39- Genética

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O dia seguinte era domingo, então (S/n) teve o dia inteiro sem aula.

Em termos de lidar com seus problemas, a melhor solução que ela tinha no momento era evitar Lloyd e Harvey o máximo possível.

No papel, parecia que Lloyd seria o mais fácil de se livrar dos dois, já que raramente se mostrava a ela, mas esse era apenas o problema. (S/n) estava bem ciente de que ele a estava perseguindo, mas não o suficiente para saber quando ele estava e não estava olhando para ela.

Foi invasivo e frustrante para ela.

Ela tinha Harvey em uma de suas aulas, o que certamente não ajudou, mas ela não precisava pensar nisso até amanhã.

Felizmente para (S/n), Gabriel teve que encontrar um de seus professores sobre um trabalho naquela manhã que deu a (S/n) a oportunidade de ver Wes que ela não teria de outra forma.

Eles se encontraram em seu local de costume perto do campus, Wes estava esperando lá quando (S/n) se aproximou, seu tornozelo duvidoso atrapalhava levemente seus passos.

"Tem certeza que deveria estar andando sobre isso?"

"Eu preciso me acostumar com isso, eu acho." (S/n) disse com um ar de indiferença. "Mas eu realmente preciso falar com você."

Wes sentou-se e deu um tapinha na área do terreno ao lado dele em que (S/n) se sentou.

Ela olhou pensativa, tentando pensar em uma maneira de dizer o que estava pensando de uma forma que realmente fizesse sentido. "Desculpe." Ela gemeu. "Sinto que tudo o que faço é despejar meus problemas em você."

"Eu realmente não me importo." Wes respondeu com sinceridade, ele queria ajudar (S/n) de qualquer maneira que pudesse e estava honestamente lisonjeado por ela o ver como uma pessoa confiável a quem recorrer.

"É o Harvey..." (S/n) resmungou. "Ele está apaixonado por mim e ... eu não quero que ele faça nada. Ele sabe sobre Lloyd, mas não sobre Gabriel e nenhum dos dois sabe sobre ele ou um ao outro." Ela disse sucintamente - embora estivesse um pouco incorreta em parte do que disse, pois Lloyd sabia mais graças a Frankie do que (S/n) pensava.

Wes engoliu em seco com culpa, ele já sabia sobre os sentimentos de Harvey por (S/n), mesmo que não soubesse na época o quão próximos eles eram.

"Tenho medo que ele machuque Lloyd."

"Por que você se importa se Lloyd se machucar?" Wes fez uma careta.

(S/n) encolheu os ombros. "Sinto-me mal por ele, sinto-me mal por todos eles... só quero que as coisas sejam normais." Ela puxou os joelhos até o peito e baixou o rosto neles.

(S/n) gostaria de poder simplesmente afundar no chão e não ter nenhum desses problemas. Ela queria voltar no tempo quando era apenas ela se divertindo com Harvey e Gerry.

Ela emitiu pequenas fungadas e ganidos, o terceiro ano piscou várias vezes em alarme. (S/n) estava chorando. O que ele deveria fazer?

Wes desprezava a voz em sua cabeça que se alegrava com a dor dela, ele ergueu a mão trêmula e debateu se deveria esfregar as costas dela para confortá-la ou se o risco de seus instintos assumirem o controle era muito grande.

Sua tensão estava ficando louca, ele queriarir e sorrir enquanto ela chorava ainda mais. Ele queria ser a causa de sua dor e- não, NÃO.

Isso não era quem Wes era, ele era muito mais do que sua estirpe. Ele realmente amava (S/n) e queria que ela fosse feliz, ele queria o amor dela em troca, mas não a forçaria a amá-lo. Isso era quem ele era... Mas essa porra de infecção distorceu toda aquela afeição genuína em uma confusão sádica de sentimentos que jaziam no fundo de seu coração.

"E-eu preciso ir." Ele disse.

(S/n) ergueu a cabeça lentamente, revelando seus olhos lacrimejantes e avermelhados. "O-oh." Ela parecia desapontada, claro que estava. Ele era a única pessoa em quem ela podia realmente confiar e aqui estava ele deixando-a e decepcionando-a.

"Desculpe." Wes disse com uma voz dolorida, vendo aquelas lágrimas em seu rosto e a leve oscilação em seus lábios era demais. Ele estava fazendo isso para o bem, ele sabia que se ficasse mais tempo iria machucá-la. Seus músculos ficaram tensos e as unhas cravadas na palma da mão. "Vejo você de novo em breve."

(S/n) continuou a soluçar baixinho enquanto observava seu amigo sair correndo.

🥀

Já era tarde naquela noite quando Lloyd estava limpando os artefatos de seu santuário em rápido crescimento. Tudo tinha um tema azul para representar a tensão dela e o frasco vazio em sua mão era apenas a peça de resistência.

Assim como ele havia dado a ela o frasco de seu sangue obsessivo amarelo dourado, ele pretendia obter seu sangue protetor azul.

Ele tinha o pequeno teste pronto em sua mesa para fazer depois que recuperasse o sangue.

Frankie o informou que (S/n) estava no quarto de seu mentor - isso não serviria de jeito nenhum.

Não era incômodo, qualquer tempo insignificante que ela passasse com os outros agora seria esquecido quando ela passasse o resto de sua vida nos braços amorosos de Lloyd.

Mas aquele mentor... Ele teria que fazer algo sobre ele eventualmente, especialmente quando Frankie estava falando sobre como ele era protetor e atencioso com (S/n).

Lloyd sabia que Gabriel provavelmente poderia matá-lo com o movimento de seu mindinho, então isso teria que ser planejado e pensado. Uma briga entre eles seria um desejo de morte da parte de Lloyd.

Um alarme que Lloyd havia definido em seu telefone soou e ele sorriu, apenas aquele som pareceu acalmar sua coceira na pele. Ele já tinha a agulha guardada com segurança no bolso e colocou o frasco lá com ela.

Ele não cometeria o mesmo erro que cometeu com Vlod com Frankie: se aquela experiência lhe ensinou alguma coisa, é que se você quer que algo seja feito corretamente, você deve fazê-lo sozinho.

Infected || yanderes x leitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora