capítulo trinta e dois;

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são paulo, brasil

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são paulo, brasil.
11:32am
luma razza

Havíamos chegado em casa cansadas do dia anterior, a noite foi longa. Ficamos um tempão batendo papo, bebendo, dançando, e inventaram até um karaokê no fim da festa. Pensamos em ir para um after, mas depois de tudo o que aconteceu, nós só queríamos um chamego e a nossa cama. Dormimos que nem anjinhos, estamos tomando café da manhã checando as coisas no celular, trabalhar com redes sociais e empresários é isto.

– Você viu que as meninas já viajaram? - Lara me mostra o celular com a foto de Sasha no aeroporto, reparo no comentário de um jogador específico.

– Ela fica com um argentino? - Pergunto, incrédula.

– Isso pouco importa, amor. - Lara retorna a deslizar o feed do seu Instagram.

– Importa para mim! Como alguém pega um argentino? Meu Deus, que vergonha...

– Mas ele é um gato, e se for só uns beijos, que problema tem? - Lara dá de ombros e faz aquela cara, a cara de quem está pensando em algo para fazermos juntas. – A gente poderia ir para o Catar, né?

– Eles são homofóbicos, e eu não vou gastar todas as minhas economias sem nem ter visto o primeiro jogo do Brasil, não quero gastar em vão.

– Pouco importa a homofobia, nós já nos escondemos com patrocinadores à tanto tempo que eu já me acostumei. - Não mentiu. – Então, podemos esperar o primeiro jogo e aí decidirmos se vamos ou não? Por favorzinho...

– Primeiro jogo, depois decidimos.

– Certo! Pois vou colocar uma pressão gigantesca nos meus amigos, você não sabe no que acabou de se meter. - Lara encara o seu celular com um sorriso sacana.

– Amor, não incomode o Neymar. Ele precisa estar bem descansado, vou até parar de respirar um pouco quando estivermos lá para sobrar para ele. Apesar que, talvez a Bruna esteja né?

– Então, nós vamos? Você disse quando estivermos lá...

– SE A BRUNA FOR, A MAÍSA VAI? ELAS SÃO AMIGAS. - Comecei uma gritaria sem nem perceber, Lara me encara confusa. – Desculpa, amor. Não foi a intenção.

– Está vendo? Podemos ver a Maísa também! - Lara finge que não me ouviu gritar para todo o apartamento e apenas tenta me fazer mudar de ideia.

– Pare. Primeiro jogo e pronto!

– Certo, amor. Primeiro jogo.

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