Maze Runner: O Labirinto (Em Hiato)

Conflitos Internos

Ao decorrer daquela semana, Siggy recordou seu nome, então o levei para talha-lo na parede próximo a entrada do labirinto. Ele também foi se lembrando de fragmentos do nosso passado no laboratório e das experiências em particular que ele passou, praticamente o fizeram de "burro de carga" e "esponja de balas" pela sua notável força e resistência corporal, no entanto essas lembranças o deixavam mais retraído.

Sem demora coloquei-o por dentro dos perigos mortais do labirinto e contei sobre a Coisa, que ele apelidou de Verdugo, - não me pergunte de onde ele tirou isso, mas ficou legal. Nós fizemos algumas melhorias na Clareira, como água aquecida usando o próprio galão de óleo vazio, - devidamente limpo, claro. - e a fogueira; E água gelada, enterrando as cabaças cheias no solo. Além disso, o chefe da cozinha desenvolveu refeições mais saborosas e nutritivas que, por incrível que pareça, aumentaram minha energia para explorar o labirinto.

Conforme os dias passavam, Siggy aceitava melhor do que eu o fato de estar preso ali... Acho que era a companhia que tornava tudo mais tolerável e o sentimento de ser útil para alguém.

[1 semana depois...]

Estava na hora de adentrar no setor 7 mais uma vez! No momento que a passagem se abriu eu entrei, já indo para o ponto de escalada e de lá explorando a parte de cima do outro lado que faltava. Logo cheguei no limite lateral do setor, dele pude ver que todo o setor anterior estava vazio, suas paredes estavam abaixo do chão, nem mesmo o desafio estava visível... Suspeito. Para tirar minhas dúvidas, voltei e fiz a mesma estratégia do outro lado e - Bingo! - o setor de amanhã encontrava-se oculto também.

"Será que eles já imaginavam que eu poderia subir as trepadeiras e por isso mantém as configurações seguintes ocultas?"

Contudo, meus pensamentos foram perturbados por um besouro preto que voava ao meu redor. Ignorando-o, fui até a barreira que me impedia de ter contato com o mundo exterior e me sentei lá para observar o vasto deserto e a cidade em ruínas ao longe.

- E se tudo isso for verdade, como as coisas chegaram a esse ponto?

[Lembrança]
- Bom dia crianças, hoje vamos aprender sobre as cidades do mundo antigo.

Disse a professora, apontando para a parede com imagens projetadas.

- Dentre as mais famosas estão Nova York, Paris, Moscou, Rio de Janeiro, Londres, Dubai e Tóquio. Infelizmente, após o ful#$& elas ficaram em ruínas e as menores foram totalmente destruídas, [...] e restou apenas para os Centros de Reconstrução Unificados da Evolução em Laboratório ditar o rumo da humanidade.

- Então CRUEL é bom.

- Sim, Minn. Todos nós somos a CRUEL.

Ainda que eu lembrasse de uma coisa ou outra do laboratório, nada justificava aquela loucura que era o labirinto. No entanto, aquele mundo destruído não parecia guardar nenhum tipo de esperança... Logo, não fazia sentido tentar escapar.

Voltei para casa pensativo e cabisbaixo. Contei o que vi para meu amigo, contudo, diferente de mim, ele ficou empolgado para admirar o mundo fora daquelas paredes... Acho que muito se dava por ele não ter tido as mesmas experiências que eu.

- Carranca, não deixa que aquela visão mexa com você. Por mais que seja ótimo esse lugar, não pertencemos a ele.

- Estou com medo do que tem lá fora, devem existir coisas piores do que os verdugos e o labirinto.

- Isso se chama "sair da zona de conforto". Por mais que eu entenda sua insegurança, não podemos ficar para sempre aqui.

Sem dizer nada, o deixei e fui ao lago nadar um pouco para pensar. Minha mente repassava todos os caminhos no labirinto, mas constantemente a visão do mundo exterior me assustava. Meus pensamentos me levavam para Teresa também, fazia muito tempo que não pensava nela... O que ela estaria fazendo agora? Sem me dar conta, fui levado pela correnteza rio abaixo, só voltando a mim ao bater a cabeça na grade de escoamento da água. Assustado, olhei ao redor e momentaneamente agradeci por ter aquilo, se não estaria encrencado. No entanto, parado ali comecei a ouvir entre o som do escoamento da água um tilindar metálico: