capítulo oitenta e três;

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doha, catar
12:30AM
maitê pestillo

Após o jogo, ainda ficamos um tempo no camarote, aproveitando todas as iguarias que tinham preparado para a gente, os jogadores subiram para dar um oi geral e cumprimentar à todos, mas logo já descemos e fomos para um restaurante próximo

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Após o jogo, ainda ficamos um tempo no camarote, aproveitando todas as iguarias que tinham preparado para a gente, os jogadores subiram para dar um oi geral e cumprimentar à todos, mas logo já descemos e fomos para um restaurante próximo. Como foi o último jogo do dia, muitos já estavam fechados, mas o Kai nos apresentou um restaurante que ele vem com a seleção da Alemanha. Sasha e Raya pegaram algumas bebidas novas para experimentar, e fizeram todos (menos jogadores) beberem pelo menos uma dose de tequila. Todos já estamos um pouco sonolentos e alterados, exceto pela dupla que embebedou todo mundo.

– Elas não param? - Kai se senta ao meu lado no balcão e pergunta, estou com uma taça de gin com suco de laranja, enrolando alguns minutos para beber aquilo, já havia bebido três doses de tequila e uma de whisky, o raciocínio estava bem lento.

– Somos brasileiros, nós não paramos nunca. - Levanto a taça e bebo o último gole que restava da minha bebida.

– Você deveria parar um pouco, para ser sincero. Seus olhos estão tão murchos que nem parece a Maitê que eu conheço. - Kai dá risada e tira com cuidado a taça que está na minha mão.

– Senti sua falta, sabia? - Kai fica paralisado. – Eu tentava dizer para mim mesma que não poderia ficar ao seu lado, porque não estarmos juntos foi uma decisão minha. Quando você me procurava, falava aos meus amigos que você não tinha o mínimo de noção, mas talvez você estivesse tentando reviver nós dois, e eu realmente ficava irritada por todas as vezes que você me procurou pois eu achava que você tinha o coração bom demais para se envolver comigo.

– Mai, não termos algo sério foi uma decisão sua, e eu sempre respeitei, mas eu te amo, e quem ama não costuma desistir fácil assim, eu só estava lutando por nós. - Kai coloca a sua mão em cima da minha que estava ao balcão, e ajeita sua cadeira para mais próxima da minha.

– Está vendo? É por isso que você é bom demais, eu te amo, e nunca deixei de amar, mas nunca tive essa coragem de correr atrás de você. Porra, eu tive que beber para te falar pelo menos algo digno sobre nós.

– Para, tá? Você está aqui sendo corajosa agora, e se te conheço bem, você já estava planejando me falar isso, a coragem apenas bateu na porta. - Havertz segura o meu rosto com as suas mãos. – Eu te amo, e nunca deixei de amar, e nunca irei deixar, você decide a forma que irá lidar com essa informação, mas isso é o que eu sinto.

– Eu amo você, Kai. Amo a nossa história, e juro que se você me der outra chance, dessa vez eu irei pensar somente em nós dois.

– Você está pedindo outra chance? - Kai pergunta e eu balanço a cabeça, afirmando. – Não precisa nem pedir, princesa.

– Está esperando o que para me beijar?

– A sua permissão. - Kai sorri e se aproxima lentamente, nossos lábios se encontraram em um beijo suave, mas carregado de paixão e promessas. Era como se todos os anos de separação se dissolvessem neste momento, como se estivéssemos tentando nos recuperar de uma longa falta, como se o tempo perdido pudesse ser recuperado através da intensidade de nossos lábios se tocando. As mãos de Kai seguram o meu rosto, enquanto passo meus braços ao redor de seu pescoço, puxando-o ainda mais perto.

As vozes ao nosso redor se tornaram um zumbido distante, e o mundo ao redor desapareceu. Estávamos finalmente juntos, nos entregando a essa conexão que nunca havíamos sido capazes de negar.

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