𝐎𝐮 𝐯𝐨𝐜𝐞, 𝐨𝐮 𝐧𝐢𝐧𝐠𝐮𝐞𝐦 𝐦𝐚𝐢𝐬!

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𝚁𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘, 𝚓𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘 𝚍𝚎 1991𝙻𝚊𝚠𝚛𝚎𝚗𝚌𝚎 𝙹𝚘𝚗𝚎𝚜

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𝚁𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘, 𝚓𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘 𝚍𝚎 1991
𝙻𝚊𝚠𝚛𝚎𝚗𝚌𝚎 𝙹𝚘𝚗𝚎𝚜

Voltando do meu almoço, 15 para às 13, retiro meu sobretudo preto e o penduro no gancho da parede mogno, próximo a minha mesa. Puxo meu crachá de dentro da blusa social e sento-me por trás de minha bancada, dobrando as pernas. Começo a rabiscar o calendário recreativo, planejando minhas atividades dos próximos horários restantes.

Verifico alguns cartões de visita de diversas empresas, lendo-os frente e verso enquanto degusto a espuma do meu capuccino.

— A bicha ordinária conseguiu contato mesmo!

Ed, meu vizinho de bancada, também jornalista, e basicamente o único a me suportar durante esses anos, exclama.

Ele senta seu traseiro sob a ponta do MDC da minha bancada, arqueando suas sobrancelhas pintadas em minha direção.

É comum matar os outros de susto por aqui...

— Ótimo — Murmuro, esmagando um cartão e descartando-o no lixo — Pelo menos Paul vai dormir tranquilo essa noite.

Em seguida passo meu cappuccino para Ed quando me estende a mão, evitando olhar na sua cara debochada.

Recapitulando os fatos…

Há mais ou menos quatro semanas e meia, para não me demitir de raiva, Paul passou a tarefa – de conquistar a banda americana de Hard Rock – para outra funcionária que julgava ser mais eficiente que eu. Na verdade, deixou bem claro que minha incompetência era do tamanho do prédio da viacom, senão maior.

Olívia Bittencourt é quem ergue a bandeira branca para ir adiante com essa negociação. A dita cuja é uma colega de trabalho competitiva, soberba e meia boca, a qual se gaba com pequenas vitórias de simples resultados. Ed não a suporta, e eu não sou muito diferente dele...

Quando a tarefa de perseguir a “banda de rock do momento” estava em minhas mãos, não consegui fazer contato com os integrantes ou com alguém que trabalhasse para eles e isso passou a atrasar a demanda corporativa a qual eu era responsável...

— Peguei nojo do Paul — Ed diz, encarando as unhas bem feitas com os lábios retorcidos — O bofe é mais machista que meu pai...

— Ele me odeia — Digo, dando de ombros — Não está nem olhando na minha cara.

Ed me encara, se sentindo mal por mim, rodando o café dentro do recipiente.

— Aquele tóxico do caralho! — Fala, indignado com a minha declaração — Ele deve ter uma paixão incubada por você, Law.

Franzo os lábios em discordância.

— Se fosse mesmo isso, não seria mais fácil ele me ajudar, a me sabotar?

𝐂𝐎𝐍𝐒𝐏𝐈𝐑𝐀𝐂𝐘 - 𝐀𝐱𝐥 𝐑𝐨𝐬𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora