Annelise
Agora que o Henry teve suas lembranças de volta, eu morria de medo dele desaparecer de repente. Antes quando estava louco pra voltar e nada acontecia, não me sentia tão mal, afinal, ele não lembrava de mim, mas agora se isso acontecer será sofrido e sinto que não vou suportar caso aconteça. Mas decidi relaxar e aproveitar o momento.
Cheguei ao escritório primeiro que a Elly. Como ontem tinha sido a sua festa devia ter pedido folga a nossa chefe, mas ela chegou uma hora depois.
— Ai, quase eu não chegava aqui, me lembre pra da próxima vez eu não fazer uma festa num domingo. Ó... — mostrou uma vasilha para mim. — Trouxe bolo e alguns doces já que ontem você saiu apressada da festa pra transar com o Henry.
— Hey! — exclamei. — Eu não... — comecei a dizer mas me calei.
— Não me diga que não transou com ele?
— Sim transei, porém não saí da sua festa pra transar com ele.
— Aham sei... e como foi? — ela sentou despojada no sofá que tinha na sala e me encarou com um sorriso curioso.
— Incrível! Ele é... — fechei os olhos e respirei fundo. — Maravilhoso! — sorri tocando de leve meus lábios com os dedos, ainda podia sentir o toque de suas mãos em meu corpo.
— Então é assim que você fica apaixonada? Suspirando?
Eu assenti alargando ainda mais meu sorriso.
— Ain, agora fiquei com inveja, mas muito feliz por vocês. Finalmente o seu Henry imaginário está de volta e o mais importante, ele é real. Eu nunca mais vou julgar você ou a sua sanidade. — disse ela, levantando e indo até a porta.
— Ok, obrigada! — falei incrédula. — Valeu pelo bolo.
— Não há de quê. — ela gritou já fora da sala.
***
Dias depois
Henry e eu estávamos numa lua de mel sem estarmos de fato casados. Fazíamos amor todos os dias sem cansar...
Para compensar o ano que passei com ele na Inglaterra e só rolou beijos e mãos bobas.
Ele já tinha aprendido algumas palavras em português e já estava conseguindo se comunicar melhor com a Elly sem precisar de mim.
Meus pais e meu irmão estavam em outra estado onde morava minha família paterna. A casa estava vazia então fui lá dar uma olhada em como estavam as coisas e aproveitei para levar o Henry para conhecer onde eu morava e, o meu antigo quarto.
— Este é o meu quarto, foi aqui que eu dormia enquanto viajava para outro mundo. — falei zoando. — Foi aqui que eu vivi a minha vida toda.
— Você foi feliz aqui? — perguntou.
— Sim! — disse me aproximando dele, abraçando sua cintura, mas aí desviei o olhar do seu rosto por alguns segundos e acabei vendo algo. — O que é aquilo?
Vi algo saindo debaixo da cama, me desvencilhei do meu amor e fui até a cama me ajoelhando e pegando do chão o que tinha visto.
— É o diário! Henry, é o meu diário. — abri um sorriso enorme e empolgado me sentando na cama.
O diário que Violet me deu, estava aqui o tempo todo.
Embaixo da cama!
O que significa que eu passei um ano sem varrer embaixo da cama.
— Eu não acredito! — Henry sentou ao meu lado, eu estava emocionada ao ler todos os momentos que eu passei na Inglaterra. Vi também a carta da Penélope, e a pintura que o Benedict tinha me dado.
— Essa pintura é do Benedict? — perguntou ele.
— Sim! Nossa que saudade deles. Não acredito que estava aqui o tempo todo, eu sou lerda mesmo.
— Anne. — ele me chamou como se tivesse se lembrado de algo, então o encarei.
— Oi, amor. — falei mirando seus olhos que estavam cheios de apreensão.
— E se eu for embora assim como você foi? — perguntou ele aflito. — No meu caso é ainda pior porque você sabia o dia que voltaria e eu não. Posso sumir a qualquer momento e eu não quero te deixar. — disse ele, aproximando-se de mim e colocando a testa na minha.
— Eu penso nisso todos os dias, mas não vou deixar que a ansiedade me domine por completo. Vamos viver o presente Henry, já abrimos mão um do outro, agora eu só quero aproveitar você aqui, comigo... — o abracei inspirando fundo o seu cheiro.
Acho que nossa linguagem do amor é o toque físico porque não conseguimos manter nossas mãos longe um do outro.
Ele beijou o alto da minha cabeça e me puxou para o seu colo, então começou a passar a mão na minha coxa, subindo e descendo, chegando quase perto da minha calcinha.
— Você tem razão. — ele disse, sua voz saiu entrecortada perto do meu pescoço. — Vamos viver o presente, já sofremos demais com aquela despedida, hoje só quero viver o máximo de tempo com você. — seu hálito quente tocou a minha pele e eu agarrei seu cabelo, passando os dedos entre os fios grossos.
— Isso mesmo meu conde lindo. — falei e minha voz saiu melancólica, e ele beijou meu pescoço.
Puxei de leve seu cabelo e senti um sorriso se formando em seus lábios enquanto ainda me beijava.
Passamos a tarde ali, não resistimos e fizemos amor na minha antiga cama.E foi maravilhoso!
— Agora que vai ficar aqui, ainda quer ter filhos? — perguntei, deitada em seus braços. Estávamos na minha antiga cama nos recuperando. — Já que não tem mais a obrigação de produzir um herdeiro, ainda quer ter filhos comigo?
— É o que eu mais quero na vida, ter filhos com você.
— Quantos exatamente? Porque lembre-se que aqui temos a opção de evitar uma gravidez, lá no seu século quase não é possível. — estava brincando distraída com sua mão que pousava em minha barriga.
— Uns três? Talvez. E você?
— Eu quero ter seis. — falei prendendo o riso.
— Seis? Tudo isso?
— Quando era mais nova eu queria ter seis, já tinha tinha todos os nomes, mas agora podemos ter três. Meu sonho é ser mãe, acha que serei uma boa mãe?
— Você será a melhor. — beijou o topo da minha cabeça. — Nossos filhos terão sorte em ter você, em ter nós dois como pais. — beijou-me outra vez.
— Estou animada com isso. — dei duas palminhas empolgada. — Podemos começar agora, o que acha?
— O que eu acho? Acho que está muito apressadinha. — ele apertou meu nariz.
— Ok, admito que estou, mas não faz mal treinarmos mais um pouco, não é? — falei, um sorriso safado se formando em meu rosto. Me desvencilhei do seu abraço e sentei em seu colo com as pernas abertas uma de cada lado. — E aí?
— Você é absolutamente deliciosa! — sorriu e abocanhou meu seio exposto, eu gritei com o susto.
— E você é um gostoso. — depois disso ficamos perdidos no nosso próprio mundinho, onde só gemidos, grunhidos e rosnados eram ouvidos.
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No presente com um conde - livro 2
Fiksi PenggemarO que você faria se o mocinho de época dos seus sonhos, estivesse bem na sua frente? Após sua ida ao século XIX onde viveu ao lado da família Bridgerton e se apaixonado perdidamente por um conde da época, Annelise Bernardi precisou voltar para o sé...