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▦﹐💫．"O Gosto Amargo Da Vida." Pt2 [ Scaramouche ]

Para ele, o seu gosto favorito era o amargo.
Tendo um péssimo paladar em relação à doces, ele não conseguia provar tais guloseimas por serem adocicadas, enjoativas e grudentas demais para si.
Mas, tinha algumas coisas doces que ele gostava, como ela.
Ela era a pessoa mais doce em sua vida, e céus, mesmo assim ele se via querendo se aproximar mais.
Ele era como uma xícara de chá amargo, e ela, uma fatia de bolo açucarado para acompanhar o chá, normalmente ele odiaria tal combinação em sua comida.
Mas como é ela, ele não poderia querer nada amais.

「 𖥻 💫 ﹌ 」

O Andarilho abriu os olhos lentamente, vendo o teto de sua estalagem em que ficava em Sumeru, a mente confusa sobre os sonhos que acabará de ter.
Ele sentiu falta da sensação de mãos quentes segurando seu rosto no sonho.

[Nome], a razão do tormento da mente do Andarilho, e também a dona da estalagem em que ele se encontrava.
Ela não se lembrava dele, mas admitia que o achava familiar, mas ele apenas encobriu isso falando que provavelmente o tinha visto de longe em algum outro lugar, já que ele era um Andarilho de Teyvat, um dos vários que se atreviam à explorar as enormes 7 nações do mundo em que se encontravam.

O Andarilho não queria admitir, mas estava ficando cada dia mais frustado e maluco por não conseguir ver nenhum olhar que ela lançava à ele antes de perder as memórias.

Isso agora o fazia se perguntar...
... Será que esses olhares nunca existiram antes?

Era uma opção, afinal, ele era tão faminto por toque,( não, ele é faminto por toque.) que poderia ter apenas projetado tudo para ter um sentimento de afeição falsa.

Mas a forma que ela o olhou quando ele perdeu tudo, a forma como o segurou próximo, como olhou para Nahida quando ela tentou se aproximar dele...
... O Andarilho nunca viu um olhar tão emotivo e genuíno em toda sua vida, nem em sua vida como Kunikuzushi e nem em sua vida como Scaramouche.

Ele gemeu frustado, pressionando seu rosto contra as palmas de sua mão para esconder o rubor que se alojava em seu rosto lentamente, sua mente atormentada por diversas memórias dela de uma só vez.

Ele suspirou, se levantando da cama para começar seu dia, e torcer para conseguir distrair sua mente de tantos pensamentos confusos.

「 𖥻 💫 ﹌ 」

Um cheiro desagradável vinha da cozinha, mas não por ser realmente um cheiro ruim, era apenas um que ele não gostava.

Um cheiro doce.

Ele deu passos lentos em direção à cozinha, cauteloso sobre quem estaria cozinhando à essa hora, afinal, o sol apareceu pouco tempo atrás no horizonte, então deveria ser as primeiras horas da manhã.

Mas então, ele viu que era apenas ela.
Parece que não importava o quanto ele insista que não precisava comer, ou que não precisava que alguém cozinhasse para ele...
... Ela continuaria todo dia fazendo algo para ele, e como não sabia de seus gostos, sempre acabava fazendo algo doce.
E mesmo odiando coisas doces, o Andarilho comia tudo com rapidez e gosto, a fazendo pensar que talvez ele realmente gostasse.

Mas ele não gostava da comida, ele gostava que tinha sido ela que fez.
Ele gostava dela.
Mas ela não precisava saber sobre isso.

Mas ele realmente não esperava que ela fosse levantar tão cedo apenas para cozinhar algo à ele.

Isso o fez sentir uma sensação engraçado no estômago.
Essas eram as tais borboletas no estômago que os apaixonados falavam em seus poemas adocicados?