Capítulo 5

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Assim que retorno, vejo minha tia, com um tule na cabeça é minha mãe rindo com ela.

- Do que estão rindo?

-Nada demais, sua tia que é doida.

Minha mãe responde.

- Então minha querida, o que achou do dia?

- Sinceramente?

Ela afirma com a cabeça, meio bêbada, ainda bem que meu tio não está aqui.

- Eu não via a hora dessa tortura acabar.

Falo pausadamente e elas se entre olham é depois riem.

- Minha filha, nós já tínhamos percebido isso.

Minha mãe diz, vindo me abraçar, e que aperto forte, tento sair, porém ela não deixa, e sinto ela cheira meu pescoço.

- Mãe, pode me soltar.

- Como pode está tão grande e noiva.

Lembra Sety, ela correndo por aí com esse cabelos soltos e bagunçado.

- Lembro, mais ainda não mudou nada.

- Que tal, fazer um penteado solto, no seu noivado?

- Não ,sabe que não gosto do meu cabelo assim.

- A por favor, você fica linda assim.

Sety fala em alegria, e eu chego perto dela tirando seu copo de sua mão, e levando para outro canto daquela sala.

- Tia acho que, já falou bastante besteira.

- Não, eu não falei, só disse que ficava linda, com esses fios coloridos soltos.

Por mais que eu quisesse acreditar nela, ela só estava sendo gentil, não havia uma forma de eu ficar linda, não como minhas irmãs, isso seria um sonho, mas sonhos não existem ,não passam de contos de fadas, assim como eu não sei que aquele rei, vai ser um príncipe encantado, das minhas histórias de infância.

- Vou jantar em meu quarto ,estou cansada, com licença.

Faço uma reverência, para minha mãe, e me viro, mas sinto sua mão na minha ainda me segurando.

- Você sabe que é linda, filha, ao seu modo.

- Se você está dizendo, quem poderia discorda.

Falo tentando sorrir, no final, mas ela acaricia, minha Buchecha, com um delicadeza, que só ela tinha, é me abraça de novo.

- Sabe que não estou mentindo.

Eu rio em seu conforto, e levanto a cabeça para ela.

- Você Majestade é minha mãe, então é meio que obrigada a dizer isso.

Ela ri e dou um beijo de volta em sua buchecha e saio dali, querendo o mais rápido fugir para meu quarto.

Assim que chego, ao meu quarto, vejo Arys, dobrando, minhas roupas e guardando.

- Já chegou, pensei que sua mãe ia te deixar lá como um belo castigo.

Ela fala rindo e eu também, mas sento em minha penteadeira e vejo o livro que estava lendo ali  cima.

- Nem brinque com isso, acho que isso já basta, por um bom tempo, como ir as compras.

Escuto sua risada lá do meu closet, e logo ela está atrás de mim, já desfazendo aquele coque  que não sei como, ainda estava em cima de minha cabeça, só Ary mesmo.

- Então como é o vestido, ele já está pronto? Estou louca para ver, você escolheu né?

Faço sim com a cabeça e ela pula em felicidade, se pudesse trocaria essa partes de ser uma princesa com ela, sabia que entre nós dias ela que se divertia mais, com essas questões.

- Sim eu escolhi. Ele ainda não está pronto, e você saberá só no dia que ele chegar.

- Isso é tortura, sabe que sou curiosa.

Ela fala indignada, fazendo uma cena com a mão ao peito é negando com a cabeça, como se não Acredita-se no que eu disse.

- Eu sei sua fofoqueira, mas também sei que se as empregadas de Lauren, caírem em cima de você perguntando do vestido, você vai abrir esse bico é nem vai perceber.

- Como ousa, isso só aconteceu algumas vezes.

- Algumas, será mesmo?

Me viro para ela com a sombrancelha levantada, é ela fazia uma cara de inocência.

- Vejamos, meu aniversário de 15 anos,um vestido, vindo da cidade cinco, feito a mão, por costureiras de alta, linha, um azul turquesa, com detalhes do mar, perfeito eu diria.E Lauren aparece com um quase igual, só que mais belo que o meu, e que destacam-se, em vez de mim.

- Aquilo se chama inveja, e eu só disse a cor para elas não sei como descobriram os detalhes.

- Okay, aniversário de 18 anos,tia Sety, me deu sapatos, da nova coleção, para usar naquele dia, e do nada eles desaparecem, e são encontrados no pé de Lauren, e quando disse que foi ela que roubou, na frente de todos, ela me diz que eu menti, que aqueles era outros, e eu tinha imitado ela, e assim do nada os meus reaparecem, só que destruídos.

- Esse dia foi triste, mas eu só disse os detalhes deles não a marca.

Ela fala e eu a encaro, levanto e ponho a mão em seus ombros.

- Desculpa, você sabe que amo fofoca, mas eu tento esconder só que elas ficam me intimidando até que eu conte algo, sabe que não sou boa em guarda segredo.

Ela fala com a cabeça baixa.

- E por isso que eu te adoro, quem mais ia descobrir as maiores fofocas. Escute Ary se elas te perguntarem algo, você irá dizer que não pode falar, e se elas continuarem, fale que eu mesmo irei atrás delas, e darei uma boa surra nelas, que nem Lauren, poderá fazer algo, pois logo serei Rainha. Okay?

- Fechado,Majestade.

Ela vem e me da um abraço, e eu retribuo, ela era minha nh amiga era o mínimo que eu podia fazer.

- Você precisa de um banho.

- Está me chamando de fedida?

- Estou, como ninguém te falou isso.

Ela abana o nariz e bato no ombro dela e rimos.

- Vou preparar aquele banho na banheira,que você ama, só um minuto.

Dali ela sai correndo para o banheiro, e fico rindo dela, mas grito para que ela escute.

- Ary, irei jantar em meu quarto.

- Okay, algo a mais.

- Quero ficar sozinha, obrigada.

Então ela aparece, com a toalha limpando a mão, e cheirando a essência, era lavanda  pelo cheiro parecia maravilhoso, aqueles banhos, era meu único momento de luxúria.

- E quando vossa maestria, não quer ficar sozinha. Para ler e ler e mais ler.

Ela vinha em minha direção, falando aquilo e movimentando seu braço. Ela me ajuda a me despir, e assim adentro aquela banheira, em espuma e lavanda, mas com um toque especial, tinha pétalas de rosa.

- Você se superou dessa vez, Ary.

- Agradecida, futura rainha.

Ela diz fazendo uma reverência, desajeitada, e rimos juntas. Assim ela sai dali encostando a porta.

Fico encosta na beira da banheira, e olho para aquele lugar, branco e dourado, eu tinha que mudar aquelas cores, meu quarto era maus cores branco e preto, mas não no modo escuridão e trevas, era bonito, com móveis pretos e dourados, as paredes brancas, cheia de livros pelo chão, mas tinha um quartinho secreto, que eu mandei fazer, com uma mini biblioteca e um poltrona, ali era o paraíso para mim e logo eu estaria ali.

- Rhey, vou buscar seu jantar.

- Está bem, adorei as pétalas.

- Tem que ver o que vou fazer na sua noite de núpcias.

Ela fala rindo, fechando a porta.

Claro, aposto que na noite de núpcias, ele irá fugir assim, que olhar para mim nua. Eu ri com o pensamento, e voltei a me concentrar a relaxar naquele banho. Mas, meus pensamentos já viajavam.

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