capítulo cinquenta e nove;

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doha, catar

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doha, catar.
08:41pm
sasha diaz

Ao recebermos uma mensagem de Luma dizendo que haviam chegado no aeroporto, eu e Raya não hesitamos em pegar o primeiro táxi que aparecerá sobre o estádio lotado e irmos de encontro com as duas. Estávamos esperando algum táxi ou Uber aceitar a nossa corrida, enquanto a multidão de torcedores saiam empolgados do estádio para as barracas de comida mais próximas.

– Não consigo acreditar que isso tudo de pessoas estava lá dentro. - Raya comenta impressionada com a quantidade de pessoas que está em filas para esperar seus carros ou esperando suas comidas, eu dou uma breve risada ao ouvi-lá dizendo aquilo.
Passei o meu olhar por toda a multidão, querendo por dentro encontrar aquele único par de olhos que me interessa, mas a minha parte racional nega, e não quer encontrar aqueles lindos olhos durante muito tempo, coisa não obedecida. Prendi a respiração por um momento antes de reconhecê-lo. Era Paulo Dybala.

O argentino abriu um sorriso ao me ver sentada na calçada ao lado de Raya, por algum motivo, ele estava mais feliz do que nunca.

– Oi, Sa. - Dybala chega com cautela em mim. – Oi, Raya. - Raya acena para o jogador e inventa uma desculpa qualquer para ficar um pouco longe de nós dois.

– Oi, Dy. - Respondo envergonhada. – Então, veio mais cedo para ver o jogo e a abertura ou só está aqui pela comida?

– Estou aqui pelos dois, sou multifunções. - Dybala dá risada e encara meu celular, procurando um motorista. – Está indo para onde?

– Nós vamos para o aeroporto buscar duas amigas. E você é bem do futriqueiro, em? - Dybala dá risada.

– Até poderia ajudar vocês duas, mas viemos somente com a van da seleção. E você não vai querer entrar em uma van da argentina, né? - Dybala pergunta e eu o encaro, incrédula.

– Como você ainda tem coragem de perguntar isso? A resposta não é mais que óbvia?

– Não sei, você adora minha blusa, o que seria uma van cheia de argentinos, né? - Dybala provoca com um sorriso malicioso nos lábios.

– Se continuar com graça eu coloco a blusa na caixa e devolvo para onde veio.

– Acho engraçado... Eu te dei uma blusa da minha seleção e nem um topzinho você foi capaz de me dar. - Dybala dramatiza. Lembro que estou com uma blusa de frio preta por baixo da blusa da seleção que estou usando, que tem o meu nome atrás, uma das três mil que os meninos já me deram. Entrego o celular para ele segurar junto com minha bolsa e tiro a camisa da seleção brasileira.

– Toda sua. - Entrego em suas mãos e pego minhas coisas de volta. – Aproveita que tá com meu cheiro.

– Sasha, sasha... - Dybala encara a blusa em suas mãos, os seus olhos brilhavam mais do que o normal.

– Desculpa atrapalhar, Paulo. - De Paul coloca uma de suas mãos no ombro de Dybala. – Mas nossa van já está saindo. Oi, Diaz.

– Oi, De Paul. - Respondo me perguntando como ele sabe o meu nome e sobrenome.

– Tenho que ir, Sasha. Boa sorte, manda mensagem quando chegar no hotel. - Dybala deposita um beijo demorado em minha bochecha e se retira junto com De Paul, Raya caminha para o meu lado novamente, bastante animada.

– Vamos conversar sobre isso. - Raya se senta na calçada com os pezinhos fazendo uma dancinha.

– Não temos o que conversar sobre isso.

– Temos... Os olhos brilhando, o fato de você estar sem camisa, os flertes, os sorrisos... Temos que conversar sobre isso. Pode negar os seus sentimentos para si mesma, mas para mim? - Raya dá risada. O pior de tudo, é que ela não está errada.

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