36- Última noite

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Wes teve que sair depois de pouco tempo e voltou a olhar para o teto. Não havia muito o que fazer na ala médica, então era extremamente chato para (S/n) estar lá.

Depois de um tempo, uma das enfermeiras entrou e deu a ela uma bandeja com comida para o jantar. Parecia algo parecido com a comida servida nas prisões, mas (S/n) não tinha comido o suficiente naquele dia, então ela recebia de bom grado qualquer comida que eles colocavam na frente dela.

No meio do caminho para comer a comida não identificável, a porta do quarto em que ela estava se abriu.

"Gabriel!" (S/n) engasgou com sua entrada. "O que você está fazendo aqui?"

"Como você está se sentindo?" Ele estava tentando manter a calma externamente, mas estava tendo uma crise interna, não só porque (S/n) estava machucada, mas também porque ele não queria ser pego entrando furtivamente aqui quando não deveria.

"Eu estou... Tudo bem, mas você não deveria-"

"Eu sei." Ele a cortou com um suspiro. Gabriel sentou-se na cadeira em que Wes estava sentado. "Eu queria me desculpar."

(S/n) franziu a testa. "Não foi sua culpa que eu machuquei meu tornozelo, você estava muito à minha frente na época."

"Exatamente." Ele disse solenemente enquanto estendia a mão para o cabelo de (S/n). "Eu deveria estar com você... Para te proteger."

"Você não tem que estar perto de mim o tempo todo para fazer isso." (S/n) disse cautelosamente e desviou os olhos para continuar comendo a comida nojenta que lhe deram.

"Eu falhei com você..."

"Não, você não fez isso. Nem é tão ruim assim." (S/n) não gostou particularmente de assumir o papel de confortar Gabriel, mas esse era o tipo de coisa que poderia colocá-lo em uma espiral descendente. "Vou sair daqui de manhã."

"Só porque você tem que estar, vamos voltar para A.L.F.E. de manhã. Você realmente deveria estar descansando por mais tempo."

"Eu basicamente posso andar sobre ele agora, desde que não seja por muito tempo." (S/n) mencionou.

Gabriel ficou tenso. "Por favor, não faça isso, se exercitar muito prematuramente só vai causar ainda mais danos e eu-" Ele se interrompeu. "Eu nunca quero ver você sofrendo, (S/n)."

(S/n) não disse nada, ela olhou para ele ligeiramente. Era difícil não sentir pena dele, mas ao mesmo tempo ela queria vê-lo como nada mais do que uma algema em seu pescoço.

"Eu preciso ir... Vou ter problemas se ficar muito tempo." Ele relutantemente se levantou. "Você ficará bem?"

"Sim... te vejo de manhã."

(S/n) observou Gabriel sair curiosa, ter muita pena dele era perigoso. Mesmo que ele não estivesse fazendo isso de propósito, ainda fazia (S/n) jogar em suas mãos.

Ela colocou os talheres de plástico para baixo e colocou a bandeja de lado para que ela pudesse se deitar.

(S/n) puxou cuidadosamente as cobertas para que ela pudesse ver seu tornozelo enfaixado. Ela ainda estava pensando se deveria sair e encontrar quem escreveu aquele bilhete para ela.

Com toda a justiça, o centro médico ficava mais perto da borda norte da floresta do que os dormitórios, então ela não teria que andar muito.

Qualquer que fosse sua decisão, poderia esperar, porém, havia muito tempo até a meia-noite.

🥀

Isso foi até não haver mais tempo.

Ela tinha dez minutos até que ela tivesse que encontrar o perpetrador. Claro que não havia nada vinculativo sobre a nota, ela poderia facilmente não ir, mas a curiosidade levou a melhor sobre ela.

(S/n) estremeceu quando seu pé tocou o chão, mas ainda se levantou. Ela tentou manter sua respiração afiada ao mínimo, já que não queria ser pega.

Ela cambaleou até onde alguns equipamentos médicos eram guardados e conseguiu, na relativa escuridão, retirar alguns analgésicos que deveriam durar por mais tempo que essa reunião demorasse. Ela ainda estava vestida com as roupas de mais cedo naquele dia e colocou um sapato no pé ileso e apenas enrolou o outro em mais bandagens, já que seu tornozelo estava muito inchado para calçar os sapatos.

Ao sair do centro médico, ela viu um pequeno frasco de spray anti-séptico sobre uma mesa. Era uma solução de limpeza alcalina. (S/n) levantou e sacudiu para sentir que estava meio cheio, não era exatamente spray de pimenta mas serviria se ela realmente precisasse fugir.

Sair do centro médico em si foi muito fácil, mas todas as suas coisas, incluindo o telefone que lhe daria uma lanterna, estavam de volta nos dormitórios.

(S/n) estreitou os olhos para tentar entender os arredores e não bater em muitas árvores enquanto navegava até o ponto de encontro.

Foram apenas alguns passos em sua jornada que uma sensação avassaladora de arrependimento a dominou.

Uma parte dela insistia para que ela voltasse, mas a outra parte dizia que se essa pessoa era um perigo para ela, certamente era melhor saber.

Os analgésicos começaram a fazer efeito e (S/n) achou mais fácil andar sobre o tornozelo, embora ela tomasse cuidado, pois sabia que isso provavelmente estava causando mais danos.

Ela só podia imaginar o quão louca ela parecia enquanto mancava pela floresta velada na escuridão para encontrar uma figura anônima.

Ao se aproximar da orla da floresta, ela começou a ver alguma luz, a menos que seus olhos, que

Ao se aproximar da borda da floresta, ela começou a ver alguma luz, a menos que seus olhos, que haviam se ajustado apenas ligeiramente à escuridão, estivessem pregando peças nela.

Ela se aproximou lentamente dessa luz e ela ficou mais brilhante e maior até que a tocha brilhou em seu rosto.

"(S/n)." Uma voz familiar disse alegremente. "Eu não tinha certeza se você viria."

(S/n) bloqueou os olhos com a invasão repentina de muita luz em suas retinas, mas mesmo sem ver quem era ela conhecia aquela voz em qualquer lugar.

"Harvey?"

Infected || yanderes x leitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora