Dois é melhor que Um

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Dia após dia me aventurei no labirinto ansiando por mais respostas. Descobri os desafios que faltavam e os superei, porém meu coração se enchia de angústia cada vez que corria e não encontrava uma saída dali. Por falar em encontrar, o corpo do Verdugo tinha sumido, nem vestígios tinham sobrado... O que era suspeito. Meus sonhos remetiam a memórias do tempo no laboratório, mas aos poucos fui tendo mais pesadelos do que qualquer outra coisa... Eu estava ficando cansado e frustrado.

[3 semanas depois...]

Um sinal sonoro foi ativado, a caixa estava subindo, imediatamente fui até lá, pois estava com fome - já que as provisões tinham acabado desde ontem.

"Achei que tinham esquecido de mim... Ou era algum tipo de punição pelas câmeras quebradas..."

Ao ouvir a campainha final, meu sorriso foi de orelha a orelha, então quando abri as tampas de metal e minha felicidade foi se tornando confusão.

- Caçarola?!

Acuado no canto da caixa, o garoto gordinho e peludo me encarava com medo, segurando uma frigideira como arma.

- Quem é você?! Onde estou?!

- Calma, irmão não precisa se preocupar, tudo vai ficar bem. Venha, deixa eu te ajudar a sair daí.

Estendi a mão. Desconfiado, ele retribuiu, mas ainda segurando a frigideira. Quando o puxei para fora e ele viu a clareira, sua cabeça devia ter dado um bug pela cara de espanto.

- Bem vindo a Clareira, meu amigo.

- Isso... Não pode ser real.

- Acredite, infelizmente é.

- Quem é você?

- Eu... (Droga, a amnésia... Tinha me esquecido) Eu sou Alby, prazer em te reconhecer.

- Você já me conhecia? Como isso é possível se nem eu mesmo lembro quem sou?

- Irmão, se acalma é uma looooonga história e com os dias, você vai lembrar de si, de mim e dos outros.

- Outros?

- É, essa é uma longa história, mas antes me ajuda aqui.

Dito isso pegamos os suprimentos e as demais coisas, seguindo para a cabana. Aproveitei para mostrar ao meu melhor amigo todo o local de sua nova casa. Ele tinha várias perguntas, as mesmas que eu tinha quando cheguei, mas logo tudo foi se resolvendo.

- Então, você já está preso aqui tem um mês?

- Sim, não foi nada fácil, porém sobrevivi.

- Eu não sei se conseguiria ficar sozinho por tanto tempo.

- Bom, já não estou mais só, tenho a companhia de outra pessoa, não só a do Bacon.

- Se a nossa única saída é pelo labirinto, talvez juntos possamos cobrir mais espaço e achar a saída.

Pela minha mente passaram diversas formas dele morrer nas provações, assim tentando disfarçar minha insegurança, falei:

- Ehr... Melhor eu ir, apenas. Você não conhece os caminhos e lá dentro é muito perigoso.

- É porque eu sou gordinho, já entendi.

- Não, não é isso, eu só quero te manter seguro e que não seja preciso você passar pelas dores que passei.

Acho que o convenci, mas ele ainda encarava a entrada com um mistério no olhar. Depois disso ficamos conversando por horas até chegar o horário de almoço. Eu preparei algo simples para nós, mas ele não gostou, então completou sua refeição com temperos a mais. Ele me ofereceu e ao provar, percebi que era muito melhor.

Maze Runner: O Labirinto (Em Hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora