Prólongo

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Prólongo: Quem é este Black?

Verão 1995

Harry ficou sentado rapidamente, a cama rangendo com o movimento repentino, enquanto a mente do jovem tentava diferenciar seu pesadelo da vida real, tentando esquecer os olhos sem vida de Cedrico Diggory o encarando fixamente.

Ronald roncava na cama ao lado enquanto Harry tentava se acalmar sozinho e não acordar seu amigo, tentando esquecer tudo que havia visto em seu pesadelo. Ver Cedrico sendo morto bem na sua frente e ser torturado logo em seguida não faria bem a mente de qualquer pessoa, principalmente de um jovem adolescente.

Se levantou, decidido a caminhar pela mansão Black para esfriar a mente. Aquela casa era fria e escura, mesmo com os feitiços de aquecedor, como se carregasse uma aura pesada. Os quadros estavam cobertos por panos, uma tentativa de Sírius para calar os parentes mortos que ainda o assombravam em sua própria casa.

Enquanto caminhava, encontrou uma porta de um dos quartos aberta com uma luz vinda do mesmo, o quarto que Sirius proibiu qualquer um de entrar. Lentamente, Harry se aproximou da porta com curiosidade, Ele se aproximou lentamente, aliviado por ver o próprio Black parado no quarto, os braços abraçando seu próprio corpo tentando se proteger.

— Sirius? — chamou baixinho, distraindo seu padrinho de sua mente perturbada. — vi a luz acesa e queria conferir se estava bem. Eu já estou indo.

—  não, Harry, pode ficar. Vem, pode entrar. — chamou o dono da casa o Potter logo obedeceu, fechando a porta do quarto e finalmente notando o quão sonserino aquele quarto era. — este era o quarto de meu irmão mais novo, Regulus…ele desapareceu a muitos anos.

— sinto muito. — disse com sinceridade e Sirius sorriu.

— tudo bem, você nem deve se lembrar disso. Ainda era uma criança catarrenta e chorona. — brincou e Harry sorriu, observando o quarto com atenção. — eu o abandonei quando fugi, foi a pior escolha que eu já fiz na vida. — o Potter encarou o padrinho confuso. Até onde ele sabia, Sirius odiava todos de sua família igualmente para que nenhum ficasse com "ciúmes", mas a forma melancólica que o Black falava sobre seu irmão mais novo contrariava suas próprias palavras. — Regulus queria tanto essa vida quanto eu, mas eu tive forçar para deixá-la com ajuda de James e Remus. Mas Reg não tinha ninguém…tinha medo das consequências para tentar agir sozinho. Seu, Harry, pai tentou ajudá-lo a fugir mas era tarde, ele já estava com a marca no braço. Ele era uma boa pessoa, sabe? Mas fez escolhas ruins. Na verdade, foi obrigado a fazer escolhas ruins.

— ele gostava bastante de você. — observou os quadros nas paredes e Sirius sorriu, colocando as mãos no ombro do afilhado. — você era um bom irmão, padrinho, mas também teve que fazer escolhas difíceis em situações ainda mais difíceis.

— na verdade, eu não fui um bom irmão, Harry. Não há como negar isso, eu o julguei quando deveria ter o abraçado e hoje eu vejo como isso foi errado. — o Black observou um dos quadros dele e do irmão quando crianças. — afinal, ele era apenas uma criança com medo do mundo, assim como você. — Sirius colocou a mão no ombro do afilhado, sorrindo levemente. — vem, vamos tomar água com açúcar. Você não teria acordado tão cedo se nenhum pesadelo atormentasse sua cabecinha.

Harry estava prestes a seguir Sirius quando encontrou um quadro na mesa de cabeceira de Regulus. No quadro, um jovem muito parecido com Sirius estava segurando um recém nascido, balançando de um lado para o outro enquanto sorria.

Caos das EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora