Mal educado.

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Conforme caminhava, tentava criar um discurso bom para falar assim que encontrar com o deus solitário

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Conforme caminhava, tentava criar um discurso bom para falar assim que encontrar com o deus solitário. Estou pensando se vou chegar me apresentando ou perguntando se ele quer brincar comigo. Seria estranho você estar no inferno e brotar uma criança pedindo para brincar, ele poderia até me atacar pensando que sou algum tipo de demônio.

Talvez seja apenas paranoia de minha mente, quem veria uma linda criança toda fofinha como eu e pensaria que fosse um demônio? Só alguém que não bate bem das ideias.

Avisto de longe ele, o mesmo estava observando a paisagem. Paro de andar, tentando ver se ele estava sobre efeitos de alguma drogas celestial ou coisa parecida. Ele parecia meio perdido nos pensamentos, Belzebu também é visto como um deus cientista, então ele deve estar pensando em alguma coisa importante...

Eu vou atrapalhar ele.

Como de costume, ativo meus tênis mágicos que peguei emprestado do meu pai. Começo a voar em direção de Belzebu.

-Olá! -Respondi de forma animada assim que cheguei em sua frente de forma repentina.

O deus solitário se afastou de forma bruta de perto de mim, eu diria que ele se assustou com a minha chegada. Olhando para ele mais de perto, consigo ver suas características melhor. Sua pele era pálida, extremamente pálida, como se nunca tivesse visto o brilho da luz. Ele possuía olheiras grandes e horríveis em seus olhos, sua orelha parecia de um elfo. Seus cabelos negros combinavam, menos seu estilo de penteado, parecia que alguém havia jogado kilos de gel ali.

E eu pensando que o meu tio Hades era emo, em comparação ao Belzebu, Hades é de boa. O deus a minha frente é super emo, o deus dos emos.

-Hum, olá? -Ele respondeu confuso, me olhando de modo curioso. Sua voz não demonstrava emoção nenhuma, seu olhar de peixe morto.

Tadinho, ta precisando mesmo de uma amiga. Ainda bem que eu estou aqui.

-Eu sou a (nome), a deusa grega da diversão! E você? -Perguntei, eu não era de fato a deusa da diversão, mais isso era algo relevante, não gosto muito do meu título que me deram, então uso um que eu inventei e gostei.

-Deusa da diversão? -Ele perguntou ainda mais confuso. -Seu pai sabe que você está aqui, sozinha? É perigoso.

Soltei uma risada ao escutar aquilo, por quê todo mundo fica preocupado em saber se eu tenho ou não a permissão pra estar sozinha aqui? Eu sou uma deusa crescida! Sei muito bem me cuidar. E fora que ninguém seria louco o suficiente para me atacar ou algo parecido, sou a princesa do Olimpo e todos os outros deuses me respeitam.

-Papai me deixou passar alguns dias com o tio Hades! -Respondi cruzando os braços. -Você está sendo rude, eu perguntei o seu nome! Não jogue outra pergunta encima da minha.

-Oh, me desculpe então. -O deus solitário respondeu, claramente querendo sair dali o mais rápido possível. Consigo sentir isso, ele vai dizer seu nome e sair daqui, me deixando sozinha. -Belzebu, tenho vários títulos, mas o mais conhecido é o senhor das moscas.

Faço uma careta ao escutar seu título.

-Seu título é pior que o meu! Eca, senhor das moscas...-Falei na sinceridade. -Você deveria ser conhecido como "Belzebu, o deus emo"! Combina muito.

Ele piscou surpreso com minhas palavras.

-Eu não sou emo.

-É sim! E parece que não toma um bom banho a meses, mas não se preocupe. Agora que somos amigos, eu vou ajudar você a não ser mais um emo gótico das trevas. -Respondi sorrindo de forma orgulhosa, mas no momento em que abri meus olhos, Belzebu havia sumido.

Ele...me deixou falando sozinha? Ora, que deus mais rude e sem educação. Olho para o lado, Belzebu estava andando de forma calma para longe de mim, com as mãos no bolso de sua calça. Faço uma cara de desgosto, parece que me tornar amiga dele vai ser mais difícil do que eu pensava, mais não irei desistir, amo um bom desafio e caso eu não consiga fazer ele se tornar meu amigo por bem, será por mal.

-Sua mãe não te ensinou a não deixar uma criança falando sozinha? Deveria ter outro título, o deus mal educado. -Respondi aparecendo em sua frente. Pego em sua mão, era extremamente fria. -Venha, vamos brincar de xadrez.

-O que você quer comigo? -Ele perguntou.

-Oras, além de ser rude também é surdo, Senhor das moscar? -Perguntei para ele, confusa. Talvez ele não tenha me escutado anteriormente. -Você vai jogar Xadrez comigo!

Uma criança no submundo. Onde histórias criam vida. Descubra agora