A Lenda de Ecruteak

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Tendo acordado mais cedo que o costume no último acampamento antes da chegada em Ecruteak, Ash e Pikachu tinham ido a um lago, abastecer os cantis de água do grupo antes de seguirem adiante.

— Mais um pouco, certo Pikachu? – Ash sorri – Só mais um pouco e estaremos em nossa quarta insígnia.

— Pikachu. – concorda Pikachu, mas de repente algo chama a atenção do rato amarelo – Pika?

— O que houve, Pikachu? – Ash olha para o amigo, que apontava para o alto. Ao desviar o olhar para o céu, Ash não podia deixar de se impressionar – Não... pode... ser...

Embora estivesse muito longe, Ash e Pikachu podiam distinguir aquela forma muito bem: era o pássaro lendário que testemunharam no primeiro dia de sua Jornada, o Pokémon arco-íris, Ho-Oh.

— Por que de novo...? Para nós.../Pikachu... – Pikachu volta para o ombro de Ash, também olhando de forma admirada para o céu, e então percebe algo descendo vagarosamente até eles. Envolta por uma luz cálida, uma única pena branca com as cores do arco-íris em sua ponta.

— O que deve ser isso? – indaga Ash, olhando para aquela pena.

— Pikachu... – Pikachu balança a cabeça, não sabendo o que dizer. Os dois olham novamente para o céu, mas não havia mais Ho-oh algum no céu.

— Ele sumiu! – exclama o garoto – Mas... por que ele apareceu pra nós afinal?

— Ash! – o garoto se vira ao ouvir seu nome, e encontra Serena sem seu chapéu, e esfregando o olho direito, possivelmente tendo acabado de acordar – Você levantou muito cedo... o que aconteceu?

— Pikachu e eu resolvemos abastecer nossos cantis enquanto todos estavam dormindo. – responde Ash – Desculpa ter preocupado.

— Tudo bem, mas deixe um aviso da próxima vez. – pede a garota, pegando um dos cantis que Ash lhe estendia. Após tomar um bom gole de água, a garota olha mais atentamente para Ash e Pikachu – Vocês parecem um tanto distraídos.

— Nós? – desconversa Ash – Deve ser apenas impressão.

— Pra cima de mim não, Ash. – insiste Serena – O que está acontecendo?

— Tudo bem... Pikachu e eu explicamos enquanto estivermos arrumando as coisas. – concorda Ash, então ele e Serena se afastam do lago, junto com Pikachu.

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Na cidade próxima, exatamente Ecruteak, um homem subia de andar em andar na torre símbolo da cidade, observando que os sinos dispostos nos diferentes andares estavam retinindo levemente, mas não alto o bastante. Porém, o homem percebia que não era apenas uma ação comum.

— Pode ser... um sinal? – balbucia o rapaz de cabelos loiro-queimados e bandana. Esse rapaz era chamdo Morty, o Líder de Ecruteak.

— Morty? – o rapaz se vira ao ouvir seu nome, e nota mais alguém adentrando o andar em que estava: um homem de terno arroxeado e usando uma frondosa capa branca. Ele tinha cabelos castanhos e um olhar mais sério.

— Você também está aqui, Eusine? – Morty observa o recém-chegado – Imaginei que, a esta altura, já estaria além da cidade Violet.

— Não, algo me dizia para voltar pra cá. – Eusine fala – E pelo visto eu estava certo. Os sinos...

— Eles não tocaram, se é o que veio ver. Mas os dos primeiros andares deram uma leve retinida, embora longe do toque que todos esperam. – responde Morty – Foi mais como um aviso...

Pokémon Restructure - Arco JohtoOnde histórias criam vida. Descubra agora