Assunto inacabado

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Tim e Stephanie estavam no primeiro ano da faculdade de arquitetura de Gotham. Como estávamos em época de aulas, seria difícil encontrar os dois, mas Tim conseguiu um período vago para nos ver em um café perto do Campus.

Tim não estava muito diferente desde a última vez que nos vimos. Seus cabelos continuavam crescendo e agora se aproximavam do pescoço,não fazia a barba há algumas semanas, sua pele clara como se nunca houvesse pegado sol, os olhos claros cansados das noites de crime.

Ele estava magro como sempre, mas parecia estar malhando bastante.

- É uma criptografia bem avançada - disse ele, tentando ultrapassar os códigos de segurança no notebook - O que esperam encontrar aqui?
- Alguma prova que ligue essa pessoa ao nosso inimigo - Rachel estava devorando os bolinhos de maça e canela da cafeteria, mas era a cena mais fofa que já vi, mesmo que ela estivesse de boca cheia.

- Alguma coisa me diz que o papai nem faz ideia disso - Tim sorriu pra mim
- Assunto interno - falei - Conseguiu?
- É um código de repetição. Tem um padrão de tempo até os códigos de segurança alterarem automaticamente. Estimo 5 segundos entre as trocas de códigos. Quem usou essa segurança, está escondendo algo muito valioso.
- Consegue acessar? Pergunta Conner
- Posso desenvolver um algoritmo para prever o próximo código, mas vou precisar de um tempo e alguém vai ter que digitar o código de segurança enquanto eu consigo os outros antes de mudarem. É um trabalho para duas pessoas.
- Quanto tempo? - perguntei, já imaginando o que ele diria.
- Algumas horas. Até o fim do dia consigo de avisar e mandar o que você precisa e Staphanie pode me ajudar. Desculpa Damian. Não é um trabalho simples.
- Tudo bem. Obrigado pela ajuda. - apertei sua mão e quase lhe dei um abraço, mas não quis parecer sentimental. Tim e eu somos mais colegas de trabalho do que amigos.
- Foi um prazer. E devo dizer que estou surpreso de, sendo quem você é, ter conseguido uma namorada, ainda mais uma gracinha como ela.

Rachel parou seu garfo com torta bem perto da boca, nos dando um sorriso constrangido.

- Não somos namorados - falei.
- Claro que são - Conner interviu, se virando para Tim - Eles transaram no nosso primeiro dia na torre titã, cantaram juntos na piscina e estavam se pegando enquanto eu extraía esses dados de servidores. Se não são namorados, eu sou o Messi.

Super audição. Estou começando a odiar poderes. Eu não sabia se atirava uma faca de kriptonita nele ou cravava em mim mesmo. Senti uma ardência no rosto e tratei de me despedir o mais rápido possível.

No carro, era minha vez de dirigir e a regra era que o motorista escolhe a música. Gun's roses sem dúvida foi a melhor opção.

Rachel ficou sentada na frente comigo enquanto Conner analisava a lista de todos suspeitos de ser o cliente misterioso de Slade.

- Acha que até o fim do dia ele consegue os dados pra gente? - Perguntou Rachel, olhando a cidade pela janela. Ela parecia tão distante.

Eu quase desejei que ela falasse sobre nós.

- Com certeza - falei - Tim é inteligente. Se alguém consegue isso pra gente, é ele.
- Onde vamos agora? Podemos ter suspeitos em qualquer lugar.
- Metrópoles - disse Conner - Tem algo interessante lá.
- O que? - perguntei
- Lex Luthor.

Um bilionário maníaco com uma obsessão estranha pelo Superman. Tirando as várias tentativas de assassinato, os subornos á políticos e o narcisismo, Luthor era o homem que fazia a cidade andar através de sua empresa. Algo como meu pai e a Wayne enterprises.

- Próxima parada: Fortaleza de calvície de Lex Luthor.

Era meio da tarde quando chegamos ao prédio. Conner olhou para o nome Luthor no letreiro com tanta raiva que quase soltou seus lasers. Achei compreensivo seu comportamento já que seu pai vivia sendo caçado por Luthor.

Apenas Damian WayneOnde histórias criam vida. Descubra agora