Jimin de 6 anos frio e calculista, planejador mestre, confiem nele.
Terceiro Capítulo
Todo domingo Jimin e Jungkook passavam o dia juntos. Aquele domingo era o dia de Jimin ir para a casa de Jungkook, no próximo inverteria e Jungkook que iria para sua casa. Algumas vezes eles choravam tanto que seus pais e mamãe deixavam eles dormirem juntos, combinando de levar ambos para escolinha na segunda feira cedinho. Mas os adultos estavam ficando mais chatos e algumas vezes eles não conseguiam dormir juntos, mamãe e os papais resistiam a deixar, alegando trabalho e desvio da rotina. Jimin nem sabia o que era rotina, mas também não gostava dela.
Naquela noite ele rabiscou num caderninho tudo que eles precisariam pra sair de casa. Normalmente ele levava apenas brinquedos, um lanche que mamãe preparava e sua garrafinha de água. Mas aquela vez tinha que ser diferente. Sua mochilinha amarelo-gema do Gudetama não era muito grande, então ele não poderia levar muita coisa. Sua pelúcia do Pocoyo era fundamental. Colocou-a bem no fundo, para caber mais coisas. Correu para anotar mais coisas. Sua letra ainda era um garrancho, embora ela fizesse muita caligrafia na escolinha. E ainda não conhecia tantas palavras assim. Mas ele era esperto e pegava as coisas rápido.
Decidiu levar um livrinho de historias, que ele estava lendo sozinho pela primeira vez. Mamãe ficava super orgulhosa quando ele chegava nela, com o peito estufado e o livro entre as mãos, preparado para ler em voz alta o que ele conseguira no quarto. Sentiu mais dor no peito, que ele nem entendia porque doía tanto ali, mas sabia apenas que doía e não gostava disso. Doía tanto quanto ouvir que tinha que deixar Jungkook. Fungou o nariz e depois segurou a respiração, com medo de ter feito muito barulho. Mamãe tinha o colocado pra dormir fazia um tempinho, ele deveria estar com o abajur apagado e debaixo das cobertas, mas estava correndo pelo quarto com seu pijama de pintinhos, guardando coisas na mochilinha. Ela não ficaria feliz o vendo desobedecê-la. Mamãe nunca bateu nele, como vira algumas crianças sofrendo nas mãos dos pais delas. Mas o olhava com um olhar triste e decepcionado que ele odiava tanto e também fazia seu peito doer. Decidiu que também odiava quando seu peito doía assim.
Enrolou uma coberta pequena de quando ele era bebê e a colocou na mochilinha. Estava um pouco frio naquela época do ano e não gostaria de passar frio. Por fim decidiu que não faria mal levar outro boneco do Pocoyo. Ele realmente gostava do Pocoyo. Então lembrou do estoque de biscoitinhos de chocolate que ele tanto gostava e mamãe tentava dar pouquinho pra ele, uma vez por semana, no máximo. Ele não devia comer tanto chocolate, de acordo com ela. Mais uma coisa de adulto que ele não entendia.
Abriu a porta do quarto com cuidado, observando o corredor pequeno que continha os dois quartos da casa, o banheiro e levava à cozinha e a sala no final. As luzes estavam apagadas, menos uma da sala, que mamãe deixava acesa para ele não ter dificuldade em ir ao banheiro de noite. A luz do quarto de mamãe estava apagada e estava mais quieto do que mais cedo. Era o momento perfeito. Ele foi andando com cuidado, as meias o ajudando a não fazer nenhum barulho. Usou um banquinho para subir na bancada e acessar o topo da geladeira, onde mamãe guardava os biscoitinhos em um pote. Ainda foi dificil pega-los, e ele quase derrubou o pote quando foi abri-lo, o que rendeu puro desespero por alguns segundos.
Mas conseguiu pegar dois pacotes. Pensou um pouco mais e pegou quatro pacotes, deixando apenas dois ali dentro. Ele planejava ir embora pra sempre mesmo. Então talvez pegasse os seis. Mas não caberia na mochilinha. Franziu a testa, zangado, mas aceitou levar só quatro. Caberia, mas ficaria cheia. Talvez, se ele tirasse o segundo Pocoyo...
Não queria deixar mamãe sem biscoitos então mudou de ideia novamente. Desceu com dificuldades, com os pacotes em um braço, e terminou caindo de bumbum no chão. Felizmente nenhum grande barulho, mas ainda prendeu a respiração por alguns segundos, com muito medo dela ter ouvido. Quando nada aconteceu, levantou, apertou o bumbum dolorido e foi silenciosamente para o quarto.
Ele e Jungkook iriam embora amanhã e nada os separaria mais.
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Para Sempre - jjk + pjm
RomanceOnde Jimin, de apenas 6 anos, escuta sua tia planejando algo horrível para si e decide fugir de casa com seu melhor-melhor amigo de sempre, Jungkook. Jikook Kids!AU | Fluffy