esconde esconde

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-Não, você ainda está de castigo, (nome)! Não vai ao submundo

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-Não, você ainda está de castigo, (nome)! Não vai ao submundo. -Meu pai exclamou conforme terminava de pentear meus cabelos.

-Mas papai, eu estou saudades da Perséfone e Hades, quero ir tomar meu toddy da tarde com eles. -Respondi fazendo biquinho.

-Perséfone só vai estar no submundo daqui cinco meses, esqueceu que é tempo dela ficar com mãe? -Ele me respondeu, papai é inteligente e consegue facilmente achar uma solução pra cada coisa que eu dizer. Por isso devo medir minhas palavras para ele não desconfiar de nada. -E você viu o Hades essa semana mesmo, não ta com saudades coisa nenhuma.

-Poxa...eu queria ver o Cerberus. -Murmurei conforme ele me virava para olhar. Meu pai se abaixou em minha altura e me olhou atentamente.

-(nome), escute bem o que eu vou dizer agora. Nem todo ser divino tem a paciência dos gregos, eu até me admiro o quão pacientes eles estão sendo com você, principalmente o Poseidon. Porém, uma hora essa paciência vai sumir, Odin já está extremamente bravo por sua conta. Não irrite mais nenhum deus. -Ele falou.

-Já se passou meses desde que vi Odin, ele guarda rancor aquele velho. -Respondi. -E eu não ia fazer nada, só queria ver o Cerberus novamente.

-Eu te conheço, (nome). Sempre que você sorri desse jeito, é porque vai aprontar. -Ele respondeu. -Odin reclamou que esta seu cabelo esta ficando branco.

-É a idade!

-Ou a maldição que você jogou nele? -Ele me perguntou e eu sorri de modo inocente. -Como foi mesmo que ele me contou? Ah, que você jogou uma maldição onde um de seus filhos iria se rebelar contra ele.

-Espero que seja o tio Loki, ele seria um bom rei. -Respondi e ele puxou minha orelha de leve, faço uma careta. -Aí!

-Você vai desfazer isso e pedir desculpas, entendeu mocinha? -Papai falou de modo firme e eu neguei com a cabeça. -Não me faça deixar você o dia inteiro com o Ares.

-NÃO! EU ME DESCULPO COM ELE! -Falei rapidamente enquanto me dava por vencida, não existia castigo pior e torturante do que esse. -Só faço isso se você me contar o que sente pela semideusa asgardiana, a valquiria mais velha.

-Como? -Meu pai perguntou confuso.

-Você é apaixonado por ela? -Perguntei curiosa e ele ficou constrangido.

-Aonde você tira essas ideias, (nome)? Claro que não. -Ele respondeu evitando me olhar, faço uma careta ao notar seu comportamento, eu iria continuar, mais não estava afim de escutar sobre os sentimentos pela semi Deusa. -Tenho que ir agora.

-Espera, papai! Pelo menos...podemos brincar de esconde esconde então?

Ele me olhou de forma reprovadora, ele estava um pouco mais exigente esses meses, desde que voltei de Asgard ele anda ponto..."limites" em mim, na maioria das horas não dava certo pois ele tinha que ficar perto de Zeus e eu ia para o lado do meu tio Poseidon, o loiro me deixava fazer tudo o que meu pai dizia não. E é por isso que fiquei proibida de ficar muito tempo com ele, o que esta sendo uma tortura.

Eu amo meu pai e eu sei que eu deveria obedecer ele, porém, já já ele vai voltar a ficar ao lado do Zeus e me deixar aqui, não tem nada para fazer de bom e meu único entretenimento era o Poseidon. As vezes sinto que ele prefere ficar com o Zeus do que comigo.

-Esconde esconde? Não, já falei que essa brincadeira esta proibida aqui. -Ele respondeu.

-Ta bem, pode ir lá com o vovô Zeus. Eu fico aqui, sozinha...sem ninguém...sem nada pra fazer. -Murmurei em tom triste enquanto olhava para o lado com os olhos cheios de lágrimas. -Eu já to acostumada a ficar sozinha mesmo, nem me importo mais. Pelo menos lá em Asgard, eu tinha pessoas para ficar comigo e brincar.

O clima ficou tenso, pude ver que ele ficou mexido com minhas palavras, eu até poderia citar o que Loki havia afirmado para mim, que aqui no Olimpo ninguém me amava, mas acho que não vai ser necessário.

-Apenas uma partida então, eu que irei me esconder dessa vez. -Ele respondeu por fim, dando um beijinho na minha testa. Sorrio de forma animada.

-VOU CONTAR ATÉ O 100! Vai se esconder papai! -Falei animada depois de dizer que eu o amava.

Ele se levantou e saiu do meu quarto, pronto para se esconder. Começo a contar em alto tom os números, conforme me levantava e começava a procurar pelos sapatos especiais do meu pai, ao achar os coloco sem interromper a contagem.

Ando um pouco pelo quarto e de trás do meu guarda roupa, retiro meu livro de feitiços que Loki me deu. Abro a página e logo vejo o feitiço que eu procurava.

Um clone meu irá ficar aqui, papai nem vai notar já que só liga para o vovô Zeus. Minha única preocupação é a Atena, a única que notaria tudo. Mas não pretendo ficar muito tempo no submundo, uma ou duas semanas.

Uma criança no submundo. Onde histórias criam vida. Descubra agora