sorridente e brincalhão para a garota.

"Agora continuando a nossa história que nem Shakespeare conseguirá escrever... Eles se casaram e viveram apaixonados, até que seu amor deu origem a gêmeos, e como você e Luke, também eram uma menina e um menino, embora eles ainda não soubessem.

O nosso casal favorito, estava muito feliz pela surpreendente notícia, no entanto a felicidade do nosso pobre jovem cavaleiro, não durará muito. Um maldoso senhor, que chamaremos de múmia eletrizante, pois ele era tão velho que deveria estar em um caixão e seu rosto era bem... era muito feio por levar choques.

A múmia eletrizante começou a atrapalhar todas as noites de sono do cavaleiro, com imagens aterrorizantes sobre o que poderia acontecer com a senadora.

O nosso amado cavaleiro com medo do que poderia acontecer, começou a estudar todas as formas de salvar sua amada esposa, e quando toda a sua esperança se esvaiu, a múmia eletrizante, deu seu tiro final.

Prometeu ao cavaleiro que se ele se tornasse tão mal quanto a múmia, sua esposa estaria a salvo. Com medo e depois de sofrer por tantas noites, o nosso cavaleiro quase cedeu em ser como ele.

No entanto, nossa senadora sempre muito esperta, e com ajuda do fado-madrinha conseguiu provar ao cavaleiro que apesar de seus sonhos indicarem algo.

Eram apenas invenções do múmia para transformá-lo em um monstro terrível que o nosso cavaleiro não era.

Quando o múmia descobriu que seu plano dera errado, ele não ficará satisfeito e declarou guerra conta o cavaleiro e sua família. Ainda um pouco abalado com tudo, o cavaleiro perdeu as primeiras batalhas.

E ainda se culpando por ter quase se perdido para o lado do mal, pensava ter que fazer tudo sozinho e derrotar o vilão sozinho, mas a senadora e o fado-padrinho o lembraram que juntos sempre somos mais fortes e que podemos sempre contar com a família.

E assim, juntos, os três derrotaram o terrível vilão e viveram felizes para sempre. Ah e quase que eu me esqueci, os dois bebês nasceram e estão muito felizes e sendo criados pelos seus pais e amam o seu fado-padrinho. E F..."

"Papai, papai." Chamou Leia, antes que ele pudesse terminar a história. "E os grilos falantes, os gêmeos gostam deles?"

"Bom depende, o grilo falante verde e baixinho, é as crianças gostam um pouco dele, tem alguns outros grilos falantes que as crianças também gostam um pouquinho, agora tem uns grilos que eles não são chegados.

As crianças amam mesmo seu fado-padrinho e da guerreira da luz, que fora aprendiz do cavaleiro e que faz parte da família deles. Mas isso é história para outro dia."

"Ah papai."

Leia não queria dormir, ela gostaria de ouvir mais histórias, mais contos de fadas com os nomes diferentes que só seu pai e sua mãe sabiam.

"Prometo contar um com a guerreira da luz amanhã para você, mas agora tá na hora de dormir, princesa." Anakin depositou um beijo na testa de filha e desejando uma boa noite se afastou indo para seu quarto.

Padmé o esperava acordada na cama, com um sorriso nos lábios, como se dissesse ter ouvido toda a história.

Se aproximando dela, Anakin deu um selinho nela, e esperou para ouvir o comentário de sua senadora favorita.

"Ainda não acredito que você chama o Obi-Wan de fado-padrinho e o conselho de grilos falantes nas suas histórias." Comentou a jovem, contendo um riso entre os lábios.

"Bom, se eles não descobrirem, não faz mal nenhum, e você não pode discordar, são ótimos nomes". Anakin piscou, como se soubesse de tudo, do jeito que Padmé aprenderá a amar suas piscadinhas.

"Só imagino quando a Leia e o Luke crescerem e perceberem quem é quem e chamarem eles assim."

"Eles não fariam isso comigo."

Padmé guardará um comentário para si própria, ela sabia que em breve os apelidos de Anakin o colocaria em maus lençóis com o conselho de cavaleiros, mas ela saberia que até lá seria muito engraçado vê-lo se referindo a todos de uma maneira própria a contos de fadas e encantando os gêmeos com suas histórias reais no mundo encantado.

livro de memórias - anidalaOnde histórias criam vida. Descubra agora